Principal queixa é sobre o comportamento do presidente em meio à crise vivida pela disseminação do coronavírus
Por: Redação com Folhapress
Jair BolsonaroFoto: Alan Santos/PR
O presidente Jair Bolsonaro foi alvo na noite desta quarta-feira (18), pelo segundo dia seguido, de um panelaço em diversas cidades do País. O protesto convocado em redes sociais foi impulsionado pela reação do presidente à crise do coronavírus, que afetou a rotina de milhões de brasileiros e deve ter duro impacto na economia.
O ato contra Bolsonaro estava marcado para as 20h30, mas, em cidades como Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, alguns moradores anteciparam a mobilização, simultaneamente a um pronunciamento do presidente anunciando medidas contra a doença.
Bolsonaro, que já se referiu à dimensão da doença como "fantasia", dizendo haver "histeria" da população, tentou reagir nesta quarta, após perder apoio inclusive entre alas conservadoras.
O presidente Jair Bolsonaro foi alvo na noite desta quarta-feira (18), pelo segundo dia seguido, de um panelaço em diversas cidades do País. O protesto convocado em redes sociais foi impulsionado pela reação do presidente à crise do coronavírus, que afetou a rotina de milhões de brasileiros e deve ter duro impacto na economia.
O ato contra Bolsonaro estava marcado para as 20h30, mas, em cidades como Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, alguns moradores anteciparam a mobilização, simultaneamente a um pronunciamento do presidente anunciando medidas contra a doença.
Bolsonaro, que já se referiu à dimensão da doença como "fantasia", dizendo haver "histeria" da população, tentou reagir nesta quarta, após perder apoio inclusive entre alas conservadoras.
Modulando seu discurso público, passou a reconhecer que a situação é grave, embora não tenha demonstrado arrependimento de ter participado de ato no último domingo (15), contrariando recomendação do Ministério da Saúde.
Ele disse ainda que a bateção de panelas contra ele, já ocorrida na noite de terça (17), parece espontânea, faz parte da democracia e aproveitou para tentar arregimentar apoiadores para outro panelaço na noite desta quarta, às 21h, mas desta vez a favor de seu governo. Os movimentos acabaram se misturando, o que confundiu muita gente. Na Região Metropolitana do Recife, por exemplo, foram registrados atos em diversos bairros. Enquanto uns gritavam "Fora" e "Chega", outros entoavam "Mito". Em alguns momentos, manifestantes contra e pró Bolsonaro chegaram a bater boca pelas janelas e varandas dos prédios.
Ao menos 18 pessoas que estiveram com Bolsonaro em comitiva durante viagem aos EUA já contraíram a a Covid-19 - os ministros general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Bento Albuquerque (Minas e Energia) foram os mais recentes a entrar na lista. Dois exames do presidente da República, porém, deram negativo.
O presidente, na tentativa de reduzir seu desgaste e isolamento, buscou nesta quarta demonstrar maior preocupação com a crise do coronavírus ao convocar entrevista ao lado de ministros, todos com máscaras, para anunciar medidas do governo.
Ele também fez um aceno aos outros Poderes ao propor um encontro com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, após ter endossado ato de bolsonaristas com ataques ao Parlamento e ao Judiciário no domingo.
A proposta, porém, acabou fracassada: Alcolumbre foi diagnosticado à tarde com coronavírus, e Maia cobrou uma pauta mais objetiva e disse que não iria para reunião só "para fotografia". Só Toffoli esteve com Bolsonaro, que fez um pronunciamento para anunciar mais medidas contra a doença.
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