Via: Santanavinicius

A Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF) retomou, no
final de novembro, os trabalhos no canteiro de obras do parque eólico de Casa
Nova I, na Bahia. As obras haviam sido suspensas após o pedido de recuperação
judicial da empresa IMPSA, contratada pela Chesf para o fornecimento e montagem
de aero geradores.
Concebido
para ser o primeiro parque eólico da Chesf (Companhia Hidroelétrica do São
Francisco) no país, o parque Casa Nova segue sem ter sido concluído dez anos
depois do leilão no qual a estatal arrematou o lote. Agora, depois de 400
milhões investidos, a CHESF retoma a obra investindo, nessa primeira etapa, 40
milhões no Parque A, que possui 18 unidades geradoras, com potência instalada
de 1,5MW por unidade (total de 27MW). São cerca de 10 novos contratos de
materiais, serviços e equipamentos que impedirão a degradação total das obras
executadas e das instalações.
Zé Carlos
Borges, vereador do PT em Casa Nova, que desde o início das obras, tem se
posicionado em defesa dos trabalhadores, que desde a interrupção das obras são
os mais prejudicados, comemorou: “Apesar de não o volume de investimentos
necessários para finalizar todo o parque, estes 40 milhões darão emprego a dezenas
de trabalhadores, garantem a manutenção dos equipamentos e, acreditamos, pode
ser o primeiro aporte de mais recursos, para que finalmente o Parque Eólico de
Casa Nova se torne realidade e comece a gerar energia. Foi uma boa iniciativa”.
Entenda o desenrolar
das Obras do Parque Eólico de Casa Nova
A Companhia
Hidroelétrica do São Francisco – CHESF, responsável pela construção e gestão
das principais usinas hidrelétricas do Nordeste —como as de Paulo Afonso,
Sobradinho e Xingó, no rio São Francisco—, decidiu investir no segmento de
energia eólica no final da década de 90, ainda durante o governo do então
presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT).
A ideia
inicial era erguer três parques eólicos com capacidade instalada de 180, 28 e
26 megawatts cada. O maior deles seria o parque Casa Nova I, cuja autorização
para construção foi concedida em 2010, com meta para ser concluído em 2013.
O andamento
da obra, contudo, foi prejudicado pela crise da IMPSA, empresa argentina
contratada pela Chesf para fornecimento e montagem dos aero geradores que
entrou em recuperação judicial em 2011. Das 120 torres previstas para o parque,
só 30 foram montadas.
A Chesf
dispensou os funcionários que trabalhavam na construção do parque e paralisou
as obras. Desde então, o canteiro de obras tem sido alvo de furtos, e
equipamentos foram danificados pela falta de manutenção.
A empresa
disse que a conclusão será feita de forma gradativa e decidiu fazer uma
subdivisão em sete parques eólicos, ao invés dos três originalmente previstos.
Em diferentes estágios de instalação, eles têm em média 30% de execução física.
Os
principais componentes e materiais necessários à finalização e montagem dos
aero geradores e sistemas auxiliares, já foram fabricados e inspecionados pela
Chesf e, têm chegado diariamente ao canteiro de obras.
. Os
trabalhos em campo devem começaram em novembro de 2019, com previsão de
conclusão em outubro de 2020.
Ainda de
acordo com as declarações da CHESF, desde a interrupção das obras, em 2014, a
Companhia buscou alternativas de soluções técnicas e jurídicas para a situação
causada pela paralização dos trabalhos. Em 2016, a Chesf formou um Grupo de
Trabalho visando avaliar a viabilidade de alternativas para a continuidade do
Empreendimento Casa Nova. Além das dificuldades jurídicas, havia todo um
contexto técnico, devido à especificidade das tecnologias utilizadas por cada
fabricante do setor que dificultava a retomada das obras em campo.(Ascom)
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