A desembargadora do TJ-RJ Marília de Castro Neves, mesmo sendo processada pela família de Marielle Franco por ter afirmado que ela era "engajada com bandidos", voltou a defender as fake news que disparou em suas redes sociais contra a vereadora que foi assassinada em março de 2017.
De extrema-direita, a desembargadora ganhou notoriedade nos últimos anos atacando Marielle, Jean Wyllys, Débora Seabra, uma professora com Síndrome de Down e as feministas.
Em juízo, a desembargadora disse: "Quando eu disse qu ela estava engajada com bandidos, o que eu quis dizer era que ela trabalhava nessas comunidades. E todo mundo sabe que a pessoa que sobe a comunidade para trabalhar, fazer serviço social, como ela fazia, precisa de autorização do dono do morro. E por isso, também, é que diziam que ela era do Comando Vermelho", disse ela segundo reportagem do Portal UOL.
Ela assumiu que realmente não tinha ou teve provas sobre o que reproduziu: "Eu não tenho prova nenhuma. Eu reproduzi comentários que estavam sendo feitos na internet".
A reportagem também acrescenta que a desembargadora afirmou que "ter ido a uma favela do PCC" era um risco para Marielle, por conta da rivalidade da facção de São Paulo com o Comando Vermelho. Entretanto, o PCC não domina totalmente nenhuma favela carioca.
A mãe de Marielle, Marinete da Silva, acompanhou a oitiva e criticou as falas e postura de Marília. "Bem ruim", disse ela.
"Além dela reafirmar o que tinha dito, ainda acrescentou outras facções, falou várias vezes do PCC, que é uma coisa nova para a gente. Não sei de onde ela tirou", afirmou Marinete.
O processo corre Superior Tribunal de Justiça. A próxima fase é a das alegações finais, ainda sem data marcada. Se for condenada, Marília de Castro Neves pode ter uma pena de até dois anos mais multa, informa a reportagem. (247)
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