segunda-feira, 26 de março de 2018

Estudantes da Rede Estadual desenvolvem filtro de água da chuva com cascas de sururu

A ideia foi testada na comunidade Ilha de Deus, localizada no Recife

Créditos: Divulgação
Créditos: Divulgação

Fundamental por ser um recurso natural único e essencial à vida de toda humanidade a água é primordial à sobrevivência das pessoas e dos ecossistemas no nosso planeta. Seguindo esse conceito e alertados sobre a possível escassez para as próximas gerações, escolas da Rede Estadual se mobilizam para desenvolver projetos de conscientização e técnicas de reutilização desenvolvidas a partir das disciplinas eletivas. Pensando nisso, estudantes da equipe Lego Bulls, da Escola Técnica Estadual (ETE) Porto Digital, localizada no Recife, desenvolveram um protótipo que filtra água da chuva com cascas de sururu.
A proposta levou os estudantes do 3º ano do Ensino Médio ao primeiro lugar da fase regional do torneio de robótica mundial First Lego League (FLL). A ideia inicial surgiu de um workshop realizado na comunidade da Ilha de Deus, na área central do Recife. O curso intensivo foi em tecnologia para o meio ambiente e os estudantes tiveram que realizar um projeto que ajudasse aos moradores da comunidade. Os habitantes da Ilha de Deus são carentes e, em sua maioria, vivem da pesca do sururu, molusco encontrado nos mangues. O grande acúmulo das cascas de sururu na comunidade, devido às atividades de sustento, despertou uma ideia dos jovens da ETE.
Dessa forma, o grupo concebeu o protótipo de um filtro d’água, totalmente autônomo, que, por meio de sensores e motores robóticos, purifica a água da chuva utilizando as cascas de sururu, amenizando os problemas dos moradores. O filtro é composto basicamente de um sensor que identifica a presença de chuva e controla uma comporta que deixa as primeiras águas, mais sujas, saírem. Outro motor fecha essa comporta e começa o processo de acúmulo de água em um tanque que depois será direcionado para o filtro contendo cascalhos, cascas de sururu, algodão, carvão ativado, e outros materiais que permitem, ao término do processo, a obtenção de água própria para o consumo.
“Nós somos completamente dependentes da água para nossa sobrevivência. Seja para consumo, higienização ou tantas outras formas de utilizações e necessidades. O desafio do projeto da robótica é melhorar a maneira como as pessoas encontram, transportam, utilizam e descartam essa água de forma a conscientizar a humanidade da importância desse recurso, tornando-a responsável pela sua conservação”, destaca o professor de física e supervisor do grupo, Leandro Dantas.(SEE).



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