segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Família de adolescente desaparecido no Rio Beberibe reclama de falsas notícias na internet sobre sua localização

Segundo os parentes de Arthur, pessoas postaram falsas noticias garantido que o garoto foi encontrado vivo e estaria no hospital

Maré baixa e a pouca visibilidade provocada pelo acúmulo de sujeira e dejetos de esgoto dificultam buscas. Foto: Rafael Martins/DP
Maré baixa e a pouca visibilidade provocada pelo acúmulo de sujeira e dejetos de esgoto dificultam buscas. Foto: Rafael Martins/DP

O Corpo de Bombeiros suspendeu, por volta das 12h30 deste domingo, as buscas pelo estudante Arthur Vinício França de Oliveira, 14 anos, que desapareceu na última sexta-feira ao brincar com amigos e se afogar no Rio Beberibe, em Cajueiro, nas proximidades da comunidade Beira Rio. As buscas foram iniciadas no mesmo dia e se estenderam durante todo o sábado. Neste domingo, o serviço de resgate foi realizado pela manhã na foz do rio, no Recife Antigo, em frente ao 16º Batalhão da Polícia Militar. O trabalho estava previsto para continuar à tarde, mas foi suspenso. Segundo os bombeiros, a maré baixa e a pouca visibilidade, provocada pelo acúmulo de sujeira e dos dejetos de esgoto, impediram a continuidade do trabalho. A busca será retomada nesta segunda-feira, a partir das 8h.

Pela manhã, familiares de Arthur aguardavam ansiosos por notícias e lamentaram as falsas notícias (as fake news) que circularam na internet garantindo  que o adolescente tinha sido encontrado com vida e estaria no Hospital da Restauração. Em outro post, segundo os parentes, foi publicado que o estudante tinha sido encaminhado para um hospital de Olinda. "A gente se dividiu e um grupo foi para Olinda e outro para Restauração, mas a informação não era verdadeira", criticou a tia de Arthur, Jaqueline Martins de Oliveira, 36 anos. 
Jaqueline, tia de Arthur reclamou da suposta falta de empenho da Emlurb na limpeza do local para as buscas. Foto: Rafael Martins/DP
Jaqueline, tia de Arthur reclamou da suposta falta de empenho da Emlurb na limpeza do local para as buscas. Foto: Rafael Martins/DP

A tia cuidava do garoto junto com a avó, Luzitana Maria de Santana, 74 anos, que está em estado de choque e a base de remédios, segundo os parentes. Jaqueline  se queixou para a reportagem sobre a falta de opção de lazer na comunidade por parte da Prefeitura do Recife, que segundo ela, evitaria que crianças e adolescentes utilizassem o rio como um arriscado espaço de recreação. A prefeitura rebateu as críticas, enfatizando que a cidade possui 73 parques, praças e áreas verdes. "O entorno onde aconteceu o acidente conta com as praças: Semente do Amanhecer, Rádio Capibaribe, Fundão, Capiba e Camilo Simões , sendo essas duas últimas inauguradas no último ano", explicou a PCR. 


Jaqueline também reclamou da suposta falta de empenho da (Empresa de Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) para ajudar na limpeza do local e facilitar as buscas. De acordo com ela, os funcionários da Emlurb foram ao local do acidente no sábado, mas não fizeram nada, alegando que havia muito lixo no local. 

A assessoria da Prefeitura do Recife confirmou que uma equipe da Emlurb foi deslocada para auxiliar na limpeza da margem do rio onde ocorreu o acidente, mas contestou a denúncia de que nada foi feito. “O serviço foi realizado, sendo verificada a necessidade de ferramentas adequadas para apoiar os trabalhos que continuam na segunda (22)”, informou a PCR.

Afogamento 
O acidente com Arthur aconteceu por volta das 13h da última sexta-feira. Segundo os familiares, o adolescente costumava brincar no rio junto com outros garotos da comunidade. O estudante Cauã Cosme da Silva, 15 anos, contou como tudo aconteceu. Ele explicou que quase dez adolescentes estavam tomando banho no rio e que Arthur pulou no meio deles dizendo que atravessaria para o outro lado, mas não conseguiu terminar o percurso. “Ele tentou atravessar, mas a correnteza estava forte. Ele subiu um vez, desceu e não voltou mais”, explicou. 

De acordo com o garoto, ao saber do agamento, um vizinho (nome não revelado) e um irmão de Arthur, Rafael França, 18 anos, pularam no rio para resgatar o garoto, mas não localizaram. Arthur estuda na estadual São Judas Tadeu e cursava o sétimo ano. Era o mais novo de quatro filhos. Sua mãe, segundo os parentes, está a base de remédios. (DP).



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