Romulo Faro/Bahia 247 - Líder da oposição no Congresso, o deputado federal baiano Afonso Florence (PT) afirma que "de forma alguma" a vitória de Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara é um sinal de que ele terá êxito também no plenário, onde o Legislativo decidirá se ele será ou não investigado pela denúncia de corrupção passiva, oferecida pela Procuradoria Geral da República (PGR) com base na delação de Joesley Batista, executivo do grupo frigorífico JBS.
Florence lembra que Temer só saiu vitorioso da CCJ porque "comprou deputados" e trocou membros dos partidos no colegiado.
"Eles ganharam porque compraram os deputados liberando emendas. Foram 185 milhões de reais em emendas para 36 dos 40 que votaram a favor dele. No plenário eles não vão poder fazer isso. Tem muitos deputados da base do governo indecisos, com medo de votar com Temer e perder o voto do povo. O presidente da Câmara disse que votaremos o pedido de investigação dia 2 de agosto. Até lá muita coisa vai acontecer. Temos expectativa de aprovar no plenário a abertura da investigação. Com certeza. Os parlamentares sabem muito bem o risco que correrão se votarem a favor desse governo rejeitado pelo povo", afirma Florence.
Vice-líder do governo no Congresso, o deputado Benito Gama (PTB-BA), por sua vez, avalia que o parecer de rejeição da abertura da investigação na CCJ "é um indicativo de vitória também no plenário".
O baiano reconhece que "no plenário o embate é diferente, é mais duro", mas pondera que a oposição não conseguirá os 342 votos mínimos necessários para admissibilidade da denúncia (a ser investigada pelo Supremo Tribunal Federal).
"A oposição não vai ter esses votos todos. A primeira batalha foi vencida. Claro que no plenário o embate vai ser mais duro do que na CCJ, mas o governo vai conseguir o apoio necessário dentro de sua base", diz Benito. (247).
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