Ao ser atendido Hugo ficou apenas de
cueca, já que sua roupa estava ensanguentada. Até aí, o procedimento por
parte da unidade médica estava dentro dos padrões. O problema aconteceu
depois.
Segundo o agricultor, a enfermeira
responsável disse a ele que já tinha recebido alta e tinha que ir embora
imediatamente. Como estava apenas de cueca, o agricultor justificou que
não dava para sair daquela forma.
“Depois que recebi os pontos no
ferimento, eu sabia que tinha que ir embora. Mas justifiquei a ela que
eu precisava esperar um amigo meu pra me trazer uma muda de roupa pra eu
poder ir pra casa. Só que ela disse que eu caçasse um meio de ir
embora, e já foi me botando pra fora”, informou.
Humilhação
O agricultor contou que chegou a ficar
só de cueca na recepção, diante de cerca de 20 pessoas. Um guarda do
hospital foi acionado pela enfermeira e obrigou Hugo a ir embora de
qualquer jeito. Ele lembra que o guarda, depois de ameaçá-lo, disse que
chamaria a polícia para retirá-lo. “Eu pedi a ele que fizesse isso mesmo, porque se eu saísse na rua só de cueca, eu ia ser preso do mesmo jeito”, desabafou.
Após a polícia ser chamada, o agricultor
foi levado e passou a noite na delegacia. Apesar de não ter sido levado
para a cela, ela conta que nenhum agente policial quis ouvir sua
história. “Eu disse que meu braço estava doendo, mas disseram que eu estava me fazendo”,
lamentou. Hugo admite que antes de receber a facada, tinha ingerido
bebida alcoólica, mas estava consciente de tudo, disse o agricultor, que
é de natural de Serrita (PE) e mora há 15 anos em Petrolina.
O caso foi parar no gabinete de alguns
vereadores da Casa Plínio Amorim, e também no Ministério Público
Estadual (MPE), que ainda não recebeu a denúncia. Hugo é enteado de um
policial militar aposentado de Salgueiro (PE). A reportagem tentou um
contato com a assessoria de comunicação do hospital, mas não conseguiu
retorno. Já o MPE só atende pela manhã. Iremos tentar falar também com a
assessoria da Polícia Civil.
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