quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Israel diz que não cumprirá resolução da ONU e decide manter ações terroristas e genocidas contra crianças palestinas

Embaixador de Israel na ONU e Ministério das Relações Exteriores anunciaram rejeição à deliberação do Conselho de Segurança: "continuaremos a agir até que o Hamas seja destruído"

Benjamin Netanyahu e Faixa de Gaza após ataque de Israel (Foto: ABR | Reprodução/AlJazeera)

Após o Conselho de Segurança da ONU, enfim, aprovar uma resolução pedindo "pausas humanitárias urgentes e prolongadas e corredores em toda a Faixa de Gaza", autoridades israelenses afirmaram que irão rejeitar as deliberações do órgão e, portanto, Israel continuará a promover o genocídio em curso contra a população da Palestina.

De acordo com informações do colunista Jamil Chade, do Uol, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, afirmou que a resolução do Conselho de Segurança está "desvinculada da realidade".

 "A estratégia do Hamas é deteriorar deliberadamente a situação humanitária na Faixa de Gaza e aumentar o número de vítimas palestinas para fazer com que a ONU e o Conselho de Segurança detenham Israel. Isso não acontecerá. Israel continuará a agir até que o Hamas seja destruído e os reféns sejam devolvidos", alegou o embaixador israelense. 

O Ministério das Relações Exteriores de Israel também se manifestou, dizendo que "não há lugar para as medidas propostas enquanto os reféns estiverem sendo mantidos pelo Hamas".

A resolução em questão foi proposta por Malta e aprovada por 12 dos 15 países do Conselho - sendo que apenas EUA, Reino Unido e Rússia se abstiveram. O texto cobra as pausas humanitárias "por um número suficiente de dias para permitir, de acordo com o direito humanitário internacional, o acesso humanitário completo, rápido, seguro e sem impedimentos para as agências humanitárias das Nações Unidas".

Além disso, a resolução pede a libertação incondicional de reféns pelo grupo palestino Hamas, bem como por outros grupos, e exige que todas as partes cumpram suas obrigações sob o direito internacional, incluindo o direito humanitário internacional, especialmente no que diz respeito à proteção de civis, especialmente crianças.

O massacre promovido por Israel em Gaza já matou mais de 11 mil pessoas, incluindo mais de 4.500 crianças e 3 mil mulheres. - 247.


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