Capacidade dos Estados Unidos de apoiar a Ucrânia da maneira como vem fazendo está diminuindo
A adesão da Ucrânia à Otan sem a inclusão da Crimeia e de Donbas é problemática e pode potencialmente levar a um conflito com a Rússia, disse nesta quarta-feira (15) Douglas Jones, secretário assistente adjunto de Estado para Assuntos Europeus e Euroasiáticos do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
Na semana passada, o ex-chefe da Otan Anders Fogh Rasmussen propôs admitir a Ucrânia na Otan sem os territórios controlados pela Rússia, incluindo Donbas e Crimeia, informou o The Guardian.
"Eu acho que, sob esse plano, você veria rapidamente a Otan sendo arrastada para o conflito, e os Estados Unidos sendo arrastados para o conflito [entre Rússia e Ucrânia]. E eu acho que essa é uma parte problemática desta proposta", disse Jones durante uma discussão em painel organizada pelo Atlantic Council.
Rasmussen, que foi secretário-geral da Otan entre 2009 e 2014, no entanto, não propôs ceder Donbas e a Crimeia à Rússia, e sim usar a adesão da Ucrânia à aliança militar como um meio de "dissuadir Moscou de realizar ataques dentro do território ucraniano dentro da Otan e assim liberar forças ucranianas para irem à linha de frente."
Paralelamente, John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, disse na quarta-feira que a capacidade dos Estados Unidos de apoiar a Ucrânia da maneira como vem fazendo está diminuindo diante da redução do financiamento.
"A pista está ficando cada vez mais curta para nossa capacidade de apoiar a Ucrânia da maneira como temos feito. Esse financiamento está secando", disse Kirby.
O Senado dos EUA pode votar a aprovação de um projeto de lei de financiamento governamental em duas etapas já nesta quarta-feira, disse o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, durante um discurso no plenário do Senado. Na terça-feira, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou o projeto de lei, que foi apoiado pelo presidente da Câmara, Mike Johnson, com apoio bipartidário. A legislação financia uma parte do governo federal até 19 de janeiro e a outra até 2 de fevereiro. (Com informações da Sputnik). - 247.
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