PESO DE ACADEMIA
Segundo o artigo, o caso é raro, mas esse tipo de ocorrência tem crescido nos últimos anos
Médicos brasileiros relataram, na publicação científica Journal of Surgery Case Reports, divulgada na semana passada, um caso incomum e curioso que ocorreu em um hospital de Manaus, capital do estado do Amazonas.
Batizado de "Manejo de corpo estranho retal incomum", o artigo discorre sobre a retirada de um halter [peso de academia] de 2 kg de um homem de 54 anos, que chegou à emergência com queixas de dor abdominal, náusea, vômitos e constipação.
Journal of Surgery Case Reports/Divulgação
Segundo
a publicação, não foi possível identificar a presença do objeto através do
exame clínico, sendo necessária uma radiografia da área na qual o paciente
relatava a dor. O homem, aliás, não informou aos médicos, ao ser
examinado, a possibilidade de ter introduzido algo no corpo através do
ânus.
Como o paciente não tinha nenhuma complicação mais
severa e condição clínica estável, foi iniciado, então, procedimento menos
invasivo para retirar o halter, com anestesia local.
Sem sucesso, os médicos precisaram levá-lo à sala de operação para a retirada do peso de academia.
Segundo o artigo, o caso [objeto no corpo através de introdução anal] é raro, mas esse tipo de ocorrência tem crescido nos últimos anos e, apesar de ter incidência em todos os gêneros, tende a ocorrer mais com homens de idades entre 20 e 40 anos, que usam, em sua maioria, objetos para fins sexuais.
Ainda segundo o estudo, este tipo de caso ocorre mais com os homens brancos. "Geralmente, muitos desses pacientes, por vergonha, só recorrem a atendimento médico depois de sucessivas tentativas frustradas de remover o objeto", diz o artigo.

Este tipo de caso requer atenção especial, uma vez que, justamente por causa da vergonha, os pacientes não apresentam o quadro de maneira completa.
O artigo alerta para a importância do profissional conseguir informações sobre a natureza do objeto, atentando para o material, tamanho e a possível localização.
A inserção de objetos que não são criados para fins sexuais no ânus pode levar a lesões ou mesmo perfuração do reto.
Veja o artigo: