O ex-presidente Michel Temer (MDB), responsável pela elaboração do texto da Carta à Nação em que Jair Bolsonaro recuou das ameaças golpistas feitas no dia 7 de setembro, disse que alertou o chefe do Executivo sobre o risco da paralisação dos caminhoneiros durante a reunião que tiveram em Brasília. “Presidente, eu já passei por isso, sei como é. Mais cedo ou mais tarde, com desabastecimento, aumento de preços, essa greve vai cair diretamente no seu colo”, relatou Temer ao jornal O Estado de S. Paulo.
Ainda de acordo com o emedebista, Bolsonaro teria dito que o movimento da categoria era “autônomo” e contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, um dos principais alvos dos discursos feitos por ele no Dia da Independência. Ao ser alertado sobre os riscos de uma greve da categoria, Bolsonaro teria concordado em pedir o fim do movimento.
Pouco antes de embarcar de volta para São Paulo, Temer disse ter recebido um telefonema do Palácio do Planalto informando que os caminhoneiros já estavam se desmobilizando. (247).
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