Por: Diario de Pernambuco
A pesquisa, publicada na 'The Lancet', destacou os estudos com medicamento inibidor para proteção de órgãos de pacientes em tratamento da Covid-19. (Cristiana Dias/PCR)
Uma pesquisa realizada no Hospital de Campanha Provisório Recife 1, na Rua da Aurora, no Recife, aponta que a utilização do medicamento “dapagliflozina” tem benefícios protetores aos órgãos de pacientes em tratamento da Covid-19. O estudo foi realizado em pacientes hospitalizados com hipertensão, diabetes tipo 2, doença cardiovascular aterosclerótica, insuficiência cardíaca e doença renal crônica; e que apresentavam alto risco de falência de órgãos e morte. Segundo o relatório final, a utilização do medicamento foi bem tolerada, sem novas preocupações de segurança. O estudo com medicamento foi destaque internacional na revista científica “The Lancet”.
De acordo com o médico cardiologista e coordenador da pesquisa no estado, Audes Feitosa, a pesquisa reforça a importância dos estudos com os inibidores de Proteína de transporte sódio-glicose. "Os ensaios clínicos já tinham identificado em pacientes com diabetes tipo 2, insuficiência cardíaca e doença renal crônica, os efeitos protetores substanciais no sistema cardiovascular e nos rins, podendo fornecer proteção aos órgãos no contexto de doença aguda, como Covid-19", comenta o médico.
A pesquisa, coordenada em conjunto a equipe Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco (PROCAPE) da Universidade de Pernambuco (UPE), destacou o uso do medicamento em 35 pacientes hospitalizados no Hospital de Campanha Provisório Recife 1, na Rua da Aurora.
Repercussão Internacional
Diante dos resultados, o estudo com medicamento inibidor foi destaque internacional na revista científica “The Lancet”, por ter sido avaliado os benefícios protetores aos órgãos de pacientes em tratamento da Covid-19, realizado em Pernambuco.
Segundo o relatório final, publicado na revista, a utilização da “dapagliflozina” foi bem tolerada, sem novas preocupações de segurança identificadas nesta população de pacientes com doença aguda. Também foi sugerido a necessidade de estudos futuros para determinar se o medicamento pode fornecer proteção ao órgão em pacientes hospitalizados não Covid-19 com alto risco de progressão para uma doença crítica.