quinta-feira, 13 de maio de 2021

Em dezembro, Bolsonaro disse que não tinha pressa em comprar vacinas e que pandemia estava acabando

 

(Foto: © Marcos Corrêa/PR)

Ao contrário do que os bolsonaristas falam atualmente, com medo da CPI da Covid, buscando esconder a política negacionista do governo federal em relação às vacinas contra o novo coronavírus, em dezembro do ano passado, Jair Bolsonaro afirmou em entrevista ao seu filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro que o Brasil não tinha pressa em comprar imunizantes para a população.

“A pandemia, realmente, está chegando ao fim. Temos uma pequena ascensão agora, que chama de pequeno repique que pode acontecer, mas a pressa da vacina não se justifica”, disse Bolsonaro.

Na época, o novo coronavírus já havia matado mais de 180 mil brasileiros. “Você mexe com a vida das pessoas. Vão inocular algo em você. O seu sistema imunológico pode reagir ainda de forma imprevista”, comentou no auge de sua política negacionista.

Agora, em meio à CPI da Covid, o bolsonarismo tem buscado esconder a omissão de governo federal em relação à imunização da população contra a doença.

Conforme ressaltou o youtuber Felipe Neto, que trouxe as declarações de dezembro à tona, "são só mentiras".

“Ele [Bolsonaro] escolheu matar pessoas em nome de sua ideologia de defender tratamento precoce e imunização de rebanho. Ele é um genocida! Leia de novo a matéria: em dezembro de 2020 ele falou que não tinha pressa pra vacina, pois a pandemia estava no fim. O que veio a seguir foi um banho de sangue. Em apenas 4 meses de 2021 morreram mais pessoas por Covid que em 2020 inteiro. Esse governo é indefensável”, publicou nas redes sociais.

Pfizer diz que Bolsonaro recusou seis propostas para comprar vacinas

Carlos Murillo, gerente-geral da Pfizer na América Latina,  afirmou em seu depoimento à CPI da Covid, nesta quinta-feira, 13, que o governo Jair Bolsonaro recusou seis propostas formais para a compra de vacinas contra a Covid-19 feitas pela farmacêutica e não três como havia sido divulgado pela mídia. 

Com isso, subiu de 11 para 14 o número de vezes que o governo ignorou a possibilidade de adquirir imunizantes contra a doença, sendo seis da Pfizer, seis do Instituto Butantan e duas da Covax Facility. 

Os documentos detalhando o fornecimento das doses que poderiam ser fornecidas ao país foram enviados pela Pfizer nos dias 14, 18 e 26 de agosto e em 11 e 24 de novembro do ano passado, além do último dia 15 de fevereiro. 

Em seu depoimento, Murillo também destacou que entre maio e dezembro do ano passado não conversou sobre o fornecimento de vacinas contra a Covid-19 com nenhum ministro do governo Jair Bolsonaro. 

Questionado pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) se havia dialogado com algum ministro, Murillo disse que manteve conversa com o ministro da Economia, Paulo Guedes, em apenas duas oportunidades e que nos demais encontros com representantes do governo as tratativas foram feitas com representantes das equipes técnicas. Ainda segundo ele, as conversas com Guedes teriam se dado em torno do quantitativo de doses que poderiam ser disponibilizadas. 

Mais cedo, o executivo já havia revelado que o governo de Jair Bolsonaro rejeitou três ofertas de 70 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech.  (Brasil247).


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