A ex-presidente Dilma Rousseff analisou nesta segunda-feira (21) o cenário de articulações que irá eleger o próximo presidente da Câmara e a frente dos 11 partidos que reúne esquerda, centro-esquerda e o chamado “centrão”, liderada pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) para fazer oposição ao candidato de Jair Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL). “Não há diferença substantiva entre Arthur Lira, Aguinaldo Ribeiro e Baleia Rossi. Mas se o PT conseguir alguma contenção de danos, está certo”.
A entrevista foi concedida ao jornalista Breno Altman, no canal Opera Mundi, e reproduzida na TV 247.
A ex-presidente também apontou o papel nocivo do MDB, sigla de Michel Temer, seu vice, que foi o principal articulador de sua queda. “Tem alguém mais contra a democracia do que foi o MDB? Golpe por golpe, eles deram um”, relembrou.
A petista criticou a pauta de reformas de Maia. “Não é apenas danosas para nossos interesses, é para o Brasil. Alienação do pré-sal, por exemplo”.
Em sua visão, “Bolsonaro aguarda as eleições das Casas para incluir o MDB e sua criatura, que é o centrão, para compor o governo, mirando a reeleição em 2022”. (247).