sexta-feira, 17 de julho de 2020

Falso gerente da Anvisa cobra propina para liberar testes importados da Covid-19

Empresária do Rio diz ter recebido ligações de homem que se passa por gerente-geral da agência

                     Por Folhapress
Sede da Anvisa
Sede da Anvisa – Foto: Divulgação/Anvisa
Um homem que se dizia gerente-geral da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tentou cobrar propina para liberar um lote com 2.000 testes de Covid-19, importados da China. A cobrança foi feita para a proprietária da ALM Brazil, uma empresa de importação e exportação, no Rio, Marlúcia Martire.

Na denúncia, a empresária conta que o suspeito entrou em contato de um número de celular de Brasília, dias depois de ela dar entrada no requerimento na Anvisa.

Segundo Martire, ela havia importado a remessa a pedido de um cliente, em maio deste ano, dono de uma firma particular.

"Ele [o golpista] chegou pedir R$ 4.000. Disse que eu não precisaria apresentar alguns documentos. Eu falei que nunca daria propina a ele, que era coisa errada. Minha empresa é idônea, não aceitaria isso", contou.

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De acordo com a empresária, o homem tinha acesso a dados e datas sobre os processos dela. Ela diz não ter feito pagamento.

Ainda de acordo com a empresária, o homem se apresentou como Leandro Rodrigues Pereira, gerente-geral de Tecnologia de Produtos para Saúde da Anvisa.

O caso foi revelado pelo site G1. Segundo o portal, o verdadeiro Leandro Rodrigues, da Anvisa, disse não ter sido ele a pessoa que abordou a empresária e que já teve seu nome envolvido em outras duas tentativas de golpes.

A empresária registrou o caso na Polícia Federal do Rio. A PF informou que irá verificar preliminarmente o fato e decidir no prazo de 90 dias pela instauração ou não de um inquérito policial.

De acordo com a Anvisa, segundo denúncias recebidas, pessoas estão se passando por servidores da instituição, oferecendo vantagens e facilidades indevidas.

Ainda segundo a instituição, a prática ilegal se baseia em ligações para as empresas, com informações de processos indeferidos pela Anvisa aparentemente captados no Diário Oficial da União.

No momento do contato, diz a Anvisa, o estelionatário se apresenta como servidor da agência e se oferece para dar provimento e celeridade ao recurso, mediante pagamento em conta corrente.

Após tomar conhecimento de tentativas de golpes em seu nome, a Anvisa publicou em seu portal na internet o alerta de que não realiza, em hipótese alguma, contato direto com empresas ou pessoas físicas por telefone.

"Diante das denúncias recebidas, a Anvisa adotou os procedimentos legais devidos e instruiu processos para encaminhamento e apuração, por competência, da Polícia Federal", diz a nota da instituição.

"Espero que esses estelionatários sejam identificados e presos. Muitas pessoas acabam cedendo a esses golpes", disse Martire.


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