"O prejuízo do desmatamento tem levado diversos parceiros comerciais importantes e investidores estrangeiros no Brasil a expressarem veementemente seu descontentamento e preocupação, que certamente se traduzirão em menores fluxos de comércio e investimentos no País", alerta o documento
Caminhão transita em área desmatada da Amazônia, no Estado do Acre 24/08/2019 (Foto: REUTERS/Bruno Kelly)
Em uma carta aberta, divulgada nesta terça-feira (14), 17 ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central cobraram do governo Jair Bolsonaro ações de combate ao desmatamento na Amazônia e no Cerrado brasileiro. No documento, coordenada pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS) e pelo Instituto O Mundo Que Queremos, foram pontuadas diretrizes para a chamada economia de baixo carbono viando uma espécie de “recuperação verde” da economia após o fim da pandemia do novo coronavírus.
“Nós, ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central do Brasil, defendemos que critérios de redução das emissões e do estoque de gases de efeito estufa na atmosfera, e de resiliência aos impactos da mudança do clima sejam integrados à gestão da política econômica”, destaca a carta, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
“O prejuízo do desmatamento tem levado diversos parceiros comerciais importantes e investidores estrangeiros no Brasil a expressarem veementemente seu descontentamento e preocupação, que certamente se traduzirão em menores fluxos de comércio e investimentos no País”, destaca o documento.
“A crescente disciplina da precificação dos riscos ambientais, inclusive sistêmicos, deverá fortalecer o compromisso com os objetivos de governança, sociais e ambientais”, ressaltam os signatários do texto.
Entre os que assinam o documento estão os ex-ministros da Fazenda: Luiz Carlos Bresser-Pereira (1987), Maílson da Nóbrega (1987-1990), Zélia Cardoso de Mello (1990-1991), Marcílio Marques Moreira (1991-1992), Gustavo Krause (1992), Fernando Henrique Cardoso (1993-1994, que também foi presidente do Brasil entre 1995 e 2002), Rubens Ricupero (1994), Pedro Malan (1995-2003, também presidiu o BC entre 1993 e 1994), Joaquim Levy (2015), Nelson Barbosa (2015-2016), além de Henrique Meirelles (2016-2018, que também presidiu o BC entre 2003 e 2011) e Eduardo Guardia (2018).
Entre os ex-presidentes do Banco Central que assinaram a carta estão Gustavo Loyola (1992-1993 e 1995-1997), Pérsio Arida (1995), Armínio Fraga (1999-2003), Alexandre Tombini (2011-2016) e Ilan Goldfajn (2016-2019). (247)
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