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Unicef condena violência israelense contra crianças palestinas
Estamos muito preocupados com a continuação da detenção de menores palestinos pelas autoridades israelenses, enfatizaram funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU), depois de denunciarem que somente no final de março Israel prendeu 194 menores de idade.
Essas crianças enfrentam um risco maior de contrair o coronavírus ao não poderem praticar o distanciamento físico e outras medidas preventivas.
Tanto a representante especial do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Gaza e na Cisjordânia, Genevieve Boutin, quanto o coordenador humanitário, Jamie McGoldrick, e o chefe do Escritório de Direitos Humanos, James Heenan, insistiram que durante uma uma emergência epidemiológica como a atual, os governos devem proteger primeiro a vida desse grupo populacional.
As restrições atuais complicam o cenário, pois os processos judiciais foram suspensos, quase todas as visitas às prisões foram canceladas e as crianças são impedidas de se encontrar pessoalmente com a família e um advogado, acrescentaram esses representantes da ONU em um relatório publicado por The Jerusalem Post.
Eles também lembraram que Israel é signatário da Convenção Internacional dos Direitos da Criança, defendida pela Unicef e que considera a detenção apenas como último recurso.
Anteriormente, políticos, ativistas e defensores dos direitos humanos rejeitaram a captura e prisão de palestinos por soldados a serviço do governo de Tel Aviv, apesar dos flagelos da covid-19 que deixou centenas de infectados na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e no próprio território de Israel.
Assim como os funcionários da ONU, eles alertaram que algumas crianças permanecem detidas sem acusações ou com a realização de processo judicial.
Além disso, solicitaram a libertação de cerca de 5.000 prisioneiros palestinos que permanecem nas prisões israelenses, com prioridade para idosos, mulheres, doentes e crianças, informa Prensa Latina.
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