(Foto: Isac Nobrega - PR)
A Justiça Federal de Brasília deu 72 horas para Jair Bolsonaro explicar a troca de comando da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Carlos Henrique Oliveira do cargo deixa a superintendência da corporação no estado, o que, segundo Bolsonaro, aconteceu por convite do novo Diretor-Geral da PF, Rolando Souza, responsável por indicar o novo superintende da PF-RJ, delegado Tácio Muzzi.
A medida judicial atende a um pedido de um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL), Rubens Nunes.
No último dia 24, o então ministro da Justiça Sérgio Moro afirmou que Bolsonaro tentava interferir na PF, subordinada à pasta. O ex-juiz deixou o cargo após o seu ex-chefe exonerar Mauricio Valeixo da Diretoria-Geral da PF. "O presidente me relatou que queria ter uma indicação pessoal dele para ter informações pessoais. E isso não é função da PF", denunciou Moro em coletiva de imprensa.
O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de inquérito para investigar as declarações de Moro.
Questionado nesta terça-feira (5) se a troca de comando da PF-RJ seria uma interferência, Bolsonaro mandou os jornalistas calarem a boca.
"Cala a boca! Está saindo de lá para ser diretor-executivo a convite do atual diretor-geral. Não interfiro em nada. Se ele for desafeto meu e se eu tivesse ingerência na PF, não iria para lá. É a mensagem que vocês dão. Não tenho nada contra o superintendente do Rio de Janeiro. E não interfiro na Polícia Federal. E ele está sendo convidado para ser diretor-executivo. É o 02", disse. (247)
Blog do BILL NOTICIAS