Divulgação/Survival International
O líder indígena brasileiro Davi Kopenawa está entre os quatro vencedores do prêmio Right Livelihood Award de 2019, o "Nobel Alternativo", concedido nesta quarta-feira (25/09). Esta é a sétima vez que o Brasil tem um representante entre os vencedores do prêmio.
Representando o povo Yanomami, ele receberá a premiação juntamente com a Hutukara Associação, iniciativa local, que tem como cofundador e presidente o próprio Kopenawan.
"Pela corajosa determinação em proteger as florestas e a biodiversidade da Amazônia, e as terras e a cultura de seus povos indígenas", o líder divide a premiação com três mulheres. A jovem ativista ambiental Greta Thunberg (Suécia); a defensora dos direitos humanos, Aminatou Haidar (Saara Ocidental); e a advogada Guo Jianmei (China).
Cada vencedor receberá uma quantia de US mil, destinada a apoiar e incentivar o trabalho feito por eles.
Antes do líder, nomes como o do teólogo Leonardo Boff (2001) e a luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (1991) também estiveram entre os premiados.
A representatividade de Kopenawa
Kopenawa é porta-voz dos yanomami. Eles vivem isolados na Amazônia, perto da fronteira com a Venezuela.
Viajando pelo mundo há mais de 30 anos, o líder indígena recebeu o apelido de "Dalai Lama da Floresta Tropical", sendo figura chave para o processo de reconhecimento oficial do território yanomami na Amazônia.
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