Fórum debate prevenção contra doenças cardiovasculares

A
prevenção de mortes decorrentes de doenças
cardiovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC) e a
endocardite, é um dos temas do 5º Fórum Siga seu Coração, que ocorre hoje (24),
em Brasília. De acordo com a plataforma Cardiômetro,
da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mais de 289 mil pessoas morreram
em decorrência dessas patologias, no país, até as 15h desta terça-feira.
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta as doenças cardiovasculares como a
principal causa de morte no mundo. Em seu levantamento mais recente, que
apresenta dados de 2015, a entidade informa que, naquele ano, o total de óbitos
envolvendo essas enfermidades chegou a 17,7 milhões. O número representou 31%
das mortes registradas em âmbito global.
O
diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC, Fernando Costa, disse que a
hereditariedade pode favorecer o desenvolvimento desse tipo de doença. “Por outro
lado, nós temos os fatores modificáveis. Quais são? Obesidade, circunferência
abdominal, sedentarismo, hipertensão, diabetes e colesterol. Eu posso
modificá-los, não posso? Tomo remédio, faço exercício. Quando você não modifica
isso, há o que chamamos de estresse oxidativo. Isso causa um problema no vaso,
nas artérias, principalmente”.
Segundo
Costa, a medida que mais faz diferença é a adoção de um estilo de vida
saudável, que alie dieta alimentar adequada à prática de exercícios físicos.
“Prevenir é prolongar uma vida saudável”, disse.
Como
sugestão às pessoas que têm dificuldade para se manter fisicamente ativas, o
cardiologista simplifica, indicando caminhadas e o uso de aplicativos que
contem os passos dados ao longo do dia. “Dez mil passos por dia e você tem
atividade física”, disse.
Além
do sedentarismo, o tabagismo e o uso abusivo de álcool são outros fatores de
risco, no caso das doenças cardiovasculares. A apneia do sono, por sua vez,
pode aumentar em 3,7% as chances de uma pessoa desenvolver tais enfermidades.
Atividades físicas
Em
julho deste ano, o Ministério da Saúde divulgou uma atualização da
Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico (Vigitel). Uma das taxas que apresentou alta, na
comparação de 2009 com 2018, foi a relativa à parcela da população que se
exercita no tempo livre. No período analisado, a proporção subiu de 30,3% para
38,1%.
O
estudo revelou ainda que a dedicação a uma rotina de exercícios que dure ao
menos 150 minutos semanais é algo mais comum entre homens (45,4%) do que
mulheres (31,8%). Adultos com idade entre 35 e 44 anos geraram o aumento mais
expressivo na última década, de 40,6%.
Ainda
conforme a pesquisa, a taxa global de inatividade física sofreu queda de 13,8%
em relação a 2009. O percentual de inatividades das mulheres é de 14,2% e o dos
homens, ligeiramente inferior, de 13%.
O
governo federal destaca o lançamento do Plano de Ações Estratégicas para o
Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) como a ação mais
significativa para a diminuição no número de internações e óbitos resultantes
de doenças cardiovasculares. Na base do plano está a expansão da Atenção
Básica, que conta, atualmente, com 42,9 mil unidades básicas de Saúde em
funcionamento e 263,4 mil agentes comunitários de Saúde em todo o país. Ao
todo, as 42,6 mil equipes de Saúde da Família atendem a 64,6% da população.(Agência
Brasil)
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