(Foto: Fetape/Divulgação)
Em Jatobá (PE), no Sertão de Itaparica, um processo de reintegração de posse de uma área reconhecida como território indígena não considera direitos de mais de 300 famílias agricultoras, segundo denúncia da Federação dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares do Estado de Pernambuco (Fetape).
As 302 famílias das comunidades Bem-Querer de Baixo, Bem-Querer de Cima, Cacheado e Caldeirão permanecem acampadas e em vigília, resistindo e cobrando das autoridades que a situação das terras em que moram, há diversas gerações, seja resolvida. Elas vivem em meio a um polêmico processo de reintegração de posse, a partir de uma decisão do juiz Federal Felipe Mota Pimentel, que deu 10 dias de prazo, para que elas saíssem do local. A situação foi agravada, pois essa notificação vem sendo feita pela Polícia Federal (PF), desde o dia 2 de maio. A área em questão será reintegrada aos índios Pankararu.
Os moradores e moradoras reivindicam que o Incra identifique, no município de Jatobá, uma terra produtiva para que eles sejam reassentados de forma digna e possam continuar trabalhando e produzindo, assegurando o sustento de suas famílias. Além disso, cobram que a indenização seja justa, e para todos, reconhecendo todas as benfeitorias promovidas pelas famílias em suas moradias e no entorno.
“O tratamento que vem sendo dado a essas famílias é desumano. Não podemos admitir que essas pessoas sejam colocadas em qualquer lugar, sem as condições necessárias para viver e trabalhar, como sempre fizeram. A Fetape tem acompanhado esse processo e tem presenciado pessoas idosas de 80, 90 anos, que estão sofrendo com o descaso a que estão submetidas. Vamos lutar até que haja justiça para cada agricultor e agricultora que lá está“, explica o presidente da Fetape, Doriel Barros. Com a palavra, as autoridades.(Via:C.Britto).
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