O líder do MTST e pré-candidato do PSOL à Presidência, Guilherme Boulos, afirmou nesta quinta-feira (15) que a morte da vereadora Marielle Franco é expressão de um problema histórico.
"Existe um incômodo na sociedade com mulheres e negros na política, já há uma barreira para que não ocupem esse lugar. E quando ocupam, há um incômodo de quem há 500 anos manda no país", disse Boulos.
Boulos não descartou considerar o crime como um recado para outros membros do partido. "É evidente que isso também é um aviso, uma mensagem. Além de toda a brutalidade e do absurdo [da ação], fizeram sem preocupação de disfarçar. Fizeram uma execução no centro do Rio", analisou em declaração publicada pelo UOL.
"Está evidente que os nove tiros disparados contra ela não foram balas perdidas. Esses tiros tinham alvo. E tiveram como alvo uma das lideranças políticas mais combativas do Rio de Janeiro. Uma mulher, negra, vinda da favela. Eu não tenho condições de apontar o dedo, dizer que foi ali e aqui, mas tenho condição de dizer que vamos cobrar justiça", acrescentou o presidenciável do PSOL.
Para Boulos, está claro que a morte de Marielle Franco foi uma execução. "Era uma mulher que enfrentava, que denunciava a crise da polícia, que era contra a intervenção militar e tinha sido designada como relatora da Comissão Municipal da Intervenção. É evidente que foi execução", afirmou. (247).
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