A votação desta terça-feira (17) não definiria só o futuro do senador mineiro e tucano, Aécio Neves. Além da autodefesa da classe política contra as investigações do Ministério Público (MP) na Operação Lava Jato, Temer articulou comprando votos em apoio a continuidade do mandato de Aécio.
E agora os tucanos de Aécio terão de apoiar Temer contra as denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR). Fica evidente o pacto de sobrevivência entre o usurpador e o senador mineiro e ex-presidenciável derrotado no voto nas eleições de 2014. É isso, "uma mão lava a outra" quando o assunto é dar seguimento ao golpe e continuar no poder.
Encorajados pela liberação de R$200 milhões em emendas orçamentárias pelo Planalto, os senadores decidiram desafiar a primeira turma do STF. O espírito de corpo no Senado venceu a opinião pública. Por 44 a 26, o plenário devolveu a Aécio o mandato e a suspensão do recolhimento noturno.
Mas, se deixarmos de lado a indignação e pensarmos um pouco, veremos que o golpe segue seu curso normal. É o pacto da direita entreguista e antinacional com o capital financeiro totalmente escancarado. E esse ponto é positivo, pois é pedagógico para esclarecer os setores da sociedade que acharam que valia a pena apoiar a aventura golpista.(247).
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