Em entrevista à TV 247, o líder do PT Carlos Zarattini se diz convencido de que, desta vez, Michel Temer pode ser afastado do cargo. “Se nós tivermos um movimento de mobilização, uma revolta, o governo não resiste” diz. “Na primeira votação o governo fez muitas promessas, que não foram cumpridas. Tem um déficit aí. Ao mesmo tempo, é um governo sem nenhuma popularidade”.
Lembrando que na primeira votação não ocorreu nenhum protesto de impacto contra Temer, Zarattini argumenta: “Na primeira denúncia, a população não acreditava (que seria possível afastar Temer), dizia que ele já ‘estava comprando voto’, que estava oferecendo isso, oferecendo aquilo”. Zarattini afirma que, “em primeiro lugar, as pessoas têm que acreditar” na possibilidade de afastar Temer.
Em segundo lugar, diz, a situação está “muito mais grave”. Não só por causa das acusações contidas na delação de Joesley Batista, mas pela agenda política: “se governo passar pela denúncia vai para a reforma da previdência”. Para dificultar o Planalto, as divergências internas da base do governo, essencial para a defesa de Temer, não param de crescer. Lembrando que os aliados do governo consideram que os tucanos – divididos na defesa da Temer – desfrutam de um espaço que consideram “injusto”, Zarattini observa: “o PSDB tem tido um papel desagregador”.
No depoimento, Zarattini lembra o papel nefasto de Geddel Lima na privatização das empresas de telefonia e denuncia a desnacionalização da economia, lembrando que a partir de agora a Vale pode ser “controlada em Nova York”. Numa hora de debates decisivos sobre a reforma política, o deputado condena as várias versões do Distritão e explica a importância do voto proporcional.
Nesta mesma entrevista, Zarattini também falou sobre a candidatura Lula e os ataques à soberania nacional que vêm sendo conduzidos pelo governo Temer. Abaixo, a íntegra:(247).
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