quinta-feira, 27 de abril de 2017

APROVADO POR SÓ 4%, TEMER DIZ QUE FIM DA CLT ABRE CICLO DE PROSPERIDADE

REUTERS/Ueslei Marcelino

Referência mundial na questão dos direitos humanos, o advogado Geoffrey Robertson publicou um artigo em defesa do ex-presidente Lula na Foreign Affairs, principal publicação do mundo sobre Relações Internacionais.
No texto, Robertson afirma que, com o juiz Sergio Moro, Lula não terá um julgamento justo. O advogado destaca que, "até agora, os promotores não encontraram nenhuma evidência que o ligasse aos supostos crimes, mas usaram táticas agressivas, como vazamentos de gravações telefônicas que ele fez para sua família, a fim de constrangê-lo publicamente". O advogado foi contratado pela defesa de Lula para representar o ex-presidente com uma ação impetrada na Corte Interamericana de Direitos Humanos, ligada à OEA, contra os abusos da Lava Jato.
Para o especialista, "nesse e noutros aspectos, o caso Lula levantou questões cruciais sobre o sistema judicial brasileiro: especificamente, se ele pode dar a Lula um julgamento justo e proteger os direitos do devido processo daqueles que são acusados de corrupção".
Ele lembra ainda que o sistema judicial brasileiro "não prevê qualquer separação entre o papel do juiz de instrução, que supervisiona e aprova o trabalho da polícia e do Ministério Público, e o do juiz de primeira instância, que deve ouvir casos sem parcialidade. No Brasil, ambos os papéis são desempenhados pela mesma pessoa, mesmo quando, como no caso de Lula, a investigação incluiu conclusões prejudiciais contra Lula pelo juiz".
O advogado acrescenta que "no caso de Lula, essa pessoa é Sérgio Moro, um juiz federal de baixo nível de Curitiba. Moro não está apenas supervisionando a investigação, aprovando todas as buscas, apreensões e escutas telefônicas, mas também presidindo os múltiplos julgamentos de Lula. Isso apesar do fato de que decisões investigativas anteriores o envolveram especulando sobre a culpa de Lula".
"Se há provas de que Lula se beneficiou da corrupção, ele deve responder por isso – mas em um processo justo diante de um juiz imparcial. Moro e o preconceito provocado pela mídia brasileira tornaram isso impossível. O caso deve, portanto, ser retirado de Moro e entregue a uma comissão imparcial do tipo ICAC - não para proteger políticos corruptos ou ladrões de construtores, mas por causa do Estado de direito e dos direitos humanos e impedir que os processos se transformem em perseguições", finaliza. (247).


Blog do BILL NOTICIAS

Maioria dos americanos desaprova gestão de Trump na economia, diz pesquisa

  Pesquisa da CBS News mostra queda de quatro pontos nos índices de apoio às políticas econômicas do ex-presidente Presidente dos EUA, Donal...