quinta-feira, 24 de março de 2022

ELEIÇÕES Humberto descarta palanque duplo e diz que o PT indicará outro nome ao Senado

                                   Por: João Victor Paiva

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado


Lula estará no palanque da Frente Popular, e só nele. A afirmação foi feita pelo senador e coordenador da campanha do ex-presidente, Humberto Costa (PT), em entrevista à Rádio Clube nesta quinta-feira (24). A questão foi levantada após Marília Arraes deixar o PT e sugerir que Lula "não é propriedade de ninguém", aludindo a um possível palanque duplo em Pernambuco.

"Houve uma declaração aí muito importante por parte do governador [Paulo Câmara] – pelo menos a imprensa diz que ele fez essa declaração – de que teria conversado com o presidente Lula e o presidente Lula teria assumido o compromisso de que não pisaria em outro palanque a não ser o da Frente Popular. Ou seja, isso já é um fator de unidade muito importante para a frente", comentou o parlamentar, um dos principais defensores da aliança com o PSB.

Com a saída de Marília, os petistas voltaram a discutir quem será indicado pela sigla à disputa pela Casa Alta. Humberto afirmou que a definição deverá ser feita até o início da próxima semana. 

"Nós estávamos com a possibilidade de definir uma candidatura para o Senado e agora nós temos que começar da estaca zero, mas refazer todo o debate. Primeiramente, o que eu tenho sentido, não posso falar pelo partido, mas o que eu tenho sentido nas conversas que eu tive até agora é de que o PT continua com a pretensão de ter uma candidatura ao Senado. E nós vamos, essa semana, fazer uma reunião com a presença da presidenta Gleisi [Hoffmann] e demais pessoas da direção nacional do partido, e queremos essa semana fazer uma reunião também com o PSB para apresentarmos a nossa demanda", informou. 

O senador classificou a polêmica gerada pelo desembarque de Marília como um "debate pequeno", que precisa ser superado. Humberto também nega a possibilidade do PT abrir mão da disputa pelo Senado, indicando um nome para a vice de Danilo Cabral (PSB) e deixando o caminho livre para outros partidos da frente. "Eu não vi nenhuma liderança importante do PT, nenhum parlamentar, não vi em nenhum grupo de WhatsApp de militantes e tal alguém se manifestar pela pela busca da vice", disse. 

Na visão dele, "com a saída da deputada Marília Arraes, o peso do PT, a nitidez de com quem o PT está é importante. E a melhor forma de dar nitidez, além da presença de Lula no palanque, é ter um candidato ou uma candidata do PT para o Senado. Quer dizer, fica muito evidente que o palanque de Lula, que o palanque do PT é o palanque de Danilo Cabral. Isso também tem que ser levado em consideração".

A articulação nacional em torno da candidatura de Lula à presidência da República também foi comentada pelo senador, que coordena a campanha. "O presidente Lula provavelmente vai lançar a sua candidatura no dia 1º de maio; estamos discutindo esse tema – inclusive hoje, que vamos ter reunião do diretório nacional o dia inteiro – e eu acredito que ao longo desse período do mês de abril deve ser feito o anúncio da chapa Lula-Alckmin, para que nós possamos continuar nessas articulações estaduais e, acima de tudo, começarmos a pensar coisas importantes, como programa de governo, os palanques nos estados, fazer as últimas articulações, debater os detalhes..."

O ex-presidente buscará o terceiro mandato ao lado do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, filiado nesta quarta-feira (23) ao PSB. "Acho que foi um ato muito forte, com muita participação. O ex-governador Geraldo Alckmin fez também um discurso muito forte de defesa da democracia, de defesa da aliança com o presidente Lula e da candidatura do próprio Lula. Acho que consolidou, definitivamente, a aliança PT-PSB", elogiou Humberto.


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