segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Vereador de Embu das Artes deu socos e tapas em si mesmo antes de fazer insultos racistas no Rio

Renato Oliveira tinha alugado um apartamento para uma temporada de quatro dias com um grupo de amigos

(Foto: Reprodução)

O vereador e presidente da Câmara Municipal de Embu das Artes, na Grande São Paulo, Renato Oliveira, do MDB, foi acusado de injúria racial. Ele recebeu ordem de prisão dentro de uma piscina, em um condomínio na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O vereador se recusou a acatar a ordem dos policiais e um deles entrou na água para prendê-lo. As imagens viralizaram na internet. A reportagem é do portal G1.

O vereador tinha alugado um apartamento para uma temporada de quatro dias com um grupo de amigos. Segundo registros das câmeras do condomínio, aos quais o Fantástico teve acesso com exclusividade, ele saiu no sábado (22) à tarde e só retornou no domingo (23) pela manhã.

Uma câmera em frente ao elevador registrou o momento. E a imagem sugere que o vereador chegou com um comportamento aparentemente alterado.

Às 8h25, na porta do elevador, ele dá um soco nele mesmo, ao lado de uma mulher. Lá dentro, dá um tapa no próprio rosto.

“Eu não estava me agredindo. Eu estava conversando e gesticulando com ela. Pela crise de ansiedade que eu sofro, eu falo com as minhas mãos”, disse Renato.

Doze minutos depois, ele desce, cantando ou falando sozinho. Um morador entra no elevador e reclama que ele está sem máscara. Mas o vereador segue sem máscara em direção à piscina.

Quem o acusa de injúria racial é o supervisor do condomínio Izac Gomes, de 57 anos.

“Tenho que vistoriar e saber se a piscina já está pronta para ser aberta, e ela ia ser aberta às 9h. Ele já estava com a caixa de som ligada, já estava na fila falando: ‘Por que que você não abre a piscina?’. A piscina abriu. Ele botou a caixa de som dentro da piscina no último volume. Pedi a ele que não podia, ele retrucou e ali começou o bate-boca”, conta Izac.

Diante de tantas reclamações dos moradores, a polícia foi chamada. Mas segundo o depoimento das testemunhas, não adiantou. Até piorou. E a polícia foi chamada novamente.

“Ele bebia e me chamava: ‘Ô negão, ô negão’. Fui conversar com ele, botei a mão nele, ele mandou: ‘Tira a mão de mim, que você está suado. Eu estou cheiroso. Você está fedendo’. Eu falei: ‘Como é que é?’. ‘É. Você está fedendo. Todo preto fede’”, relatou Izac. 247

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