Por Rafael Coelho/Folhape
A fadiga deve ser investigada, pois,
pode ser anemia - Canva
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A anemia é uma deficiência nutricional que afeta negativamente a produção de hemoglobina (substância presente nos glóbulos vermelhos do sangue). O exame de sangue é essencial para que seja confirmado o diagnóstico de anemia por falta de ferro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que a deficiência de ferro no organismo é ainda muito comum, atingindo cerca de 1/3 da população mundial com a doença.
A vitamina C potencializa o ferro dos alimentos (carnes, grãos, legumes, verduras). Para se ter uma ideia, o simples ato de pingar gotas de limão no feijão aumenta consideravelmente a absorção do nutriente ferro pelo corpo. Já o leite e derivados atrapalham a captação do ferro, por causa do cálcio. Portanto, evite consumir leite com um alimento rico em ferro. Um exemplo de "briga" entre o ferro e cálcio é o prato frango à parmegiana. A fadiga generalizada é um dos principais sintomas do desequilíbrio nutricional. Portanto, é fundamental o diagnóstico por parte do médico e o acompanhamento multidisciplinar com o nutricionista.
Os principais sinais e sintomas da anemia por carência de ferro são:
Alimentos ricos em ferro:
-Carne vermelha
-Carne de frango
-Feijão, grão de bico e ervilhas
-Agrião
-Espinafre
-Gergelim
-Soja
-Castanhas
Feijão é rico em ferro - Foto: Canva
O ferro é um nutriente importante para a vida e atua principalmente na formação de células vermelhas do sangue, no transporte do oxigênio no organismo e também está envolvido na função imunológica e no desenvolvimento intelectual das crianças. A deficiência de ferro é um problema que atinge países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os principais afetados pela deficiência de ferro são crianças, mulheres em idade fértil e gestantes. No Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde – PNDS, a prevalência de anemia observada entre crianças menores de cinco anos é de 20,9%, sendo de 24,1% em crianças menores de dois anos. Em mulheres em idade fértil a prevalência de anemia observada foi de 29,4%. Em termos globais, de acordo com estimativa realizada na última década pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a carência de ferro afetava 1/3 da população.
Alimentos ricos em cálcio, como leite, queijos e iogurtes, prejudicam a absorção do ferro, pois os minerais acabam "brigando" para serem captados pelo organismo. O bife à parmegiana é um prato típico na briga do ferro e cálcio.
SAÚDE EM PÍLULAS
Movimento - Realizar exercícios físicos é muito importante para a saúde, física e mental, uma vez que libera hormônios como serotonina e endorfina, que trazem a sensação de bem-estar e ajudam a controlar o estresse, principalmente em uma situação de pandemia em que que vivemos no Brasil e no mundo. Prefira atividades ao ar livre, como em parques, por exemplo, informa o médico Ricardo Eid, especialista em medicina do esporte, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Vitamina - Durante a estação mais fria do ano, o cuidado com a imunidade, para manter a saúde em dia é imprescindível. Consumir frutas ricas em vitamina C, como laranja, limão e goiaba, vão ajudar a manter a integridade do sistema imunológico. A vitamina C é um potente antioxidante que vai combater os radicais livres, mantendo longe as infecções. "Bebidas como o suco de Laranja e o Veggie Limão, que conta com espinafre e couve, são fontes ricas em Vitamina C e podem auxiliar nesse processo", explica a nutricionista Edvania Soares.
Estudo revela aumento de automedicação para dormir durante a pandemia
O sono tem sido afetado pela pandemia - Foto: Canva
Estudos mostram que os problemas de sono aumentaram o consumo de pílulas para dormir, boa parte adquirida sem receita. Após duas semanas de confinamento, 74% de 1.005 pessoas que participaram de um estudo francês tiveram dificuldades para dormir, 16% usaram pílulas para dormir nos últimos 12 meses e 41% tomaram esses medicamentos desde o início do lockdown. A pesquisadora do Instituto do Sono Dalva Poyares diz que um achado interessante foi constatar que 72% das pessoas com queixa de sono eram jovens entre 18 e 34 anos Na Itália, pesquisadores estudaram 30 pessoas com dependência de drogas e álcool, tendo constatado que o consumo de drogas caiu no isolamento físico e social e voltou a subir após o confinamento. Já o uso de álcool e pílulas para dormir aumentou e se manteve elevado ao final do confinamento. Estudiosos americanos observaram um crescimento 0,05 prescrições por mil pacientes entre junho de 2019 de junho a março de 2020. Em setembro, o aumento passou para 0,21 por mil pacientes. O estudo concluiu que, antes de prescrever remédios, os médicos deveriam ter oferecido opções não farmacológicas evitar o uso de medicamentos a longo prazo.
OPINIÃO – PALAVRA DO ESPECIALISTA
Cresce o uso de lentes de contato na pandemia
O uso de máscara e embaçamento dos óculos pela respiração é um dos fatores que tem incentivado a adesão de novos usuários às lentes - Foto: Canva
No início da pandemia, existiam dúvidas de que as lentes de contato poderiam ser inseguras e seu uso deveria ser evitado. Mas, estudos recentes têm mostrado que quem as utiliza não tem mais chance de ser infectado do que pessoas que usam óculos. Como os usuários de lentes de contato estão mais predispostos a desenvolver quadros inflamatórios e alérgicos, a orientação era manter uma rotina rígida de higienização, pois sendo a Covid-19 transmitida pelo contato com as mãos, considerávamos que poderiam infectar as lentes no processo de colocá-las ou removê-las do olho.
O aumento no uso de lentes de contato é mais uma tendência identificada, na pandemia. Pesquisa realizada pelo Instituto Penido Burnier, em Campinas (SP), com usuários de óculos de grau constatou que houve um incremento de 10% no número de pessoas que passaram a usar lentes de contato. Segundo esse trabalho, um dos motivos que levaram os pacientes a deixarem os óculos de lado e migrarem para as lentes é o embaçamento dos óculos pelo ato de respirar com máscara.