segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Anemia por falta de ferro é caracterizada pela fadiga

               Por Rafael Coelho/Folhape

A fadiga deve ser investigada, pois, pode ser anemia - Canva


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A anemia é uma deficiência nutricional que afeta negativamente a produção de hemoglobina (substância presente nos glóbulos vermelhos do sangue). O exame de sangue é essencial para que seja confirmado o diagnóstico de anemia por falta de ferro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que a deficiência de ferro no organismo é ainda muito comum, atingindo cerca de 1/3 da população mundial com a doença.  

A vitamina C potencializa o ferro dos alimentos (carnes, grãos, legumes, verduras). Para se ter uma ideia, o simples ato de pingar gotas de limão no feijão aumenta consideravelmente a absorção do nutriente ferro pelo corpo. Já o leite e derivados atrapalham a captação do ferro, por causa do cálcio. Portanto, evite consumir leite com um alimento rico em ferro. Um exemplo de "briga" entre o ferro e cálcio é o prato frango à parmegiana. A fadiga generalizada é um dos principais sintomas do desequilíbrio nutricional. Portanto, é fundamental o diagnóstico por parte do médico e o acompanhamento multidisciplinar com o nutricionista. 

Os principais sinais e sintomas da anemia por carência de ferro são:

- Fadiga generalizada
- Anorexia (falta de apetite)
- Palidez de pele e mucosas (parte interna do olho, gengivas)
- Menor disposição para o trabalho
- Dificuldade de aprendizagem nas crianças
- Apatia (criança muito “parada”).

Alimentos ricos em ferro:

-Carne vermelha

-Carne de frango

-Feijão, grão de bico e ervilhas

-Agrião

-Espinafre

-Gergelim

-Soja

-Castanhas

Feijão é rico em ferroFeijão é rico em ferro - Foto: Canva

O ferro é um nutriente importante para a vida e atua principalmente na formação de células vermelhas do sangue, no transporte do oxigênio no organismo e também está envolvido na função imunológica e no desenvolvimento intelectual das crianças. A deficiência de ferro é um problema que atinge países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os principais afetados pela deficiência de ferro são crianças, mulheres em idade fértil e gestantes. No Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde – PNDS, a prevalência de anemia observada entre crianças menores de cinco anos é de 20,9%, sendo de 24,1% em crianças menores de dois anos. Em mulheres em idade fértil a prevalência de anemia observada foi de 29,4%. Em termos globais, de acordo com estimativa realizada na última década pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a carência de ferro afetava 1/3 da população. 

Alimentos ricos em cálcio, como leite, queijos e iogurtes, prejudicam a absorção do ferro, pois os minerais acabam "brigando" para serem captados pelo organismo.  O bife à parmegiana é um prato típico na briga do ferro e cálcio. 

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SAÚDE EM PÍLULAS 

Movimento - Realizar exercícios físicos é muito importante para a saúde, física e mental, uma vez que libera hormônios como serotonina e endorfina, que trazem a sensação de bem-estar e ajudam a controlar o estresse, principalmente em uma situação de pandemia em que que vivemos no Brasil e no mundo. Prefira atividades ao ar livre, como em parques, por exemplo, informa o médico Ricardo Eid, especialista em medicina do esporte, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Vitamina - Durante a estação mais fria do ano, o cuidado com a imunidade, para manter a saúde em dia é imprescindível. Consumir frutas ricas em vitamina C, como laranja, limão e goiaba, vão ajudar a manter a integridade do sistema imunológico. A vitamina C é um potente antioxidante que vai combater os radicais livres, mantendo longe as infecções. "Bebidas como o suco de Laranja e o Veggie Limão, que conta com espinafre e couve, são fontes ricas em Vitamina C e podem auxiliar nesse processo", explica a nutricionista Edvania Soares.

Estudo  revela aumento de automedicação para dormir durante a pandemia

Sono durante a pandemiaO sono tem sido afetado pela pandemia - Foto: Canva

Estudos mostram que os problemas de sono aumentaram o consumo de pílulas para dormir, boa parte adquirida sem receita. Após duas semanas de confinamento, 74% de 1.005 pessoas que participaram de um estudo francês tiveram dificuldades para dormir, 16% usaram pílulas para dormir nos últimos 12 meses e 41% tomaram esses medicamentos desde o início do lockdown.  A pesquisadora do Instituto do Sono Dalva Poyares diz que um achado interessante foi constatar que 72% das pessoas com queixa de sono eram jovens entre 18 e 34 anos Na Itália, pesquisadores estudaram 30 pessoas com dependência de drogas e álcool, tendo constatado que o consumo de drogas caiu no isolamento físico e social e voltou a subir após o confinamento. Já o uso de álcool e pílulas para dormir aumentou e se manteve elevado ao final do confinamento. Estudiosos americanos observaram um crescimento 0,05 prescrições por mil pacientes entre junho de 2019 de junho a março de 2020. Em setembro, o aumento passou para 0,21 por mil pacientes. O estudo concluiu que, antes de prescrever remédios, os médicos deveriam ter oferecido opções não farmacológicas evitar o uso de medicamentos a longo prazo.

OPINIÃO – PALAVRA DO ESPECIALISTA

Cresce o uso de lentes de contato na pandemia

lentes de contatoO uso de máscara e embaçamento dos óculos pela respiração é um dos fatores que tem incentivado a adesão de novos usuários às lentes - Foto: Canva

No início da pandemia, existiam dúvidas de que as lentes de contato poderiam ser inseguras e seu uso deveria ser evitado. Mas, estudos recentes têm mostrado que quem as utiliza não tem mais chance de ser infectado do que pessoas que usam óculos. Como os usuários de lentes de contato estão mais predispostos a desenvolver quadros inflamatórios e alérgicos, a orientação era manter uma rotina rígida de higienização, pois sendo a Covid-19 transmitida pelo contato com as mãos, considerávamos que poderiam infectar as lentes no processo de colocá-las ou removê-las do olho.

Entretanto, a frequência da conjuntivite em pacientes com coronavírus tem se provado baixa, sendo menor que 3%. Estudo realizado pelo Center for Ocular Research and Education (CORE), em Ontário, no Canadá, demonstrou pouca incidência da Covid-19 no filme lacrimal, sendo baixo o risco de transmissão por meio das lágrimas. A pesquisa também provou que a probabilidade de contaminação das lentes de contato é mínima. O olho é dificilmente envolvido na infecção por Covid, portanto, as lentes são uma forma de correção ótica bem segura.
Outra dúvida era se haveria diferença de risco de infecção, de acordo com os materiais das lentes disponíveis no mercado. Ainda não temos estudos conclusivos a esse respeito. É necessário investigar melhor a interação do vírus com a matéria prima das lentes. No entanto, as lentes de descarte diário podem ser a melhor opção neste período pandêmico. Já quem estiver com coronavírus, deve suspender imediatamente o uso de lentes de contato.

O aumento no uso de lentes de contato é mais uma tendência identificada, na pandemia. Pesquisa realizada pelo Instituto Penido Burnier, em Campinas (SP), com usuários de óculos de grau constatou que houve um incremento de 10% no número de pessoas que passaram a usar lentes de contato. Segundo esse trabalho, um dos motivos que levaram os pacientes a deixarem os óculos de lado e migrarem para as lentes é o embaçamento dos óculos pelo ato de respirar com máscara.

A adesão também tem sido incentivada pelo aumento da incidência de pessoas míopes. São pacientes que apresentaram um início ou uma piora na miopia, atribuídos ao uso prolongado de eletroeletrônicos. Ou seja, são novos usuários que antes não precisavam de correção e agora precisam, e muitas vezes acabam optando pelas lentes de contato.
Seja qual for o motivo para o uso de lentes, frisamos a necessidade de manter uma boa higiene. O mau uso das lentes é ainda a maior causa de contaminação da córnea no mundo. Mais de 60% dos casos ocorrem por má higienização, armazenamento incorreto e uso fora da validade. Por isso, e apesar do risco reduzido de infecção pela Covid, todo cuidado é pouco. O paciente deve manter o hábito de lavar as mãos com água e sabonete neutro ou antibacteriano e secá-las bem, antes e após a retirada das lentes e sempre que tocar em qualquer superfície. Essa prática é muito eficiente e diminui o risco de contaminação por microrganismos.

Outro vilão que pode facilitar o contágio é o ar-condicionado. O uso intensivo de refrigeração, pode causar o ressecamento da lágrima e facilitar a infecção. Quem não tiver como escapar de ambientes refrigerados, deve dar preferência às lentes esclerais, que cobrem uma área maior do olho e diminuem o ressecamento da lágrima.
 
Confira dicas para o uso correto de lentes de contato e evitar a contaminação:
 
- Comece a higiene sempre pelo mesmo olho, pois cada um tem sua própria prescrição
- Se usar lentes de troca programada, limpe-as imediatamente após sua remoção
- Se as lentes forem descartáveis, jogue no lixo assim que as retirar
- Siga as orientações do seu oftalmologista para desinfectar as lentes
- Nunca use água da torneira para limpar as lentes ou o estojo
-  Siga as instruções de uso da solução para desinfectar as lentes
- Lave o estojo semanalmente e troque-o por um novo a cada três ou quatro meses
- Mantenha limpo o local onde você manuseia as lentes
- Evite dormir com as lentes de contato
- Evite usá-las na praia
- Nunca entre na piscina ou no mar com lentes de contato
- Use colírios lubrificantes, no horário e período indicados pelo seu oftalmologista
 
              Os usuários de lentes de contato devem fazer revisões periódicas, de acordo com os prazos orientados pelo seu oftalmologista.

José de Barros é oftalmologista e especialista em Lentes de Contato 
Instituto de Olhos do Recife - IOR


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