Presidente deposta pelo golpe de 2016, Dilma Rousseff alertou para a importância de o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecer a inocência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pois, nesta quinta-feira (15), a Corte julga a anulação da condenação do petista por Sérgio Moro, que já havia sido condenado pelo ministro Edson Fachin por causa de sua parcialidade ao julgar o processo do tríplex em Guarujá (SP).
"Há uma certa inconformidade e temor dos mesmos que prenderam o Lula por 580 dias - indevidamente, fato hoje reconhecido pelos ministros do Supremo -, de que ele possa ser candidato à Presidência da República", disse a ex-presidente. Os relatos dela foram publicados pelo jornal El País.
"Em 2018, o Lula foi tirado da eleição porque ele ganharia de Bolsonaro. Elegemos uma pessoa completamente despreparada para o exercício da presidência. Veja como é grave interferir no processo democrático", acrescentou.
De acordo com a ex-presidente, "ali o Supremo podia ter dado um basta no Sergio Moro. Eu fui gravada como presidenta da República sem autorização do Supremo".
"Todo mundo ficou estarrecido com uma fala do ministro Fachin à Veja na qual ele diz que não seria inusual, ou seja, não seria surpreendente, que o Plenário revogasse o que disse a Turma", disse. "É estranho que um ministro que votou a favor de algo defenda que sua decisão possa ser anulada".
Pesquisa
Pesquisa Poderdata divulgada, nessa quarta-feira (14), mostra que o petista com vantagem de 18 pontos percentuais sobre Jair Bolsonaro num cenário de segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
De acordo com o levantamento, o ex-presidente também é o menos rejeitado (41%). (Brasil247).