O avanço da Covid-19 levou a inclusão do Brasil em uma lista de avaliação de 28 países sobre as ações de enfrentamento à pandemia que funcionaram ou não. Segundo a coluna do jornalista Jamil Chade, no UOL, a avaliação da OMS deverá ser concluída em maio, mas “o Brasil foi usado como um exemplo de como ações foram consideradas como insuficientes”.
Na semana passada o Brasil registrou 25% de todas as mortes por Covid-19 em todo o mundo. Segundo dados da própria OMS, entre os dias 15 e 21 de março 60,2 mil pessoas morreram da doença em nível mundial, 15,6 mil delas no Brasil. O número de óbitos no país foi o dobro do que foi registrado nos Estados Unidos, segundo país com maior número de mortes em decorrência da pandemia.
A reportagem destaca que o exame da situação brasileira veio na esteira da pressão feita no ano passado pelo governo Jair Bolsonaro, juntamente com o governo do então presidente dos EUA Donald Trump, para que a OMS fosse alvo de uma auditoria.
“O projeto foi aprovado. Mas os peritos escolhidos para realizar o exame optaram por examinar não apenas a OMS. Além da gestão de Tedros Ghebreyesus, os especialistas decidiram que iriam também avaliar como os diferentes governos responderam aos alertas internacionais, às recomendações e à declaração de emergência global, em janeiro de 2020”, ressalta Chade no texto.
“Uma das primeiras conclusões aponta que, se a emergência foi estabelecida, poucos foram os governos que implementaram medidas concretas e fortaleceram seu sistema de saúde nas primeiras semanas após a eclosão da crise”, finaliza. (Brasil247).