segunda-feira, 31 de agosto de 2020
CASO FLORDELIS Testemunha afirma que Flordelis ofereceu filha sexualmente a pastores
Por: Victória Olimpo
Por: Correio Braziliense
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Denunciada como possível mentora do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ), segundo o depoimento de uma testemunha ao Ministério Público do Rio de Janeiro, teria oferecido sexualmente uma de suas filhas a pastores evangélicos. Segundo o relato, a líder evangélica recebeu pastores pentecostais estrangeiros em sua casa, em evento em que a oferta teria sido colocada na mesa.
A denúncia apresentada no domingo (30/8), no programa Fantástico, da TV Globo, apontou ainda que uma das filhas afetivas mantinha relações sexuais com o pastor Anderson, e uma rotina em casas de swing na capital fluminense. "Anderson [...], com a permissão de Flordelis [...] se relacionava sexualmente" com uma das filhas, que "não gostava dessa situação, mas obedecia", diz a testemunha. Ainda de acordo com o Fantástico, a denúncia aponta para uma "completa dissociação entre a imagem construída e as práticas do grupo familiar".
Outra denúncia que também foi apresentada envolvendo Flordelis foi de que seu único filho biológico com Anderson do Carmo, teria, no entanto, sido roubado da mãe biológica e registrado como filho do casal.
O casal tinha 55 filhos, quatro deles, biológicos, dos quais Lucas de Souza e Flávio Rodrigues, já estavam presos acusados do assassinato do pastor. Anderson do Carmo foi morto em de junho de 2019, dentro da casa onde morava com a deputada e parte da prole, em Niterói (RJ). Dois dias depois do crime, policiais encontraram a arma usada para matar Anderson enrolada em um pano, em um armário, na casa da família.
O motivo do crime “seria o fato de a vítima manter rigoroso controle das finanças familiares e administrar os conflitos de forma rígida, não permitindo tratamento privilegiado das pessoas mais próximas a Flordelis, em detrimento de outros membros da numerosa família”.
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Guedes informa a aliados que auxílio emergencial será de 4 parcelas de R$ 300
A expectativa é que a prorrogação do benefício seja anunciada nesta terça-feira (1º)
Por Folhapress
Paulo Guedes, ministro da Economia – Foto: Alam Asntos/PR
O ministro da Economia, Paulo Guedes, informou a aliados na noite desta segunda-feira (31) que o auxílio emergencial será prorrogado por mais quatro parcelas de R$ 300.
O valor foi definido em encontro durante a tarde, promovido no Palácio do Planalto, entre o ministro e o presidente Jair Bolsonaro.
A expectativa é que a prorrogação do benefício seja anunciada nesta terça-feira (1º), após reunião do presidente com líderes partidários. Para alterar o valor, hoje em R$ 600, Bolsonaro enviará uma medida provisória ao Congresso.
A extensão da assistência emergencial paga durante a pandemia do coronavírus dará tempo para que a equipe econômica encontre soluções para a ampliação do Bolsa Família, rebatizado de Renda Brasil.
O auxílio emergencial foi pensado inicialmente pelo Ministério da Economia para durar três meses, com parcelas de R$ 200.
As estimativas feitas em março pela pasta apontavam que o benefício alcançaria até 20 milhões de beneficiários, com custo total de R$ 15 bilhões aos cofres públicos.
O programa foi se encorpando ao longo do tempo. Primeiro, após pressão de parlamentares sobre o governo, o Congresso aprovou o pagamento de três parcelas de R$ 600. Depois, o governo decidiu prorrogar o auxílio por mais dois meses no valor de R$ 600, prazo que agora está se encerrando.
Para as novas parcelas, Guedes chegou a defender um valor de R$ 270. Mas Bolsonaro insistiu em R$ 300, o que acabou acatado pela equipe econômica.
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Juíza dos EUA marca para 2021 julgamento de Steve Bannon, guru do bolsonarismo
(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reprodução)
Nova YORK (Reuters) - Uma juíza dos Estados Unidos marcou nesta segunda-feira para maio de 2021 o julgamento de Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump, e três outros acusados de fraudar doadores com um suposto projeto para construir o muro prometido pelo presidente norte-americano na fronteira com o México.
Procuradores federais acusaram Bannon, o veterano da Força Aérea norte-americana Brian Kolfage e dois outros de orquestrarem um esquema para desviar centenas de milhares de dólares por meio de uma campanha de financiamento coletivo de 25 milhões de dólares chamada “We Build the Wall”.
Bannon e Kolfage usaram centenas de milhares de dólares deste montante para cobrir despesas pessoais, de acordo com as acusações, que foram apresentadas em 20 de agosto.
Kolfage, Andrew Badolato e Timothy Shea se declararam inocentes em uma audiência virtual nesta segunda-feira. Eles receberam direito a fiança e entregarão os passaportes. Bannon, de 66 anos, declarou inocência no início deste mês.
A Juíza Analisa Torres, de Manhattan, estabeleceu o dia 24 de maio de 2021 como data de julgamento do caso.
Durante a audiência virtual, a juíza observou que só algumas salas do edifício estão preparadas para lidar com os desafios técnicos criados pela pandemia do novo coronavírus.
“Serei otimista e torcerei para termos salas disponíveis”, disse.
Kolfage perdeu as duas pernas e a mão direita em um ataque de foguete no Iraque em 2004.
Bannon, que foi um dos principais conselheiros da campanha presidencial de Trump e mais tarde estrategista-chefe da Casa Branca, ajudou a articular o populismo de direita e a oposição feroz à imigração que contribuíram para definir os três anos e meio de Trump no cargo.
Torres alertou os réus e seus advogados a não fazerem comunicados públicos que poderiam prejudicar a imparcialidade dos jurados ou a legitimidade do julgamento, e disse que pode emitir uma “ordem especial” para restringir suas atividades. Os quatro réus disseram a Torres que entenderam.
Em um documento legal registrado na semana passada, procuradores pediram à juíza que alertasse Kolfage e os três outros réus a não fazerem “comunicados extrajudiciais” que poderiam influenciar o corpo de jurados, citando o que classificaram como um “fluxo contínuo” de “postagens (muitas vezes) altamente incendiárias” de Kolfage nas redes sociais.
Estas incluem descrições do caso como uma “caça às bruxas” e um esforço político visando apoiadores de Trump e doadores do “We Build the Wall”, de acordo com o documento legal.
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quarta-feira, 26 de agosto de 2020
Justiça eleitoral faz recomendação às emissoras de rádio, televisão, blogs quanto ao período de pré-campanha e campanha
Via:Santanavinicius
Promotoria eleitoral de Petrolina através de Procedimento
Administrativo nº 01/2020 faz recomendação Eleitoral às emissoras de rádio,
televisão, blogs e demais veículos de comunicação quanto ao período de
pré-campanha e campanha.
Confira
recomendação do juiz eleitoral Lauriney Reis Lopes, através de Ofício Circular
nº 04/2020 e Recomendação Eleitoral nº 05/2020, para conhecimento e
cumprimento.
Confira AQUI:
RECOMENDAÇÃO
ELEITORAL Nº 05/2020. PROMOTORIA ELEITORAL – 144ª ZONA ELEITORAL – PETROLINA/PE
-Procedimento Administrativo nº 01/2020.
Recomendação
Eleitoral às emissoras de rádio, televisão, blogs e demais veículos de
comunicação quanto ao período de pré campanha e campanha.
O MINISTÉRIO
PÚBLICO ELEITORAL, por meio do Promotor Eleitoral com atuação na 144ª Zona
Eleitoral – Petrolina/PE, no uso de suas atribuições constitucionais e legais,
conferidas pelos artigos 127, caput, e 129, incisos II, III e IX, ambos da
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL de 1988, artigo 1º, caput; art.
27, parágrafo único, inciso IV, art. 32, Inciso III, todos da Lei nº
8.625/1993, art. 6º, Inc. XX, da Lei Complementar 75/1993, por força do art. 80
da Lei 8.625/1993, art. 36 e art. 96, ambos, da Lei 9.504/97, Resolução
23.610/2019 do Tribunal Superior Eleitoral, Portaria PGR/PGE nº 01/2019, atento
ainda ao teor daEmenda Constitucional nº 107, de 2 de julho de 2020, e:
CONSIDERANDO que o
Ministério Público, na defesa do regime democrático e da lisura do pleito, pode
atuar preventivamente, contribuindo para que se evitem os atos viciosos das
eleições e se produzam resultados eleitorais legítimos;
CONSIDERANDO que a
Lei das Eleições impõe às emissoras de rádio e TV, como concessionárias de
serviço público, absoluta imparcialidade no processo eleitoral, vedando
qualquer forma de propaganda eleitoral paga (art. 44 da Lei nº 9.504/1997),como
também tratamento privilegiado a partidos ou candidatos, mesmo que durantesua
programação normal e noticiários (art. 45, IV);
CONSIDERANDO que o
art. 57-C da Lei nº 9.504/1997 estabelece que é vedada a veiculação de qualquer
tipo de propaganda eleitoral paga na internet, assim como a veiculação de
propaganda eleitoral em sítios de pessoas jurídicas, com ou sem fins
lucrativos;
CONSIDERANDO que a
Emenda Constitucional nº 107/2020 determinou que a propaganda eleitoral somente
será permitida após o dia 26 de setembro de 2020;
CONSIDERANDO que, no
período pré-eleitoral, não poderão os veículos de comunicação publicar qualquer
tipo de propaganda eleitoral, seja paga ou gratuita, nos termos dos arts. 44 e
57-C, 36 e 36-A da Lei das Eleições;
CONSIDERANDO que os
veículos de comunicação devem observar o art. 5º, caput, da Constituição
Federal, garantindo-se tratamento isonômico entre os précandidatos;
CONSIDERANDO que o inciso
I, do art. 36-A, da Lei nº 9.504/1997 preconiza que é permitida “a participação
de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas,
programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive
com a exposição de plataformas e projetos políticos, observado pelas emissoras
de rádio e de televisão o dever de conferir tratamento isonômico”;
CONSIDERANDO que o
art. 45, §1º da supracitada lei estabelece que “a partir de 30 de junho do ano
da eleição, é vedado, ainda, às emissoras transmitir programa apresentado ou
comentado por pré-candidato, sob pena, no caso de sua escolha na convenção
partidária, de imposição da multa prevista no § 2o e de cancelamento do
registro da candidatura do beneficiário”;
CONSIDERANDO que a Emenda
Constitucional nº 107 estabeleceu no art. 1º, §1º, I, que a partir de 11 de
agosto de 2020, não poderão as emissoras transmitir programa apresentado ou
comentado por pré-candidato;
CONSIDERANDO que o
descumprimento do art. 45, §1º da Lei das Eleições sujeitará a emissora, no
caso de escolha do pré-candidato na convenção partidária, à imposição de multa
valor de vinte mil a cem mil UFIRs, duplicada em caso de reincidência, e de
cancelamento do registro da candidatura do beneficiário;
CONSIDERANDO, quanto
aos veículos que operam em TODAS AS PLATAFORMAS (incluindo-se Internet), que a
preferência exacerbada e acentuada a determinado candidato ou partido político
poderá configurar abuso do poder midiático, nos termos do art. 22 da Lei
Complementar nº 64/1990, sujeitando o beneficiário à declaração de
inelegibilidade, sendo-lhe negado registro, ou cancelado, se já tiver sido
feito, ou declarando-se nulo o diploma, se já expedido (art. 15);
CONSIDERANDO que a
recomendação do Ministério Público é instrumento de orientação que visa
antecipar-se ao cometimento do ilícito e evitar a imposição de sanções, muitas
vezes graves e com repercussões importantes na candidatura.
RECOMENDA aos
concessionários responsáveis pelas emissoras de rádio e televisão, cujas
frequências propaguem no Município de Petrolina, assim como aos responsáveis
por blogs, sítios eletrônicos/sites e páginas em redes sociais neste Município,
que:
1) ABSTENHAM-se, desde
o dia 11 de agosto de 2020, de transmitir programa apresentado ou comentado por
pré-candidato, vedando-se também sua participação habitual, corriqueira ou
cotidiana, para que haja equilíbrio entre os pretensos candidatos;
2) PROPORCIONEM tratamento
isonômico em relação aos pré-candidatos, conferindo igualdade na participação
em entrevistas, debates, painéis etc;
3) ABSTENHAM-se de
conferir tratamento privilegiado a determinado pré-candidato, sob pena de
configuração de abuso do poder midiático, nos termos do art. 22 da Lei
Complementar nº 64/1990.
Ademais,
determinam-se as seguintes providências:
1) Encaminhe-se cópia da presente recomendação para as emissoras
de rádio e televisão, bem como aos veículos de comunicação deste
Município, para que tomem conhecimento e publiquem em seus respectivos
sítios eletrônicos;
2) Encaminhe-se cópia da presente recomendação ao Excelentíssimo
Senhor Procurador Regional Eleitoral para conhecimento e ao
Secretário-Geral do MPPE para publicação.
Vincule-se
essa Recomendação ao Procedimento Administrativo nº 001/2020 para regular
tramitação e acompanhamento.
Dê-se ampla
publicidade. Cumpra-se.
Petrolina –
PE, 21 de agosto de 2020.
Lauriney Reis Lopes –Promotor Eleitoral – 144ª Zona Eleitoral
(Petrolina)
CLIMA - Ciclone extratropical se aproxima da Bahia, alerta a Marinha
Por: Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
Um ciclone extratropical, localizado a cerca de 750 quilômetros da costa do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, poderá, ao se deslocar para Noroeste, provocar - até a noite de hoje (26) - ventos de direção sudoeste a sudeste, com intensidade de até 75 km/h, na faixa litorânea entre Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia, ao sul de Ilhéus.
O alerta foi dado pela Marinha, tendo por base dados de seu Centro de Hidrografia, bem como do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Força Aérea Brasileira.
Com isso, a previsão é de que ventos favoreçam a ocorrência de “agitação marítima com ondas, em alto-mar, de direção sudoeste a sudeste, com até 5 metros de altura, entre os estados do Rio de Janeiro, ao norte de Cabo Frio, do Espírito Santo e da Bahia, ao sul de Caravelas, até a madrugada do dia 27 de agosto”, informou, por meio de nota, a Marinha.
Acrescentou que há nessas áreas condições favoráveis à ocorrência de ressaca, com ondas de direção sudeste de até 3 metros de altura até a noite de hoje.
A Marinha alerta aos navegantes que consultem os avisos de mau tempo antes ao se deslocarem ao mar, e que façam “ampla divulgação às comunidades de pesca, esporte e recreio” sobre a situação.
As consultas podem ser feitas por meio do site ou por meio do aplicativo Boletim ao Mar, disponível para download, tanto para o sistema Android, quanto para o IOS.
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LÍBANO - Beirute retira do porto escombros equivalentes ao peso da Torre Eiffel
Por: AFP
FOTO: JOSEPH EID / AFP
Militares libaneses e franceses removeram escombros equivalentes ao peso da Torre Eiffel do local onde ocorreu a enorme explosão no porto de Beirute - disse nesta quarta-feira (26) um militar francês que participa dos trabalhos.
"Foram necessários quatro dias para limpar 8.000 toneladas de (restos de) cimento e aço", declarou o tenente Paulin, que coordena as operações de limpeza do porto. Esse volume de escombros "é equivalente ao peso da Torre Eiffel", acrescentou o oficial.
O "Tonnerre", um navio porta-helicópteros da Marinha francesa, chegou a Beirute dez dias depois da explosão, com toneladas em ajuda humanitária e maquinaria pesada para limpeza.
A explosão, uma das maiores na história recente, devastou setores inteiros do porto, deixando uma cratera de 43 metros de profundidade, agora coberta pela água do mar. Deixou mais de 180 mortos e 6.500 feridos em um raio de vários quilômetros.
O coronel Yussef Haidar, do Exército libanês, informou que o porto, pelo qual circulam quase 90% das importações libanesas, opera hoje com metade de sua capacidade.
"Na semana passada, operava com 30%. Hoje estamos falando de 45%", declarou em coletiva de imprensa. A tragédia foi causada pela explosão de uma enorme quantidade de nitrato de amônio armazenado em um armazém do porto.
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Bolsonaro fulmina plano de Guedes para o Renda Brasil e diz que proposta não será enviada ao Congresso
Jair Bolsonaro criticou duramente o plano elaborado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para viabilizar o programa Renda Brasil e afirmou que a proposta atual "não será enviada ao Parlamento"
Jair Bolsonaro e Paulo Guedes (Foto: Carolina Antunes/PR)
Lisandra Paraguassu, Reuters - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que rejeitou a proposta apresentada pelo Ministério da Economia para criação do programa Renda Brasil porque ficou insatisfeito com os cortes de programas como o abono salarial para financiar o novo projeto, e disse que o texto não será enviado ao Congresso.
“Não posso tirar de pobres para dar para paupérrimos. Não posso tirar o abono salarial de 12 milhões de pessoas para dar para um Bolsa Família ou Renda Brasil ou seja lá que for”, disse o presidente durante discurso em evento em Ipatinga (MG) para marcar a religação do Alto Forno 1 da Usiminas.
A proposta de criação do Renda Brasil, que estava no pacote de medidas de aceleração da economia apresentadas ao presidente pelo ministro Paulo Guedes, previa um benefício maior que o valor atual do Bolsa Família, mas, para financiá-lo, a equipe econômica propôs o corte de outros programas sociais, como o abono salarial, o seguro-defeso e o Farmácia Popular.
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SÃO PAULO CNJ decide afastar desembargador, que responderá a processo disciplinar por humilhar guarda em SP
Eduardo Siqueira rasgou multa ao ser flagrado sem máscara na praia em Santos; defesa alega tratamento psiquiátrico
Desembargador Eduardo Siqueira
rasga multa após ser flagrado sem mascara em praia de Santos (SP)
Foto: Reprodução
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu abrir procedimento administrativo e afastar do cargo o desembargador Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira em julgamento online nesta terça-feira (25). Ele foi flagrado em vídeo humilhando um guarda civil depois de o agente ter pedido a ele que colocasse máscara de proteção contra o coronavírus, em uma praia de Santos, no litoral de São Paulo.
Siqueira era alvo de três ações: a reclamação disciplinar aberta pelo corregedor-nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, e outras duas representações enviadas pela Associação de Guardas Municipais do Brasil e pela Frente Ampla Democrática pelos Direitos Humanos. Todas pediam instauração de investigação da conduta do magistrado e a última requeria o afastamento temporário até julgamento final do caso.
O corregedor-nacional de Justiça e relator do caso, ministro Humberto Martins, considerou que há evidências de infração disciplinar por parte do magistrado e votou pela abertura do procedimento administrativo disciplinar (PAD) e pelo afastamento cautelar. O voto foi seguido por unanimidade pelos conselheiros no plenário do CNJ.
O desembargador deve oferecer defesa prévia em 15 dias.
De acordo com a Lei Orgânica da Magistratura Nacional, seis penas podem ser aplicadas a magistrados através do PAD. Em ordem crescente de gravidade, são elas advertência, censura, remoção compulsória, disponibilidade, aposentadoria compulsória (estas duas últimas acompanhadas de vencimentos proporcionais ao tempo de serviço) e demissão.
Logo após a repercussão do caso, o desembargador se disse vítima de uma "armação". Em sua defesa preliminar no CNJ, pediu decretação de segredo de Justiça, afirmou que a investigação contra ele deveria correr no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e disse que os denunciantes multiplicam os ilícitos em suas reclamações apenas para dizer que ele mantém conduta incompatível com a honra e decoro. Disse ainda que é juiz há 33 anos, desembargador há 12 anos e pessoa conhecida e admirada no meio forense.
O TJ-SP informou que Siqueira já foi alvo de mais de 40 procedimentos de apuração disciplinar, mas todos foram arquivados.
No julgamento, o advogado de defesa José Eduardo Rangel de Alckmin, afirmou que o desembargador está em tratamento psiquiátrico e toma remédios controlados, o que provocaria alteração em seu comportamento. Os atos, portanto, seriam "em razão dessa circunstância, não de querer ofender", disse.
Segundo Alckmin, o episódio precisa ser contextualizado, já que havia dúvidas da efetividade do uso da máscara e até quem condenasse o item para prática de exercícios físicos.
"Agora se sabe que não é verdade. Mas ele é cardíaco, precisa fazer exercício por recomendação médica e havia essa dúvida", disse o magistrado, que criticou os guardas municipais por já iniciar a filmagem antes mesmo do início da abordagem, por interromper a fala de Siqueira e "empurrar o corpo do desembargador com alguma força".
Sobre as falas em seguida, "reconheço e o desembargador também o festival de non sense".
Dados do CNJ mostram que 104 magistrados foram punidos no país desde que o órgão foi instituído, em junho de 2005. Destes, 66 foram punidos com a pena máxima de aposentadoria compulsória, com salário proporcional ao tempo de serviço.
O CASO
O caso repercutiu em julho, depois que o desembargador foi flagrado chamando de analfabeto o guarda Cícero Hilário, que lhe pediu que colocasse máscara de proteção facial obrigatória em locais públicos de Santos, no litoral paulista, durante a pandemia do novo coronavírus.
Siqueira chegou a desafiar o agente e seu colega a multá-lo e a insinuou que jogaria a autuação "na cara" dos guardas caso insistissem na notificação.
O desembargador, que acabou rasgando a multa recebida, também ligou para o secretário de Segurança Pública do município, Sérgio Del Bel, e evocou um suposto irmão procurador de Justiça para intimidar os agentes.
Após o episódio, Eduardo Siqueira pediu desculpas em nota por ter se exaltado durante a abordagem e admitiu que nada justifica "os excessos" que cometeu.
Já em resposta aos processos no CNJ, o desembargador afirmou que sua reação se deu por conta da "indignação com o desrespeito a questões jurídicas". O magistrado alega que os agentes teriam cometido "abuso de autoridade".
Em São Paulo, o Ministério Público apura outras infrações do magistrado envolvendo o não uso de máscara. A Promotoria investiga se o desembargador cometeu improbidade ao desrespeitar o decreto mais uma vez após imagens feitas por uma moradora de Santos identificá-lo caminhando na praia e falando ao telefone com o protetor facial no pescoço, sem cobrir o nariz e a boca.
No final de julho, o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, abriu inquérito civil para investigar a conduta do desembargador. (Por Folhapress)
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terça-feira, 25 de agosto de 2020
AUXÍLIO - Bolsonaro diz que deve decidir valor do auxílio emergencial até sexta-feira
Por: Ingrid Soares
Por: Correio Braziliense
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na noite desta terça-feira (25/8), que poderá decidir o novo valor do auxílio emergencial até sexta-feira (28/8). O presidente já havia informado que prorrogaria o pagamento das parcelas do auxílio emergencial até dezembro. No entanto, Bolsonaro ainda não bateu o martelo sobre a quantia praticada, que deverá ficar entre R$ 250 e R$ 400.
O mandatário citou ainda uma reunião com a equipe econômica na tarde de hoje. Ele defendeu que a "economia tem que pegar" até o fim do ano.
“Pretendemos prorrogar até o fim do ano, não com este valor que está aí, que pode até ser pouco para quem recebe, mas é muito para quem paga. Quem paga somos todos nós. E não é dinheiro que o governo tem. Isso vem de endividamento. Então, estamos negociando. Hoje teve mais uma reunião com equipe econômica. Demos mais um passo no tocante a isso daí. Acreditamos que teremos mais um endividamento, não na ordem de R$ 50 bilhões por mês, como é este auxílio emergencial no momento, de R$ 600, mas diminuir um pouco este valor para ver se a economia pega. Nós temos que pegar. A economia tem que pegar”, declarou durante a abertura do 32° Congresso Nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
Bolsonaro completou que ainda não se chegou a um consenso sobre o valor. “Outras coisas foram discutidas, logicamente não batemos o martelo ainda. A gente espera que até sexta-feira esteja quase tudo definido para darmos mais uma ajuda, não é favor não, é uma obrigação nossa. É obrigação nossa ajudar o Brasil a sair da crise que ainda temos e venhamos então voltar à normalidade”, concluiu.
O governo pretendia anunciar ainda hoje, juntamente com o pacote do programa Pró- Brasil, os novos valores do auxílio. Porém, como os valores não foram fechados, o pacote foi adiado a pedido do presidente.
No último dia 19, Bolsonaro afirmou que o valor seria menor do que os R$ 600 já pagos. Na data, o chefe do Executivo justificou que o atual valor do auxílio custa aos cofres públicos mais de R$ 50 bilhões mensais. Em referência ao ministro Paulo Guedes, o presidente apontou que “alguém na equipe econômica” sugeriu R$ 200, quantia que Bolsonaro considera pouco, apesar de ter elencado o mesmo valor quando a medida foi aventada. Bolsonaro completou dizendo que é possível chegar a um “meio termo”.
“Então R$ 600 é muito, o Paulo Guedes fa…, alguém da economia falou em R$ 200, eu acho que é pouco. Mas dá pra chegar em um meio termo e nós buscarmos que seja prorrogado por mais alguns meses, talvez até o final do ano de modo que consigamos sair dessa situação e fazendo com que os empregos e formais e informais voltem à normalidade e nós possamos então continuar naquele ritmo ascendente que terminamos e começamos o início desse ano, que a economia realmente estava apontando para os melhores do mundo para o Brasil depois de algumas décadas de patinação”, declarou.
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Julio Lossio Filho sobre sua pré-candidatura a prefeito: “Não quero entrar na política baixa, quero debater a Petrolina do futuro”
Via:Carlos Britto
Foto: Blog do Carlos Britto
O jovem advogado Julio Lossio Filho (PSD) vai fazer sua estreia na
vida pública numa situação bem parecida à do seu pai, em 2008. Na época, o
então novato Julio Lossio partia para a disputa pela Prefeitura de Petrolina,
sem nunca ter passado por mandato eletivo, e mesmo assim foi eleito,
aproveitando-se sobretudo de um ‘racha’ no PSB municipal. Agora, o herdeiro
político do ex-prefeito tenta repetir o caminho do seu pai. A diferença é que
ele terá pela frente Miguel Coelho (MDB), que vai em busca da reeleição – e com
números bastante positivos do seu governo.
Em entrevista ao
Programa Carlos Britto, na Rural FM, nesta terça-feira (25), ele se disse “preparado
para o debate”, apesar do tamanho do desafio. Julinho, como é
carinhosamente conhecido pelos mais próximos, afirmou que seu grupo chegou à
conclusão de que ele deveria entrar na disputa este ano. O anúncio foi feito no
último sábado (22), dia do aniversário de Lossio pai, que lançou mão de tentar
um novo mandato de prefeito.
Julinho citou
questões como o novo coronavírus (Covid-19), que seria um obstáculo para uma
campanha como seu pai gostaria, e as “articulações” da Câmara de Vereadores
para rejeitar as contas de Lossio, alguns fatores cruciais de sua desistência.
“Juntamente
com nosso grupo político, o amigo Edinaldo Lima e nossos amigos, chegamos à
conclusão que meu nome seria o melhor para enfrentar esse desafio e trazer de
volta a Petrolina que cuida das pessoas”, ponderou.
Segundo Julinho, a
partir de sua pré-candidatura posta, as conversas terão um novo contorno, que
passarão – claro – pela indicação do vice na chapa majoritária. “Estamos
esperando as definições dos outros partidos, dos outros representantes da oposição,
para a gente poder ter essa definição. Mas até o dia 16 de setembro, dia das
convenções, isso estará definido e Petrolina conhecerá as chapas completas que
disputarão as eleições”, afirmou.
Apoios
Em relação a
aliados, o pré-candidato oposicionista disse contar com o Solidariedade,
liderado em Pernambuco pelo deputado federal Augusto Coutinho. “Ele
entendeu no nosso projeto um importante recomeço para nossa cidade”.
Julinho adiantou também estar dialogando com outras agremiações e preferiu não
antecipar detalhes para não atrapalhar as conversações. Dizendo-se empolgado,
Julinho afirma que pretende fazer uma campanha propositiva. “Eu me
preparei para esse momento. Eu conheço essa cidade, vivo essa cidade, quem me
acompanha sabe disso. Não quero entrar na política baixa, rasteira. Meu
objetivo com essa pré-candidatura é debater a Petrolina do futuro”,
pontuou.
Ele acredita que a
pandemia fará com que todos os candidatos se reinventem nessa campanha,
utilizando-se sobretudo das redes sociais. Ainda assim Julinho mantém
expectativas de que o tradicional corpo a corpo não deixará de acontecer, mas
seguindo todos os protocolos de saúde.
Segundo turno
O pré-candidato
descartou alianças com outros nomes da oposição para o primeiro turno, mas
disse não ter dúvidas que num eventual e histórico segundo turno, no qual
acredita que acontecerá, todos estão do mesmo lado. “São players importantes da
nossa cidade e que a gente vai conversar para chegar a um entendimento no
segundo turno. No primeiro é a hora de cada um mostrar sua história, seus
sonhos e seus projetos para Petrolina”, finalizou.
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Senado aprova em 1º turno PEC do novo Fundeb, que aumenta fundos da União na Educação
Presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), conduz sessão. (Foto: Pedro França/Agência Senado)
247 - O Senado aprovou em primeiro turno nesta terça-feira, 25, por unanimidade (79 x 0), a proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna permanente o Fundeb, que financia a educação básica.
O texto aprovado é o mesmo que passou na Câmara dos Deputados em julho. No Senado, renovação do fundo ainda precisa passar por um segundo turno de votação.
Por acordo de líderes, a segunda votação acontecerá ainda nesta terça. Geralmente, entre os turnos a um período de três sessões de discussão.
A PEC prevê a ampliação gradual da participação da União no Fundeb, chegando a 23% a partir de 2026, que atualmente está em 10%.
2021: 12%
2022: 15%
2023: 17%
2024: 19%
2025: 21%
2026 em diante: 23%
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MEDIDA Governo lança programa habitacional Casa Verde e Amarela: "A bola está com o parlamento"
Por: Correio Braziliense
Foto: Marcos Corrêa/PR
O presidente Jair Bolsonaro assinou na manhã desta terça-feira (25) a Medida Provisória que cria o “Casa Verde e Amarela”, novo programa de habitação do governo federal que substituirá o “Minha Casa, Minha Vida”, do governo Lula.
Segundo o ministério do Desenvolvimento Regional, a meta é atender 1,6 milhão de famílias de baixa renda com o financiamento habitacional até 2024, o que será possível com a redução na taxa de juros para a “menor da história” do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) além de mudanças na remuneração do agente financeiro.
Em rápido discurso, o presidente Jair Bolsonaro ressaltou que a responsabilidade de aprovação da proposta é do parlamento. “A bola agora está com o Parlamento, Ricardo Barros e Eduardo Gomes”.
“Gostaria de cumprimetar os ministros que trabalham incansavelmente nessa questão bem como nosso parlamento que agora recebe essa MP e a aprovará com toda certeza e se for o caso, farão aperfeiçoamento. Assim é que se fazem as leis, assim é que nós nos apresentamos para atender a nossa sociedade”, declarou.
Bolsonaro também falou sobre a dificuldade dos brasileiros na aquisição da casa própria e citou um exemplo pessoal. “Deixei a minha casa aos 16 anos de idade. Na época, meu pai, com sete filhos, não tinha uma casa própria. Teve anos que nos mudamos três vezes dentro da mesma cidade”, contou.
O chefe do Executivo também prestou homenagem ao Dia do Soldado e defendeu a participação de militares na política declamando uma frase de Duque de Caxias, patrono do Exército.
“Hoje, 25 de agosto, Dia do Soldado. Tem uma célebre de Caxias nosso patrono. Ele disse: “Sigam-me os que forem brasileiros”. E para aqueles que teimam em achar que o militar não pode participar de política, aqueles poucos, uma frase também: “Minha espada não tem partido”. E eu complementaria: o partido de todos nós é o Brasil”.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, não participou da solenidade. Já o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, afirmou que o programa “leva em consideração a criatividade, a eficiência do serviço público e a necessidade de usar os recursos com proficiência e aplicar de tal maneira que faremos muito mais com muito menos”.
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, ressaltou que o programa é uma "melhora daquilo que já existe". "Você não precisa reinventar a roda, o que é fundamental é melhorar a eficiência de coisas que já funcionam."
Casa Verde e Amarela
De acordo com a pasta, as regiões Norte e Nordeste serão contempladas com a redução nas taxas em até 0,5% para famílias com renda mensal de até R$ 2 mil e 0,25% para quem ganha entre R$ 2 mil e R$ 2,6 mil por mês. Nesses locais, os juros poderão chegar a 4,25% ao ano para cotistas do FGTS e, nas demais regiões, a 4,5%.
Pró-Brasil
Também estava previsto para esta terça-feira o anúncio do megapacote do Pró-Brasil. No entanto, o governo decidiu adiar o lançamento. A decisão foi tomada durante reunião, ontem (24), entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes. O motivo do adiamento é que o conjunto de medidas, que inclui o programa Renda Brasil, ainda não está concluído. Também não se chegou a um consenso sobre o valor a ser pago na extensão do auxílio emergencial. Guedes avalisou a quantia de R$ 270, mas Bolsonaro acredita que o valor deve ficar em R$ 300.
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