Entidades judaicas também têm lembrado que Weintraub e outros integrantes do governo Bolsonaro utilizam estética e falas nazistas
Ministro da Educação Abraham Weintraub (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
Sputnik – A embaixada de Israel no Brasil repudiou nesta quinta-feira (28) uma declaração do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que associou o nazismo à operação feita pela Polícia Federal (PF), no inquérito sobre as redes de ameaças e fake news.
O ministro comparou a operação ordenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a chamada Noite dos Cristais, que marcou o início a perseguição sistemática dos nazistas aos judeus na Alemanha nos anos 1930.
A nota da embaixada feita através do Twitter diz que usar elementos do holocausto no discurso político "banaliza sua memória e a tragédia do povo judeu".
Pouco antes, o cônsul-geral de Israel em São Paulo, Alon Lavi, escreveu também no Twitter que o holocausto "jamais poderá ser comparado com qualquer realidade política no mundo".
Esta é a primeira vez que o corpo diplomático de Israel critica o governo Bolsonaro, aliado do país. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, veio ao Brasil para participar da posse do presidente brasileiro em 2019.
Israel também foi um dos primeiros países visitados por Bolsonaro após assumir a presidência.
Na terça-feira (28), o ministro do STF Alexandre de Moraes, também responsável pelo inquérito das fake news, deu cinco dias para Weintraub depor à Polícia Federal sobre sua declaração durante a reunião ministerial de 22 de abril, cuja gravação foi divulgada por ordem do STF na semana passada.
Na ocasião, Weintraub disse que, por ele, colocava "esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF".
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