Foto: reprodução/Facebook
O cantor e compositor paraibano Dejinha de Monteiro faleceu na manha deste domingo (22), em Jo~so Pessoa. Geneci Bispo Lourenço, nome de batismo do sanfoneiro, tratava de um câncer no intestino.
Em novembro Dejinha passou por uma cirurgia, da qual ainda se recuperava. A família confirmou a morte nas redes sociais.
Ainda não foram divulgados o local e horário do velório e sepultamento.
Mas informações a qualquer momento.(Via:paraiba.com.br/)
Um pouco da sua vida e trajetória artística.
Dejinha nasceu em 1952 na cidade de Monteiro, na Região do Cariri
paraibano. Era um dos 13 filhos de uma família de agricultores. Seu primeiro
instrumento foi um pandeiro e recebeu todo o apoio e incentivo dos parentes
para atuar na vida artística. Mas foi na adolescência que deu um passo mais
significativo, definindo seus rumos na música: ganhou do irmão mais velho uma
sanfona, trazida de Brasília como presente.
Contudo, a vida como
sanfoneiro era difícil e seu pai preferia que ele continuasse se dedicando à
agricultura, que lhes conferia uma renda fixa para sustento da família. O
jovem, por sua vez, não desistiu do sonho. Aventurou-se pelo mundo, mostrando o
seu trabalho e a cultura nordestina.
As primeiras
apresentações aconteceram nos sítios da região. Dejinha acompanhava um
sanfoneiro com o seu pandeiro e, entre os shows, usava o instrumento do amigo
para repetir os acordes e aprendê-los. O início da sua carreira profissional
começou com as viagens pelo país em busca de conquistar um espaço como cantor
regional e divulgar as suas canções, os ritmos que nasceram do Nordeste: o
xote, o xaxado, o baião, o coco-de-roda ou coco-de-embolada.
O primeiro destino de
Dejinha foi Brasília, onde permaneceu por dez meses. Depois, viajou para o Rio
de Janeiro, onde viveu por 12 anos, divulgando o seu trabalho como cantor e
compositor nas rádios locais. Participou de programas da Rádio Globo, Rádio
Nacional e Rádio Federal de Niterói (RJ). Nesse período fez amizades com o Trio
Nordestino, Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga, Marinês, Messias Holanda e Elino
Julião. Ainda no Rio de Janeiro, chegou a tocar na mesma casa de shows em que o
Trio Nordestino se apresentava no seu auge da carreira.
O nome artístico nasceu
no período em que ainda estava no Rio de Janeiro. O apelido Dejinha foi dado
por sua avó, já o “de Monteiro” o cantor acrescentou com o objetivo de levar no
seu nome a cidade que representava as suas origens.
No estado de Goiás, em
1966, Dejinha participou de uma campanha política, tocando por 70 noites na
capital, Goiânia. Nessa época, os artistas mais comentados no estado eram de
outras regiões do país, como Elba Ramalho e Zé Ramalho.
Foi em Goiás que o
paraibano conheceu o cantor Amado Batista, que, na época, tinha uma loja de
discos e há pouco havia gravado o seu primeiro compacto. Em Goiás, Dejinha
tocava o tradicional forró pé-de-serra na casa de shows Rancho da Alegria, que
sempre lotava nas suas apresentações, caracterizadas pelo estilo do forró
tradicional, enfatizando histórias românticas nas letras das suas melodias.
Além das suas músicas, o
monteirense cantava os sucessos do cantor Luiz Gonzaga, porém com uma nova
roupagem, acrescentando novos arranjos musicais para deixar o ritmo mais
animado.
Em 1989, Dejinha
produziu e lançou o seu primeiro LP. Nos dois anos seguintes, com o surgimento
das bandas de forró, não realizou outras gravações. Porém chegou a participar
do ‘Programa do Bolinha’, da TV Bandeirantes, e produziu o primeiro CD da Banda
Magníficos.
Foram 40 anos de
estrada, sendo 27 vividos profissionalmente, com quatro LPs, 26 CDs, um DVD e
mais de 350 músicas registradas. Entre as músicas criadas pelo cantor, ‘Amor e
saudade’ é uma das mais pedidas pelo público durante os shows.
O monteirense firmou
grandes parcerias ao longo do seu trabalho com Flávio José, conterrâneo da
cidade Monteiro, Jorge de Altinho, Chico César, Santanna, entre outros que
também divulgam em suas músicas a cultural regional. Em 2008, o cantor foi
homenageado com o troféu “Asa Branca” pelo Forró Fest, evento realizado pelas
TVs Cabo Branco e Paraíba. Nesse ano os homenageamos foram Sivuca, Marinês,
Zabé da Loca e o próprio Dejinha.
Redação com Diário da PB
O Poeta cantor e compositor Junior Vieira, consternado com o falecimento do amigo, fez uma linda homenagem ao grande artista forrozeiro que se foi. Uma pessoa amada e querida por seus familiares e amigos, que partiu mas deixou aqui o seu legado.
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