No Dia do Professor, a Folha de Pernambuco destaca o trabalho das docentes que atuam na educação de 42 crianças internadas no
Centro de OncoHematologia do HUOC
Por: Wellington Silva/Folhape

Classe hospitalar Semear no HuocFoto: Léo Malafaia/Folha de Pernambuco
Quem chega
na colorida classe hospitalar Semear, do Grupo de Ajuda à Criança Carente com
Câncer (GAC-PE), logo se depara com duas sorridentes professoras transmitindo
conhecimentos aos pequenos em atendimento oncológico. A satisfação em exercer a
profissão é tão evidente nos rostos delas que possíveis dificuldades passam
despercebidas e perdem força.
Apesar dos percalços inerentes ao ofício no Brasil, é indiscutível a importância dos docentes na construção de um mundo melhor, pois eles oportunizam a outras pessoas o desenvolvimento das diferentes formas de saberes. Nesta data em que se comemora o Dia do Professor, é preciso destacar que eles precisam reconhecidos nos 365 dias do ano.
A Semear funciona desde 2015 e é a única desse tipo em Pernambuco. Ela é uma extensão da Escola Municipal Cidadão Herbert de Sousa e atende alunos internados no Centro de OncoHematologia Pediátrica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no centro do Recife. Trata-se de uma classe multisseriada atendendo crianças da educação infantil ao ensino fundamental anos iniciais (primeiro ao quinto ano). De segunda a sexta-feira, três professoras se dividem em dois padrões de aulas. Um deles é em na sala de aula como qualquer outro colégio, com carteiras, notebooks, quadro e mesa interativa para os alunos. No outro, as professoras lecionam diretamente no leito dos pacientes. Atualmente, 42 alunos são assistidos pela classe.
Apesar dos percalços inerentes ao ofício no Brasil, é indiscutível a importância dos docentes na construção de um mundo melhor, pois eles oportunizam a outras pessoas o desenvolvimento das diferentes formas de saberes. Nesta data em que se comemora o Dia do Professor, é preciso destacar que eles precisam reconhecidos nos 365 dias do ano.
A Semear funciona desde 2015 e é a única desse tipo em Pernambuco. Ela é uma extensão da Escola Municipal Cidadão Herbert de Sousa e atende alunos internados no Centro de OncoHematologia Pediátrica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no centro do Recife. Trata-se de uma classe multisseriada atendendo crianças da educação infantil ao ensino fundamental anos iniciais (primeiro ao quinto ano). De segunda a sexta-feira, três professoras se dividem em dois padrões de aulas. Um deles é em na sala de aula como qualquer outro colégio, com carteiras, notebooks, quadro e mesa interativa para os alunos. No outro, as professoras lecionam diretamente no leito dos pacientes. Atualmente, 42 alunos são assistidos pela classe.
Especialista
em pedagogia hospitalar, a professora Cristiane Pedrosa colaborou na
implantação do projeto, onde trabalhar até hoje. Tia Cris, como é
carinhosamente chamada pelos alunos, conta que ser docente é renovador. "A
cada dia a gente aprende mais, pois troca com eles o tempo todo. Já passei por
várias modalidades ao longo da minha trajetória enquanto professora, mas hoje
não queria fazer outra coisa que não tivesse no ambiente da classe hospitalar
para trabalhar com essas crianças", disse.
Apesar
da satisfação em lecionar, ela ressalta que as dificuldades existem e precisam
ser superadas, pois embora seja uma das competências mais admiradas pela
sociedade, os profissionais da área sofrem com baixos salários e precárias
condições de trabalho. "Estamos passando por um momento que não é muito
favorável para nossa profissão. Existe uma desorganização da educação. Os
professores precisam ser mais valorizados e os governantes precisam favorecer
melhores formações e salários para que o professor não precise correr tanto e
possa trabalhar com mais qualidade. É preciso garantir todos os direitos para
que o nosso trabalho seja feito da melhor forma possível", comentou.
Entre
uma atividade e outra com os pacientes, a professora Priscila Angelina conta
que a maior satisfação em ser docente é a troca que tem com os pequenos. Ao
analisar sua trajetória profissional, ela conta que tudo valeu a pena e não se
vê exercendo outro ofício. "Tenho o maior orgulho da minha profissão.
Sempre falo aos meus colegas e alunos do ensino superior que a gente não pode
ter vergonha da nossa profissão. As pessoas têm que aprender a olhar para a
gente com todo o respeito que merecemos, pois de uma forma ou de outra
contribuímos muito para a sociedade", comenta.
A
dona de casa Gracilene Maria da Silva, 31 anos, mãe de Ana Beatriz, 8, diz que
o trabalho das docentes no Semear são fundamentais para o desenvolvimento
escolar da filha e até mesmo no tratamento médico. "Lembro da maioria dos
meus professores com muito carinho e respeito. Até hoje tenho vínculo com
alguns, que frequentam a minha casa. E hoje vejo como são importantes para
minha filha. Não podemos deixar de valorizar essa profissão, pois os
professores além de transmitir conhecimento formam os alunos enquanto pessoa,
ajudam a formar o caráter, mesmo sem ser a função deles", comentou.
Blog do BILL NOTICIAS