A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alerta que as medidas de abertura da economia previstas por Bolsonaro e Paulo Guedes podem levar o país a quebrar. A CNI foi uma das mais ativas entidades empresariais em toda a operação golpista que resultou no impeachment da presidenta Dilma Roussef em 2016. Ultimamente, tem manifestado insatisfação com as medidas cogitadas pelo governo Bolsonaro
(Foto: Leonardo Attuch)
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) afirma que o corte abrupto médio de 50% nas tarifas de importação, reduziria o PIB (Produto Interno Bruto) de pelo menos 10 dos 23 setores industriais até 2022 - indica reportagem dos jornalistas Fábio Pupo e Julio Wiziack.
Esse corte de tarifas está em estudo no governo Bolsonaro e faz parte de um conjunto de medidas neoliberais de sua equipe econômica a cargo do ministro Paulo Guedes.
Para a entidade, que encomendou um estudo à Universidade de Victoria, Austrália, a medida vai prejudicar a retomada do crescimento e manter em níveis altos o desemprego.
O governo Bolsonaro já propôs aos parceiros do Mercosul um corte acima de 50% do imposto de importação cobrado sobre bens que entram nos territórios de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
A CNI tem demonstrado sua insatisfação com a medida e reclama que o governo não consultou o setor privado sobre o assunto.
"Somos a favor da abertura, mas com diálogo e transparência. Nem a indústria nem o Congresso podem ficar de fora desse debate, pois o impacto é enorme nos estados e nos municípios industriais", afirma em nota o presidente da CNI, Robson Andrade.
A reportagem informa que outras entidades manifestaram preocupação com a proposta, como a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) e a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos.(247)
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