terça-feira, 14 de maio de 2019

DILMA CHAMA PROTESTOS CONTRA DESMONTE NA EDUCAÇÃO


Em artigo publicado em seu site, a ex-presidente Dilma Roussef apresentou um diagnóstico dos ataques do governo Jair Bolsonaro às universidades e fez uma veemente convocação de mobilização e apoio da sociedade às manifestações em defesa da educação, nesta quarta-feira (15): "Todos os cidadãos e cidadãs brasileiros devem ser apoiadores dessa luta, que representa a defesa de nosso futuro com democracia, diversidade e prosperidade". Leia a íntegra do artigo:
"O acesso à educação – da creche à pós-graduação – foi o compromisso estratégico dos governos do PT. Esse compromisso tem a ver com o fato da educação viabilizar três requisitos que são a perenidade na superação da miséria e da pobreza: a conquista da economia do conhecimento necessária para produzir ciência, o desenvolvimento de tecnologia e difusão de inovações e o fortalecimento da consciência e cidadania por meio do acesso e do suporte à cultura.
Ao cortar em 30% os recursos orçamentários das universidades federais o governo Bolsonaro está ferindo de morte a educação, a cultura, a ciência, a tecnologia e inovação brasileiras. Na verdade, não há educação de qualidade nos níveis infantil, básico, médio e técnico sem educação universitária e pós-universitária, sem professores bem formados. Por isso, sucatear universidades implica o desmantelamento de todo o ensino. Como também não há possibilidade de desenvolver ciência básica sem as universidades, sem seus pesquisadores e professores, sem estudantes e bolsistas.
O governo ilegítimo de Michel Temer já desmantelara o orçamento das universidades cortando a maioria dos investimentos e parte significativa do custeio. E aprovara a Emenda Constitucional 95, a PEC do Teto de Gastos, limitando por 20 anos o investimento em educação e saúde. É sobre esta base já exígua, que o governo agora impõe novo corte de 30% nas chamadas despesas não obrigatórias. Na verdade, a restrição em 30% recai sobre todos as ações que permitem o funcionamento das universidades.
O "caldo de incultura" que permeou o anúncio do corte é uma marca do governo Bolsonaro. As três universidades pelas quais o ministro começou o ataque foram acusadas de "balbúrdia", exemplificada pela presença de "sem terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus". Só depois, ao perceber a fragilidade da justificativa, estendeu os cortes a todas as universidades.
A ofensiva do governo Bolsonaro continua com o bloqueio generalizado das bolsas de mestrado e doutorado, oferecidas pela Capes. Esta medida inviabiliza a realização de pesquisas no País, grande parte das quais, realizadas nas universidades federais.
Esse ataque brutal às universidades encontra a comunidade acadêmica – estudantes, professores, reitores, funcionários – no centro da resistência à ofensiva retrógrada do governo Bolsonaro. Todos os cidadãos e cidadãs brasileiros devem ser apoiadores dessa luta, que representa a defesa de nosso futuro com democracia, diversidade e prosperidade.
Todo apoio às manifestações e, em especial, àquelas em defesa das universidades.
Tudo está indicando que, em 15 de Maio, quarta-feira, Dia Nacional de Luta, a mobilização contra a Reforma da Previdência terá a comunidade universitária articulando a resistência aos retrocessos do governo Bolsonaro."(247)


Blog do BILL NOTICIAS

Maioria dos americanos desaprova gestão de Trump na economia, diz pesquisa

  Pesquisa da CBS News mostra queda de quatro pontos nos índices de apoio às políticas econômicas do ex-presidente Presidente dos EUA, Donal...