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O 22º e último ministro do futuro governo Bolsonaro foi confirmado na tarde deste domingo 9, por meio de um tuíte do presidente eleito. "Comunico a indicação do Sr. Ricardo de Aquino Salles para estar à frente do futuro Ministério do Meio Ambiente", postou Jair Bolsonaro.
Ex-secretário de Meio Ambiente de Geraldo Alckmin em São Paulo, que tentou se eleger deputado federal pelo partido Novo nas eleições deste ano, Ricardo Salles é advogado e criador do movimento Endireita Brasil.
Por sua atuação no governo paulista, se tornou réu em uma ação civil pública por improbidade junto com duas funcionárias da secretaria por possível interferência no processo de elaboração do plano de manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) Várzea do Rio Tietê.
Ele também é investigado por ter dado andamento a uma proposta de negociação do imóvel da sede do Instituto Geológico, na capital paulista e, em outro inquérito, é investigado por ter realizado chamamento público, sem autorização legislativa, para a concessão ou venda de 34 áreas do Instituto Florestal. Entre técnicos e ambientalistas, Salles é tido como autoritário e tomador de decisões monocráticas sem o devido aval de especialistas, informa reportagem da Revista Fórum.
Um de seus últimos feitos como secretário, antes de pedir demissão, foi mandar retirar um busto do ex-guerrilheiro Carlos Lamarca de um Parque Estadual Rio Turvo, Vale do Ribeira (SP), sem consultar os vereadores da cidade ou a população.
Reacionário com orgulho, também virou notícia por incitar crimes contra a esquerda diversas vezes em suas redes sociais, inclusive em sua campanha (leia aqui reportagem do The Intercept a respeito). Em 2014, quase chegou a ser preso por não pagar pensão alimentícia aos filhos.
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