Iderlan de Souza, 31 anos, passou boa parte de sua vida dividindo os poucos alimentos providos pela mãe, lavradora, com mais nove irmãos. Vivendo sob o sol escaldante, enfrentando a seca e a fome comuns na caatinga nordestina no interior do Piauí, é uma exceção exemplar de superação.
Mas nunca se resignou diante das limitações impostas pelo meio onde nasceu. Ele foi o primeiro da família a entrar na faculdade e se formou em arqueologia em 2016. Depois passou em primeiro lugar no mestrado da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Portugal. O curso, de arqueologia pré-histórica e arte rupestre, é formado por um consórcio de seis universidades europeias e faz parte do programa Erasmus Mundus.
Iderlan nasceu dentro do Parque Nacional da Serra da Capivara, que tem a maior concentração de sítios arqueológicos das Américas. Ele entrou na faculdade e se formou em arqueologia pela Universidade Federal do Vale do São Francisco, criada nos anos 2000 para atender o semiárido, com campi em três Estados do Nordeste.
A monografia dele foi sobre a relação entre o homem e a megafauna e foi considerada inovadora, segundo reportagem da folha.uol (leia aqui). (247).
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