quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Sobre a profissão de Jornalista nos dias atuais por Juliano Ferreira


*Artigo de Juliano Ferreira
Assediados diariamente pelo poder institucional e impedidos por seus veículos de comunicação a exercerem um Jornalismo mais independente em função de suas linhas editoriais, os Jornalistas se veem desafiados a encontrar novos rumos para uma carreira revestida de glamour, mas de precarização extrema.
O mercado de trabalho é severo. O piso, que já é baixo, não é respeitado pela maioria das empresas. O que falar a respeito de direitos trabalhistas? É um tema, cujos conhecimentos jurídicos, Jornalistas precisam recorrer, para terem assegurados.
O Jornalismo clássico deveria desempenhar a função de cão de guarda da sociedade. Monitorar centros de poder. Desvelar os fios das narrativas que ficam submersas sob os dados e trazê-los a audiência. O que se vê é uma imprensa cada vez mais amarrada e acovardada. Departamentos Jornalísticos se submetem sim aos departamentos comerciais. É só observar os interesses político-eleitoreiros com que determinados donos de mídia se comportam, seja em Juazeiro-BA, Petrolina-PE ou Irecê-BA, áreas que conheço e atuei ainda como estudante de Jornalismo.
Os tempos não são de todo sombrios. Nexo Jornal, Poder360, Agência Pública, Jota, revista piauí são algumas iniciativas Jornalísticas que lançam luz à profissão nestes últimos anos. Haverá cada vez menos espaço para as redações clássicas do Século XX. O Século XXI prevê um enxugamento, com o jargão administrativo de “modernizar e integrar as redações tornando o processo do fazer noticioso mais ágil e dinâmico para o leitor”. Empreender não é opção neste contexto. É necessidade de um mercado que mais demite que absorve profissionais.
Não poderia terminar o texto sem deixar de criticar a própria academia, que ainda reflete pouco sobre o seu papel enquanto formadora de novos Jornalistas e o completo silenciamento do sindicato que nos representa, tendo um atuação pífia, senão, inexistente na região norte da Bahia. É tarefa central para nós, enquanto operários da escrita nos organizarmos e lutar por nossos direitos e pela valorização da profissão de Jornalista. Amigos, amigas, colegas Jornalistas, estou a disposição. Vamos conversar?
*Juliano Ferreira Jornalista , CEO & Founder, JF Comunicações (C.Geral).

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