Arcebispos em diversos
estados têm convocado os brasileiros para a greve geral do dia 28 de abril. O
movimento é organizado por centrais sindicais e movimentos sociais em todo o
País em protesto contra as reformas impostas pelo governo Temer, que retiram
direitos dos trabalhadores, especialmente os mais pobres.
Uma publicação do Comitê das Igrejas de Belo Horizonte convoca a
população para a paralisação. "A Igreja se posiciona firme e
profeticamente contra as reformas que vão contra o nosso povo", diz o
título da mensagem.
O texto destaca ainda que as reformas da Previdência e
Trabalhista, além da Lei da Terceirização, já aprovada, "desmontam direito
sociais conquistados com muita luta pelo povo brasileiro", mas que
"infelizmente, a maioria dos nossos governantes não escuta e não enxerga a
realidade do nosso povo, e sem qualquer diálogo com a sociedade impõe um
conjunto de mudanças que afetarão a todos, especialmente os mais pobres".
"É preciso reagir", convocam ainda. Os arcebispos da
Paraíba e de Maringá (PR) também aderiram à greve. O folheto de BH traz uma
imagem do papa Francisco, com a mensagem: "Nenhuma família sem casa,
nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos".
Nessa semana, o papa
negou, por meio de carta a Temer, um convite do governo brasileiro para
visitar o País, e cobrou o presidente para evitar medidas que agravem a
situação da população carente. "Sei bem que a crise que o país enfrenta
não é de simples solução, uma vez que tem raízes sócio-político-econômicas, e
não corresponde à Igreja nem ao Papa dar uma receita concreta para resolver algo
tão complexo", disse.
Francisco acrescentou que não pode, porém, "deixar de
pensar em tantas pessoas, sobretudo nos mais pobres". O papa também
lembrou a Temer que não se pode "confiar nas forças cegas e na mão
invisível do mercado".
Na paraíba,
o arcebispo dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, que foi anunciado pelo
Vaticano no início do mês passado como novo arcebispo do estado, gravou uma
mensagem convocando a população para participar das manifestações contra a
reforma da Previdência. "Sabemos que esta reforma implica em tirar
direitos adquiridos dos trabalhadores e assegurados na Constituição de
1988", diz com Manoel. "Convocamos todos os trabalhadores a
participarem desta grande manifestação, dizendo a palavra que o povo não aceita
a reforma da Previdência nos termos que estão anunciando", afirmou o
arcebispo (leia
mais). (247).
Blog do BILL NOTICIAS