domingo, 30 de abril de 2017

PESQUISA MOSTRA PAPEL-CHAVE DE LULA NA DEMOCRACIA


A nova ascensão de Lula nas intenções de voto para 2018 é o melhor termômetro do sistema político brasileiro.
Lula subiu depois da liberação das delações da Odebrecht, a começar pelo  risonho patriarca da maior empreiteira do país, fazendo insinuações de todo tipo, inclusive citando um nefasto general da ditadura para falar sobre seu caráter. Lula também atravessou a delação premiada de Leo Batista, o executivo da OAS que, como um aluno em exame de segunda época, refez o primeiro depoimento para tentar diminuir a própria pena, produzindo afirmações sob medida para atingir Lula. Nada. 
Enquanto Lula subiu, seus adversários tradicionais desabaram. Contemporâneos em tantas disputas nos últimos 20 anos, estão caindo fora. Aécio, que foi adversário de Dilma em 2014, já teve mais de 20 pontos no Data Folha. Agora tem menos de 10, mesmo patamar de Geraldo Alckmin, que nunca chegou a 20 nas pesquisas e até enfrentou Lula em 2006. Quanto a José Serra, adversário de Lula em 2002, de Dilma em 2010, sequer se considerou a hipótese de incluir seu nome entre os concorrentes, o que diz muita coisa sobre as profecias que rondam seu futuro.
Vamos lembrar o essencial: nenhum dos maiores caciques tucanos até aqui enfrentou um Sérgio Moro para divulgar diálogos ilegais, como ocorreu na conversa entre Lula e Dilma em abril de 2016; as conversas privadas da mulher, da amante, da namorada, o que for, de qualquer um deles, nunca foi gravada e distribuída aos jornais; nenhum foi acordado em casa para uma condução coercitiva; nenhum foi impedido de assumir um cargo público -- ministério ou equivalente -- por uma liminar de um juiz do STF; nem teve direito a um editorial onde a maior empresa de comunicação do país se manifesta contra sua candidatura em 2018 depois de promover um ataque de 18 horas consecutivas nos tele-jornais da casa. 
Mesmo assim, todos viraram fumaça. Foram esmigalhados por denuncias que só se tornaram notícia -- às vezes manchete -- a muito custo, quando não era possível esconder fatos graves que há muito mereciam atenção e cuidado, em particular de uma imprensa que fez das acusações de corrupção contra Lula e o PT o principal alimento de sua cobertura política.
A liquidação do comando tucano mostra a fraqueza congênita do PSDB, partido que já foi a grande esperança dos círculos conservadores do país após o colapso do malufismo e do PMDB. Vencidos pelas urnas, em quatro eleições consecutivas, seus caciques se revelam como políticos sem luz própria para enfrentar sequer três meses de notícias desagradáveis -- que jamais chegaram ao canibalismo que atinge Lula, há mais de 30 anos. O desmoronamento triplo mostra o caráter artificial da legenda, plástico, de mentirinha, sem vida independente, incapaz de se defender por méritos próprios -- apenas com a proteção dos amigos na mídia, no aparelho judiciário e nos grandes negócios.
A natureza especulativa dessas anti-candidaturas, lançadas como barreira para enfrentar Lula de qualquer maneira, se reflete nos pré-lançamentos ensaiados por esses dias. De João Dória a Bolsonaro, passando por Marina, o que se pretende não é discutir ideias nem projetos -- mas experimentar quem teria melhores condições de enfrentar Lula. Essa é a prioridade, a linha divisória. 
A liderança de Lula, numa situação de perseguição implacável na qual nada mais lhe resta além da memória do povo, mostra uma verdade importante de ser afirmada após o golpe parlamentar contra Dilma. Sua força política reside em sua história, no saldo dos governos do PT que, apesar de erros e muitas limitações, deixaram um  perfil único de luta contra a miséria e contra a desigualdade, pelo crescimento.
Qualquer calouro de Ciência Política sabe o valor de políticos feitos desse material -- a aprovação do povo -- e sua importância na preservação do regime democrático. Políticos de fantasia, dependentes, obras de marketing, são uma porta aberta para pressões indevidas e perniciosas, que podem ser destruídos por meia dúzia de manchetes. Já lideranças de raiz verdadeira tem um contato direto com o povo. São a principal referência da soberania do povo, clausula número 1 da Constituição.
 O Data Folha vem em boa hora. Não se trata de procurar astrólogos para tentar adivinhar como estará o eleitor em 2018, cenário da pesquisa, quando devem concorrer novos nomes e novos rostos para velhíssimas ideias, saídos da linha de montagem da fábrica de candidatos que faz parte do arsenal de domínio político dos interesses que governam o país há cinco séculos. 
A questão é reconhecer o principal: mais do que nunca Lula tornou-se uma peça-chave da preservação da democracia brasileira. É preciso entender as tentativas de afastá-lo da vida política como um esforço para consolidar uma ditadura, num processo idêntico ao que se  fez em junho de 1964, quando a ditadura cassou Juscelino Kubitscheck para impedir que pudesse disputar a eleição de 1965, na qual era o favorito disparado. Não havia provas contra JK. Havia um discurso que o chamava de corrupto.
Nem há provas contra Lula. Há uma narrativa em construção. 
O saldo da perseguição a JK foi vergonhoso e trágico, nós sabemos. Logo depois de sua cassação a eleição direta para presidente foi abandonada. Só 24 anos depois os brasileiros puderam voltar a urna presidencial. (247).

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DILMA DESTRÓI TEMER: É ILEGÍTIMO, MISÓGINO E TACANHO

LULA MARQUES


Em nota divulgada neste domingo, a presidente deposta Dilma Rousseff rebateu as estarrecedoras declarações de Michel Temer ao apresentador Ratinho, contratado pelo Palácio do Planalto para ser garoto-propaganda de reformas rechaçadas por 92% da população brasileira.
No jabá do SBT, Temer insinuou que a economia brasileira, que ele próprio quebrou com a depressão econômica produzida pelo golpe, entrou em crise porque Dilma não tinha marido.
Abaixo, a resposta precisa de Dilma:
Dilma: "A cegueira política de Temer no Programa do Ratinho"
A entrevista do senhor Michel Temer ao apresentador Ratinho é um primor de misoginia e patriarcalismo.
É estarrecedor que no século 21 um presidente, mesmo ilegítimo, tenha opiniões tão tacanhas, rebaixadas e subalternas sobre o papel da mulher na sociedade brasileira.
Sua fantástica cegueira política e seu imenso conservadorismo o impedem de ver a importância das lutas e a realidade das conquistas obtidas pelas mulheres brasileiras obtiveram ao longo das últimas décadas.
As mulheres brasileiras não merecem que um golpista, líder de um governo que está impondo o retrocesso social e econômico mais impiedoso sobre o nosso país, venha, mais uma vez, a público e manifeste suas opiniões machistas ultrapassadas.
O Brasil precisa de eleições diretas já!
Dilma Rousseff


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Renúncia? Cassação? Diretas Já? Como Temer vai sair do poder?



Ninguém pode governar sustentado pelos números que Temer apresenta na mais recente pesquisa do insuspeito Datafolha.
Ninguém pode governar para apenas 9% da população.
Ninguém pode governar com 85% da população pedindo Diretas Já.
Ninguém pode governar dentro do mar de lama que virou seu governo com oito ministros suspeitos de corrupção.
Getúlio deu um tiro no coração. Jânio fugiu de Brasília. Jango foi derrubado pelos generais. Collor saiu escorraçado pelo povo. Dilma sofreu impeachment fraudulento.
A questão é: como Temer vai sair do poder?
A maneira mais civilizada seria fazer como fez recentemente a primeira-ministra inglesa Theresa May. Questionada sobre a legitimidade de seu governo acerca de conduzir o Brexit convocou convocou Diretas Já - marcadas para 2020 -para o dia 8 de junho próximo. “Precisamos de eleição geral e precisamos agora” disse ela.
É fato notório, no entanto, que May está escorada na maioria popular que votou a favor do Brexit, e tende a ter sucesso nas urnas, enquanto Temer tem apenas 2% de preferência dentre os presidenciáveis.
Mas prestaria um grande serviço ao país reconhecendo o fracasso de seu minigoverno e saindo da vida política para entrar no ostracismo.
Seria uma renúncia disfarçada de Diretas Já. Faria bem à sua biografia. Ele seria, pela primeira vez, aplaudido nas ruas. E evitaria o risco de entrar para a história como um presidente cassado.

A outra maneira, mais dolorosa e menos honrada, seria a cassação da chapa Dilma-Temer no TSE, cuja tramitação, no entanto, não se caracteriza pela urgência que o caso requer e oferece a possibilidade de recursos que tendem a protelar a decisão ad eternum.
A terceira via é o Congresso aprovar a emenda das Diretas Já apresentada há poucos dias por um grupo de deputados que preconiza a antecipação das eleições presidenciais para 15 de outubro de 2017.
Qualquer que seja a opção – a que Temer pode escolher (convocação de eleições) ou a que ele terá de aceitar (cassação ou Diretas Já) – é urgente a definição de uma saída, pois já se constatou que a presença de Temer no Palácio do Planalto não vai trazer nada de bom para a maioria da nação, ao contrário.
Cada dia de Temer na presidência é um dia a menos na luta pela diminuição das desigualdades sociais – o problema número 1 da nação brasileira. (247).

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DATAFOLHA: LULA DISPARA E VENCE EM TODOS CENÁRIOS



O massacre diário promovido contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Globo e outros meios de comunicação da chamada velha mídia não produziu os efeitos desejados.
Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo revela  que Lula disparou em todos os cenários, alcançando números entre 29% e 31% das intenções de voto no primeiro turno. Ou seja: sem um tapetão judicial, que seria a fase 2 do golpe de 2016, com a inabilitação judicial de Lula, ele provavelmente seria eleito presidente pela terceira vez.
"O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por sua vez, mantém-se na liderança apesar das menções no noticiário recente da Lava Jato", reconhece a Folha.
A pesquisa também revelou o esfacelamento das principais forças golpistas: enquanto candidatos do PSDB, como Aécio Neves, derreteram, Michel Temer se tornou a personalidade política mais odiada do Brasil.
No vácuo político, o único que cresceu, além de Lula, foi o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que hoje iria para o segundo turno.
Ontem, ao participar de um evento em defesa da indústria naval, ao lado do ex-governador Olívio Dutra e da presidente golpeada Dilma Rousseff, Lula se disse pronto para vencer mais uma vez o candidato da Globo.
O Datafolha fez 2.781 entrevistas, em 172 municípios, na quarta (26) e na quinta (27), antes da greve geral de sexta (28). A margem de erro é de dois pontos percentuais. (247).


Confira, abaixo, os principais cenários:

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Belchior morreu de causas naturais, diz delegado de Santa Cruz do Sul


"Não há ato externo de violência, então descartamos homicídio. Ele morreu de causas naturais, mas ainda não se sabe do quê", afirmou

Belchior em 1983

Belchior em 1983Foto: Agência Brasil/Divulgação

Belchior morreu sereno, durante o sono e ouvindo musica clássica, segundo o delegado Luciano Menezes, responsável pela investigação da morte do cantor cearense de 70 anos.

O músico, cujo paradeiro era desconhecido nos últimos anos, foi encontrado pela companheira na sala de estar de casa, na manhã deste domingo (30).

"Não há ato externo de violência, então descartamos homicídio. Ele morreu de causas naturais, mas ainda não se sabe do quê", afirmou à reportagem o delegado.

Menezes disse ainda que, segundo a companheira de Belchior, Edna Prometeu, o músico "não tinha problemas de saúde, nem tomava nenhuma medicação".

De acordo com a delegada plantonista da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), Raquel Schneider, que também acompanha a investigação da morte do cantor, exames médicos iniciais revelam que a possível causa da morte de Belchior teria sido uma dissecção na aorta, quando há uma divisão na parede da artéria (composta por três camadas), levando o sangue a seguir um falso trajeto entre as camadas. Segundo ela, somente o laudo médico do Instituto Médico Legal (IML) poderá confirmar a hipótese.

O corpo de Belchior foi transferido no fim da tarde de domingo para Cachoeira do Sul (a cerca de 200 km de Porto Alegre), de onde seguiria para a cidade de Venâncio Aires. Só então seria encaminhado para Porto Alegre, de onde partiria para Fortaleza, onde deve ocorrer o velório.

FRIO
De acordo com o depoimento prestado por Prometeu à Polícia Civil, na noite de sábado (29), Belchior se queixou de frio e de dor nas costas.

Ele pediu então um cobertor, enquanto escutava música clássica em uma sala nos fundos da casa, seu espaço favorito. Quando ela subiu para dormir, perguntou ao companheiro se queria acompanhá-la, mas ele pediu para ficar no sofá. No domingo de manhã, perto das 7h, foi ali que ela encontrou o corpo do músico.

Belchior, que foi aluno de medicina na juventude, seria, por isso, muito preocupado com a saúde. Vivendo uma vida reclusa, em uma rua quieta e residencial de Santa Cruz do Sul, o cantor fazia exercícios à beira da piscina e saía para caminhar esporadicamente para manter a forma física.

Com medo de ser reconhecido, ele fazia exercícios sempre em horários estratégicos do dia. Tanto que, na manhã deste domingo, os vizinhos da casa branca de dois pisos se surpreenderam ao saber que havia quase dois anos esse era o endereço do cantor mais procurado da MPB.

VELÓRIO
A previsão é que o corpo chegue no aeroporto Pinto Martins, na capital cearense, no início da manhã desta segunda-feira (1º). De lá, segue para a cidade natal do artista, onde será velado por cerca de duas horas, no Teatro São João.

Depois disso, haverá uma outra cerimônia, que deverá ocorrer na terça-feira (2), no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, na Praia de Iracema, em Fortaleza, onde o artista deverá ser enterrado. (Folhape).



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Tornados no Texas deixam pelos cinco mortos e 50 feridos

Uma das vítimas circulava em um veículo que foi lançado pelo tornado perto da cidade de Canton, no condado de Van Zandt
Tornado no Texas
Tornado no TexasFoto: Reprodução/Twitter

Pelo menos cinco pessoas morreram e quase 50 ficaram feridas nesse sábado (29) devido a tornados em vários condados situados a leste de Dallas, no Texas, estado do Sul dos Estados Unidos, divulgaram neste domingo (30) meios de imprensa locais. As informações são da agência de notícias EFE.

Os condados afetados foram Van Zandt, Henderson e Rains, e as autoridades não descartam que possa aumentar o número de vítimas.

Uma das vítimas circulava em um veículo que foi lançado pelo tornado perto da cidade de Canton, no condado de Van Zandt.

O Serviço Meteorológico Nacional confirmou que aconteceram na região três tornados, que afetaram especialmente as localidades de Canton, Eustace e Caney City.

Por enquanto, foram registrados cerca de 50 feridos, um deles em estado crítico, hospitalizados em unidades dos sistemas regionais de Saúde do Centro Médico do Leste do Texas.

A Cruz Vermelha Americana do Norte de Texas estabeleceu dois refúgios para as vítimas deslocadas pelas tormentas, uma em Canton e outra na localidade de Emory.

Na rede social Twitter, as testemunhas dos tornados publicaram várias fotos e vídeos desses fenômenos meteorológicos extremos. (Folhape).


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sábado, 29 de abril de 2017

LULA CRITICA DESMONTE DA INDÚSTRIA NAVAL E PEDE REAÇÃO URGENTE


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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, neste sábado, de atos em defesa da indústria naval, que foi praticamente destruída pela Operação Lava Jato.
Leia abaixo reportagens sobre os atos no Rio Grande (RS) e em Angra dos Reis (RJ) e confira a fala de Lula e Dilma acima.
"Eles não estão fazendo reforma, estão demolindo a CLT", diz Lula em ato no Rio Grande (RS)
Para o ex-presidente, reforma Trabalhista em tramitação levará o país às condições de trabalho do início do século passado
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou neste sábado (29) de ato em defesa do Polo Naval do Rio Grande (RS), na chamada Metade Sul do Estado. Em seu discurso, ele criticou os projetos de reforma da Previdência e Trabalhista em tramitação em Brasília, e afirmou que o que está sendo feito é “a demolição da CLT”.
“Os que deram um golpe na Dilma dizendo e iam melhorar o país, só pioram o país. Eles estão destruindo tudo que Getúlio Vargas fez a nível de direitos trabalhistas. Eles querem que os trabalhadores tenham as mesmas condições de trabalho do início do século passado, querem jogar nas costas do povo o rombo da Previdência. Eles não estão fazendo uma reforma, estão demolindo o país”, disse o ex-presidente.
O local e a ocasião em que se deu a fala de Lula são bastantes propícios. O processo de desmonte por que passa o Polo Naval existente ali já afeta a economia de Rio Grande e do Estado como um todo.  No município, saiu-se de um orçamento de mais de R$ 200 milhões, em 2009, para algo em torno de R$ 700 milhões em 2016. Mas, para este ano, a previsão é de uma retração de algo entre R$ 70 milhões e R$ 75 milhões. 
Sobre esta guinada política e econômica por que passa não só o Rio Grande do Sul, mas o Brasil como um todo, Lula disse: “Eu estou percebendo que esse desmonte do Brasil não pode continuar acontecendo. Eu posso esperar até 2018, mas quem tá passando fome não pode esperar até 2018. A gente tem que falar para os golpistas: tomem vergonha e tenham coragem de convocar novas eleições.”
De acordo com Lula, tanto o golpe que sofreu a presidente Dilma Rousseff (que também foi ao ato deste sábado no Rio Grande, onde foi muito aplaudida), quanto as reformas que se tenta impor ao país são frutos de um projeto de nação que é contrário ao que foi posto em prática durante os anos de governo do PT. “Tem um tipo de gente que não aceita uma menina da periferia fazer medicina ou engenharia. Tem gente que não suportou pobres com carro, computador. Nós provamos em 12 anos que é possível mudar a história do país”, afirmou Lula, que concluiu: “Uma nação é medida pela qualidade do seu povo. Pelos direitos e formação do seu povo. Nada representa mais uma nação do que uma pessoa que nasce pobre e poder sonhar em fazer universidade”
O ex-presidente falou ainda sobre uma eventual candidatura à Presidência da República em 2018. De acordo com ele, sua disposição é de voltar a governar o país, e toda a sua vida, até o fim, será voltada para a defesa da democracia no Brasil. “Quero que a TV Globo descubra logo o candidato dela. E eu, que não queria mais ser candidato, terei um imenso prazer em derrotar o candidato da Globo. Na minha idade, a gente não sabe quanto tempo terá pela frente. Tô com 71 anos, mas se eu tiver mais 20 ou mais um ano pela frente, será só para defender a democracia neste país”
Leia ainda reportagem da Rede Brasil Atual:
Rede Brasil Atual Em ato na manhã de hoje (17) em Angra dos Reis (RJ), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o "desmonte" da indústria naval brasileira, lembrando que ele mesmo, no início de seu primeiro mandato, ajudou a recuperar o setor. "Pegamos do zero e levamos a quase 80 mil trabalhadores", afirmou, durante manifestação no estaleiro Brasfels. O local é um exemplo das mudanças pelas quais passou o setor. Segundo Lula, onde só havia "capim, mato e rato", passaram a trabalhar 12 mil pessoas. Atualmente, o estaleiro tem apenas 3 mil.
"Provamos que é possível recuperar a indústria naval", disse o ex-presidente, defendendo a manutenção da política de conteúdo local. "Temos tecnologia, engenharia, gente capacitada", afirmou, criticando a mudança de diretriz da Petrobras, que deveria, segundo ele, "continuar a fazer investimento no Brasil, contratando obra e exigindo conteúdo nacional". Caso contrário, a empresa passará a "engordar" estrangeiros, provocando desemprego no país.
Para Lula, o país melhorou nos últimos anos e não pode admitir o retrocesso. "As pessoas mais pobres têm de entrar no orçamento da União." Ele sugeriu que o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), organize "prefeitos, deputados e sindicalistas", além de eventualmente convidar o presidente Michel Temer "para sentir o cheiro de um metalúrgico de estaleiro, de uma soldadora, para ele saber que essas pessoas precisam trabalhar". "É preciso reagir enquanto é tempo", acrescentou o ex-presidente, que participou de assembleia com sindicalistas do setor metalúrgico e dos petroleiros, ligados a diversas centrais sindicais. (247).


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REJEITADO POR 92%, TEMER DIZ A RATINHO O ÓBVIO: NÃO SERÁ CANDIDATO


A entrevista de Michel Temer ao apresentador Ratinho trouxe uma notícia-bombástica, segundo informa o jornal Valor: Temer não será candidato a nada em 2018.
Estranho seria se fosse. Pesquisa Ipsos aponta que ele tem apenas 4% de aprovação e é hoje o político mais reprovado do País, empatando apenas com Eduardo Cunha, responsável pelo golpe que o levou ao poder. Além disso, 92% dizem que, com ele, o Brasil segue no rumo errado.
Nesta sexta-feira, Temer foi também alvo da maior greve geral da história do Brasil, que teve a adesão de mais de 30 milhões de trabalhadores. Ou seja: Temer não se elegeria nem síndico de prédio.
“Nós temos um ano e pouco pela frente para as candidaturas. Seguramente vai aparecer gente para liderar o país”, disse ele ao Ratinho.
Responsável por uma depressão econômica que produziu 14,2 milhões de desempregados, Temer disse que os empregos voltarão quando ele completar a reforma trabalhista e a reforma da Previdência. “E, portanto, o Brasil recuperar, especialmente o investidor, a confiança absoluta no seu país”.
Não é o que pensam os brasileiros, que hoje lutam contra o desmonte dos direitos trabalhistas e o fim das aposentadorias. (247).


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MÍDIA GLOBAL DESTACA GREVE QUE JORNAIS BRASILEIROS ESCONDERAM E ATACARAM



Ao noticiar a greve geral da última sexta-feira, que mobilizou pelo menos 35 milhões de brasileiros, a imprensa internacional mostrou aquilo que a mídia oligárquica brasileira tentou a todo custo esconder: a insatisfação enorme contra as reformas de Michel Temer e o momento histórico representado pela greve geral. 
Na França, o Le Monde classificou a paralisação como "histórica" e publicou um dossiê e filme batizado de "Au Brésil, le grand bond en arrière, que significa: "Brasil: O grande Salto para Trás".
A BBC, rede britânica de informação, destacou que esta foi a "primeira greve geral duas décadas".
Enquanto isso, comprometida com o governo que ajudou a colocar no poder, a grande mídia brasileira tentou resumir os movimentos a uma baderna sindical, escondendo a real dimensão da insatisfação com as reformas e com o atual inquilino do Planalto, aprovado por apenas 4% dos brasileiros. 
O contraste é visível:
Folha de São Paulo: "Greve atinge transportes e escolas em dia de confronto" (247).


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DCM: TEMER PAGA JABÁ A RATINHO, ENQUANTO AS RUAS PEGAM FOGO


Por Kiko Nogueira, diretor-adjunto do DCM
Faz sentido o ministro da Justiça Osmar Serraglio, indicação de Eduardo Cunha, se fazer de desentendido diante da greve geral.
Para Serraglio, que chamou líder de esquema descoberto na operação Carne Fraca de “grande chefe”, as manifestações foram “pífias” e não tiram “a expressão que se imaginava ter”.
(...)
O cinismo de Serraglio e a covardia de Temer, que detonaram a paralisação, não surpreendem. É desespero.
O Brasil de 2017 é chefiado por uma escumalha que paga jabá no programa do Ratinho enquanto as ruas pegam fogo.
Leia a íntegra no DCM. (247).


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LULA DIZ QUE GOLPISTAS “NÃO ESTÃO FAZENDO REFORMA, ESTÃO DEMOLINDO O PAÍS”

Ricardo Stuckert/ Instituto Lula

Rio Grande do Sul 247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que as investigações da Operação Lava Jato contra ele não são opor corrupção, mas pelo "seu jeito de governar". Lula, que neste sábado (29) participou de um ato em Rio Grande (RS) em defesa da indústria naval, disse que "a história irá me absolver".
Lula disse, ainda, que o eu depoimento ao juiz federal Sério Moro, marcado para o próximo dia 10, será a "a primeira chance" que terá para "falar sobre o que estão fazendo comigo". Lula criticou a ação da Polícia Federal quando ele foi levado para depor coercitivamente no ano passado. Segundo ele, "a PF até levantou meu colchão atrás de dinheiro". Lula disse, ainda, "estar pedindo a Deus para depor".
Lula também criticou as reformas previdenciária e trabalhista que, segundo ele, "estão demolindo o país". "Os que deram um golpe na Dilma dizendo e iam melhorar o país, só pioram o país. Eles estão destruindo tudo que Getúlio Vargas fez a nível de direitos trabalhistas. Eles querem que os trabalhadores tenham as mesmas condições de trabalho do início do século passado, querem jogar nas costas do povo o rombo da Previdência.
Eles não estão fazendo uma reforma, estão demolindo o país", afirmou. (247).

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JUSTIÇA PROÍBE CUT DE REALIZAR ATO DO DIA DO TRABALHO NA PAULISTA


Paulo Pinto/ Agência PT
São Paulo 247 - O juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo Emanuel Brandão Filho decidiu em caráter liminar proibir a manifestação que seria realizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em comemoração ao Dia do Trabalho, no dia 1 de maio, na avenida paulista. O magistrado estabeleceu, ainda, o pagamento de uma multa no valor de R$ 10 milhões em caso de descumprimento da decisão judicial.
A decisão é resultado de uma ação movida pela Prefeitura de São Paulo. O prefeito João Doria (PSDB) já havia dito que não cederia espaço para que a CUT realizasse o ato programado.
O juiz justificou sua decisão afirmando que a CUT "tradicionalmente promove no Anhangabaú" o evento em alusão ao Dia do Trabalhador, mas que neste ano "resolveu apoderar-se de espaço reservado ao lazer do paulistano".
"Não se está a cercear o direito constitucional de reunião pacífica, mas de zelar pelo cumprimento das normas municipais quando se trata de realização de eventos comemorativos de grande magnitude", pontuou o magistrado. "Não se verificam condições legais para que o evento seja realizado pela CUT na avenida Paulista", completou. (247).


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PATRICIA PILLAR DIZ QUE AGRESSÃO A ESTUDANTE EM GOIÁS É “INACEITÁVEL”


A atriz Patricia Pillar escreveu em seu Twitter que a agressão de um policial militar ao estudante Matheus Ferreira da Silva, durante protesto em Goiânia, é "inaceitável".
Mateus participava de protesto, junto com outros jovens, no Centro da Capital, quando um policial o atingiu com um cassetete na cabeça. 
Cirurgia
O estudante Mateus Ferreira da Silva, agredido por um policial militar durante manifestação na última sexta-feira (28), passa desde as 15 horas deste sábado (29) por procedimento cirúrgico para reparar os ossos frontais.
“Por ter se mantido estável, as equipes de Neurocirurgia e Bucomaxilofacial optaram por realizar cirurgia de reparação dos ossos frontais. O procedimento foi iniciado por volta das 15 horas e não há previsão de término”, informa o boletim médico disponibilizado pelo Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde Matheus segue internado. (247).

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LULA: PARA ME TIRAR DE 2018, TERÃO QUE RASGAR A CONSTITUIÇÃO

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Rio Grande do Sul 247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu entrevista nesta sexta-feira, 28, para a Rádio Guaíba de Porto Alegre. Lula, que detém a liderança da preferência do eleitor brasileiro em todas as pesquisas, voltou a dizer que irá disputar a presidência da REpública em 2018.
"Na medida em que eu percebo que meus adversários estão tentando me prejudicar, que eu percebo que sou alvo de um massacre irresponsável por parte de parcela pequena do Ministério Público, que faz parte da Lava Jato, ou de denúncias irresponsáveis . Na medida em que percebo que isso tem interesses políticos de evitar que eu possa ser candidato em 2018, se eu tinha alguma dúvida, hoje eu posso dizer: eu quero ser candidato", disse Lula.
"Se eles quiserem evitar que eu seja candidato, eles terão mais uma vez que rasgar a Constituição brasileira, para cometer mais um crime contra a democracia neste País", afirmou.
Como fez em entrevista à Rede Brasil Atual, Lula comemorou a alta adesão da greve geral que paralisa o País contra as reformas trabalhista e da Previdência. "Eles aprovaram uma terceirização que vai fazer com que os trabalhadores fiquem mais fragilizados na relação com seus empregadores. Isso é motivo suficiente para que o povo brasileiro se rebele, se manifeste, faça sua greve e fale para o governo que não vai aceitar esta situação", disse Lula. "É uma greve histórica. Há muito tempo que não víamos um movimento tao preciso quanto esse. E é importante dizer que é uma greve causada pela irresponsabilidade e pela insensibilidade do governo", disse Lula.
Lula informou que estará neste sábado, 29, no Rio Grande do Sul, para participar de um ato em defesa da indústria naval e do conteúdo local para obras e aquisições da Petrobras. "Não é possível o Brasil não ter uma indústria naval poderosa como nós estávamos construindo", afirmou. (247).

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GLOBO FAZ JORNALISMO RUIM E CULPA GREVE GERAL


Passei a tarde de 28 de abril hoje ouvindo – na TV – depoimentos de cidadãos comuns a repórteres da Globo que ficaram sem transporte em função da greve geral. O tom da cobertura era previsível: pobres cidadãos indefesos que tiveram seu dia arruinado pela paralização de trabalhadores, a maior de nossa história.
Parece que a culpa pelos transtornos enfrentados pelas pessoas nas rodoviárias e nas estações de trem e do metrô deve ser atribuída ao movimento sindical. Bobagem.
Com um mês de antecedência, as centrais sindicais informaram ao país inteiro que os trabalhadores iriam cruzar os braços no 28 de março. Incluía-se aí, evidentemente, a paralização dos transportes, ação tradicional em toda paralisação desse porte – na Grécia, na França, ou no Brasil.
 Como se não fosse suficiente, nos cinco dias que antecederam a greve geral, uma centena de bispos da Igreja católica publicaram vídeos, na internet, convocando a população a cruzar os braços no dia 28.
 O próprio governo federal preparou-se, reforçando o aparato policial. O mesmo fizeram as PMs, na maioria dos estados. Anunciaram esquemas de policiamento, avenidas e regiões liberadas e assim por diante.

O que fez a Globo? Embora bastasse ler os jornais e dar um simples telefonema as partes envolvidas para qualquer estagiário de jornalismo inteirar-se do que acontecia, preferiu fingir que a greve não existia. Retirou o assunto de sua pauta, quando, em nome do interesse público, poderia ter antecipado a situação e alertado  os espectadores. Num clássico exercício  jornalismo de serviço, poderia sugerir providências para enfrentar aquela emergência. Não precisava apoiar nem divulgar a paralização. Tinha mesmo o direito de fazer críticas – ainda que estas seriam mais aceitáveis se o Brasil não tivesse uma mídia dominada pelo pensamento único.
Em qualquer caso, bastava não esconder de seu  público que – era previsível – o protesto teria grande adesão e era prudente tomar as providências cabíveis. Algo que qualquer emissora de Tv, em qualquer país do mundo, aprendeu a fazer décadas atrás. Pauta banal do tele-jornalismo norte-americano quando um furacão se anuncia.
No caso brasileiro, há uma questão de fundo aí. Reconhecer os direitos dos trabalhadores implica, numa sociedade como a nossa, em aceitar os direitos de uma classe diferente da camada dominante. Implica em admitir que essas pessoas podem valer-se dos poucos instrumentos de pressão de que dispõem -- como cruzar os braços -- para serem  ouvidas. Vamos combinar: empenhado em aprovar um pacote que reduz os direitos dos assalariados a um caso de polícia -- como na República Velha -- o governo Temer finge dialogar, finge ouvir e finge negociar. No fim das contas, entrega um pacote pronto, igualzinho ao que recebeu de seus patrões. Nessa situação, não há muito que os que os trabalhadores possam fazer no plano da gentileza e do diálogo. Podem abaixar a cabeça ou ir à luta. Foi o que fizeram ontem.
Possivelmente embriagada por um poder de manipulação social que possuía em tempos que felizmente não existem mais, a Globo imaginou que seria possível impedir um fato – a greve – pelo boicote da notícia. Recusou-se a reconhecer os direitos do outro. Reduziu a classe operária a uma não-pessoa, típico exercício de totalitarismo político. 
O vexame -- cuja origem profunda se encontra no desprezo histórico pela capacidade de luta dos trabalhadores – se comprovou ao longo do dia. 
Desprevenidos como cidadãos que não são alertados para sair de casa com capa e guarda-chuva em dia de tempestade, a Globo encontrou  pessoas que chegaram desavisadas às estações de trem e metrô. Ofereceu microfones e câmaras sempre abertas  para ouvir seus depoimentos, sendo colocados na posição de vítimas de grevistas. Com isso, ajudavam a Globo a cumprir a função política de desgastar as lideranças dos trabalhadores, evitando reconhecer que elas indiscutivelmente expressam um ponto de vista partilhado por uma maioria imensa dos brasileiros. 
Ainda que uma greve geral como a de ontem seja um evento particularmente grave na conjuntura de um governo enfraquecido como Temer, é preciso reconhecer que paralizações desse porte são eventos corriqueiros sob regimes democráticos. Ao demonstrar que não aprendeu a conviver com elas, a Globo confirma que pouco aprendeu com a história do país e com seus próprios erros.
Há 37 anos, a emissora boicotava a campanha pelas diretas-já, a maior mobilização popular da historia republicana.  Chegou dizer que um comício contra a ditadura, na Praça da Sé, havia sido uma festa pelo aniversário de São Paulo. Agora, culpa a luta de trabalhadores, apoiada por várias forças legítimas da sociedade, inclusive bispos da Igreja católica, pelos efeitos previsíveis de uma opção politicamente errada de seu jornalismo. Se tivesse mesmo preocupada com eventuais dores de cabeça que uma greve geral poderia causar aos brasileiros, o mínimo que poderia ter feito era orientá-los a se preparar para ela em vez de fazer o possível para esconder uma gigantesca mobilização em curso.
O saldo dessa opção política de cobertura é óbvio. Alimenta a retórica artificial de que a greve geral teve pouca adesão -- hipótese que todos os dados disponíveis desmentem -- e ajuda Temer em seu esforço para levar a proposta de reforma da previdência adiante, em vez de assumir a única atitude legítima depois de uma paralisação deste porte, que é retirar a proposta de circulação. (247).

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