Material escolar, impostos, matrícula, cartão de crédito. A avalanche de contas pesa no bolso do brasileiro
Anotar as despesas, como transporte e alimentação, ajuda a controlar o orçamentoFoto: Bruno Campos
O período de festas passou e as comemorações aconteceram com entusiasmo na esperança de um ano repleto de bons acontecimentos. Agora a realidade bate à porta e traz a tira colo as contas. São despesas relativas à matrícula, o material escolar e os impostos, como IPVA e IPTU. Isso somado à fatura do cartão de crédito, que é ainda mais usado no mês de dezembro. Esse cenário requer atenção para o planejamento dos meses iniciais do ano, e o professor de Gestão Financeira do Senac, Sérgio Medeiros, ressalta que é necessário aumentar o saldo receita versus despesa.
“Devemos pensar o valor aproximado do que se gasta em casa regularmente. Isso é importante para balizar a gente a enxergar se o dinheiro disponível dá ou não antes mesmo de a despesa chegar. Se não dá, a gente precisa ter alternativa para fazer com que ele renda. Aí ou eu crio dinheiro, fazendo trabalho extra, ou vou ter que diminuir o conjunto de gastos, saindo menos nesse mês ou coisa parecida”, comenta. Ele recomenda que se vá para a ponta do lápis antes de usar o cartão. “Para que a gente não caia nessa historia de comprar pensando no dinheiro futuro, a gente deveria trabalhar muito bem a questão do orçamento mensal. Todas as pessoas devem ter anotado o que é a receita do mês e o que se gasta regularmente com o recurso, como a feira, o aluguel, transporte, e descobrir quanto de verdade sobra do salário. Quando você sabe disso, você pode tomar duas medidas: uma é destinar para guardar, e a outra é usar uma parte como uma espécie de limite de gastos do cartão de crédito”, ensina antes de destacar a importância de se ter um orçamento familiar.
“A gente precisa ter muito cuidado com essa ferramenta que é muito positiva, mas que está limitada à capacidade real de pagamento que a gente tem. Eu diria que é importante ter cuidado com os gastos no cartão, a gente saber utilizá-lo e ter um orçamento familiar, onde você deve colocar todas as receitas e despesas”, acrescenta.
Foi o que fez a professora Ariane Lorena, que se está preparando uma festa de casamento. “Passei um tempo vendendo bijuteria para poder ter uma renda extra e incrementar no orçamento da festa. Vendia na escola onde eu trabalho e no prédio onde moro”, comenta. “Minhas contas sob controle, porque, quando eu decidi casar, eu já botei tudo dentro do meu orçamento. Em um mês, eu pagava uma parte do fotógrafo, no outro, era a roupa, e assim ía, porque eu tenho as despesas do dia-a-dia, como o IPTU”, conta se referindo a um dos tributos cobrados no início do ano. No planejamento, Ariane separou uma parte do 13º salário para não ser pega de surpresa no futuro. “Guardei uma parte do meu 13º já para o caso de aparecer alguma despesa do casamento, e outra parte eu comprei a mesa e as cadeiras. Eu pretendo pegar a outra parte para comprar a cerâmica do apartamento”, relata.(Folhape).
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