Neurocirurgião explica como evitar problemas
A prática de atividades físicas está entre as formas mais viáveis de reduzir a mortalidade e o sedentarismo, além de garantir melhor qualidade de vida e ganho das massas óssea e muscular. Além dos esportes tradicionais, ginástica olímpica e vôlei, atividades de alto impacto realizadas em academia também se apresentam como uma opção para um melhor condicionamento físico. Entre elas está o crossfit, uma modalidade que intercala corrida, levantamento de peso, ginástica, remo e calistenia.
Danos à coluna
O neurocirurgião Cláudio Falcão, do Hospital Jayme da Fonte, esclarece que optar por fazer uma atividade física sem auxílio médico ou de um profissional de educação física pode resultar no surgimento de lesões a médio e curto prazo que vão, mais cedo ou mais tarde, implicar na interrupção da atividade, por desgastes que resultam em limitações funcionais, como na força e na mobilidade.
“Quando realizados de forma frequente e intensa, a médio e longo prazo, desde que o paciente também tenha tendência genética a ter um desgaste maior na coluna, o exercício vai causar desidratação considerável nos discos da coluna, perda de altura e reação inflamatória ao redor dos discos e sobrecarga nas articulações da coluna, que não foi feita para suportar excesso. Consequentemente, vai haver o crescimento anormal de osso, o que é conhecido como ‘bico de papagaio’. Uma série de alterações vai levar a pessoa a ter dor na coluna e, a depender do acometimento da coluna cervical ou da lombar, prontamente tem aquela dor irradiada no braço ou na perna, que é conhecida como dor ciática”, alegou o especialista.
Tratamento no HJF
Com excelência e profissionalismo, o tratamento dos pacientes com problemas resultantes da prática irregular dos exercícios de alto impacto, no Hospital Jayme da Fonte, tem passado por revoluções tecnológicas. A instituição é pioneira na realização de procedimentos minimamente invasivos, com altos índices de recuperação.
“Nós conseguimos resolver a maioria desses casos com procedimentos percutâneos, sob uma sedação leve, onde, através de canos, de agulhas e materiais específicos, a gente realiza essas abordagens, não só na coluna cervical, como na coluna lombar. Em mais de 90% dos casos, conseguimos tratar destes problemas, seja na fase inicial ou um pouco mais evoluída”, explica ele.
“Durante a prática do exercício, é importante ter a orientação de um educador físico ou de um fisioterapeuta, e respeitar os limites do seu corpo. Então, se surgir alguma dor ou limitação funcional, você deve parar e rever aquela série [de exercícios], para evitar danos e lesões na coluna. Se seguirmos essas dicas ao pé da letra, vamos reduzir os riscos de lesões na coluna, por conta dessas atividades”, aconselha o doutor Cláudio.