Em entrevista, presidente brasileiro criticou postura 'nociva à política' do candidato do Partido Republicano: "eu sinceramente não gosto dessas pessoas que fazem muitas bravatas"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a expressar sua preferência pelo candidato democrata Joe Biden na disputa presidencial dos Estados Unidos, em entrevista concedida à Rádio Itatiaia nesta quinta-feira (27). Lula destacou sua simpatia por Biden e a importância de sua vitória para a manutenção da democracia americana, em contraste com os riscos representados pelo extremista de direita Donald Trump.
"Eu sou simpático ao Biden, acho que o Biden é a certeza de que os EUA vão continuar respeitando a democracia; o Trump já deu aquela demonstração, quando invadiu o Capitólio. Ele fez lá um pouco do que se tentou fazer aqui no Brasil com o golpe do 8 de janeiro. Então, como democrata, estou torcendo para que o Biden saia vitorioso e se o Biden ganhar, já o conheço, já temos uma relação sólida com os EUA e pretendo manter", declarou Lula.
A referência ao ataque ao Capitólio dos Estados Unidos, ocorrido em 6 de janeiro de 2021, sublinha a preocupação de Lula com a possibilidade de Trump voltar ao poder. Segundo o presidente brasileiro, Trump representa uma ameaça à estabilidade democrática, não só nos EUA, mas potencialmente em outros países.
"Se o Trump ganhar, a gente não sabe o que ele vai fazer. Porque ele fala muito, chegou a dizer que, se algum país quiser escapar do dólar como moeda de referência comercial, ele vai punir o país. Ele não é presidente do mundo. Então essas pessoas que fazem muitas bravatas, eu sinceramente não gosto. Não acho que é bom na política", afirmou Lula, criticando o comportamento beligerante de Trump em questões internacionais.
Apesar de suas preocupações, Lula afirmou que a vitória de Trump não alteraria diretamente a política brasileira. "Da minha parte não. O que vai alterar é o clima nos EUA. Aqui no Brasil nós tomamos conta do nosso quintal sem precisar que ninguém se meta aqui", disse ele, reforçando a independência e soberania do Brasil em relação às influências externas. - 247.
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