Somados, planos totalizam R$ 233 milhões
“Tudo que o município necessitar, o
governo do presidente Lula — sob a liderança do ministro Pimenta — irá apoiar. Quantos milhões [de reais] foram
necessários para ajudar a limpar, destinar o entulho, restabelecer a vida das
pessoas, identificar o que precisa reconstruir; e para ser feito um bom plano
de trabalho por parte da prefeitura, do governo do estado e até para as
demandas da gente [governo federal].”
Fracionamento da limpeza
Waldez Góes orientou as prefeituras
gaúchas a não aguardarem a água baixar totalmente para o município enviar ao
ministério o plano de limpeza, pois a ação pode ser fracionada, começando por
bairros já secos. “Um bairro que já está em condições de limpar, [a prefeitura]
pode fazer o plano de trabalho e o governo federal banca a limpeza. Não esperem
a cidade toda ficar seca para fazer um plano de trabalho único. Não é
recomendável.”
“Quanto mais rápido a gente for limpando
cada área da cidade, fazendo o bota-fora, levando para o lugar devido o entulho
que se perdeu, será melhor até para os planos de trabalho de retenção [de
águas]”.
Porto Alegre - Comerciantes retiram entulho e limpam lojas para retomar
negócios no centro histórico da cidade - Foto Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Assessoria técnica
O ministro Waldez Góes informou que a
pasta está convocando especialistas em planos de reconstrução de cidades e
restabelecimento de serviços, treinados pela Secretaria de Defesa Civil
Nacional, para reforçar a equipe que tem lidado com as prefeituras gaúchas.
“Há muitos cálculos de engenharia
necessários, entramos em outro nível de informação. Por isso, quanto mais
próximos nós tivermos dos prefeitos para elaboração de planos de trabalho bem
estruturados, mais rápido a gente pode aprová-los sumariamente, evitando
diligências ou que estejam fora da realidade”, o que evitaria a reprovação do
plano ou atrasos na análise, afirmou Waldez.
Balanço
De acordo com boletim atualizado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, às 18h de ontem, o número de municípios afetados chegava a 467. São 71,5 mil pessoas em abrigos, 581,6 mil desalojados e 2,34 milhões de pessoas afetadas. As consequências dos eventos climáticos extremos deixaram 161 mortos. Há 806 feridos e 85 desaparecidos. O número de pessoas resgatadas supera 82,6 mil, e o número de animais resgatados é de 12,3 mil. - Por Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil - Brasília.
Edição: Graça Adjuto
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