segunda-feira, 30 de outubro de 2023

A PREFEITURA DE PETROLINA ABRE CONCURSO PÚBLICO PARA AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE COM 30 VAGAS.

 

A faixa salarial é de aproximadamente R$ 5 mil, tendo como atribuição, a fiscalização, orientação e controle do trânsito. Inscrições seguem até o dia 1° de dezembro.

Foto: Deivid Menezes/PMP/Agentes de Trânsito de Petrolina

A prefeitura de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, divulgou na quarta-feira (25) o edital de inscrição para o concurso público da Autarquia Municipal de Mobilidade de Petrolina (AMMPLA). Ao todo, estão sendo ofertadas 30 vagas para o cargo de Agente de Trânsito e Transporte, sendo metade para convocação imediata e o restante para cadastro de reserva.

As inscrições seguem até o dia 1° de dezembro e podem ser feitas no site da banca organizadora (clique aqui). A faixa salarial é de aproximadamente R$ 5 mil, tendo como atribuição, a fiscalização, orientação e controle do trânsito. As informações sobre o concurso podem ser acessadas no Diário Oficial.

As fases do certame são divididas entre prova objetiva, redação e teste de aptidão física, além dos procedimentos de heteroidentificação e biopsicossocial, exames psicológico e psicotécnico, avaliação de saúde, exame de toxicológica, investigação social e curso de formação.

A data da prova objetiva está prevista para ser realizada no dia 21 de janeiro de 2024. Outras informações podem ser conferidas no edital do concurso.

Assessoria de Comunicação


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domingo, 29 de outubro de 2023

GUERRA ISRAEL-HAMAS - Israel expande ofensiva terrestre em Gaza; Netanyahu diz que será guerra 'longa e difícil'

Madrugada de sexta para sábado foi marcada pelo maior bombardeio desde o início do conflito, e combates são reportados ao redor do território


                                    Por Agência O Globo
Conflito entre Israel e Movimento Islâmico Hamas na Faixa de Gaza - Foto: Jack Guez/AFP

guerra entre Israel e Hamas entrou na terceira semana neste sábado, com os militares israelenses realizando a maior série de bombardeios desde o início do conflito, e com forças terrestres avançando ainda mais pelo Norte da Faixa de Gaza. Em uma entrevista coletiva marcada pelo tom nacionalista, o premier Benjamin Netanyahu alertou que a guerra será "longa e difícil", e que usará "todos os recursos disponíveis" para libertar os mais de 200 reféns em poder do Hamas e grupos que atuam em Gaza.

Desde a noite de sexta-feira, quando todas as comunicações foram cortadas dentro de Gaza (com a exceção de alguns telefones por satélite e com chips de outros países), o território sofreu o maior ataque aéreo desde o começo da guerra, com as ações concentradas no Norte do território — segundo as Forças de Defesa de Israel, foram atingidos 150 alvos na região, incluindo postos de comando do Hamas e a rede de túneis construída pelo grupo ao longo dos últimos anos. Cem aeronaves foram utilizadas nos bombardeios.

Os militares afirmam que entre os mortos nos bombardeios estava Asem Abu Rakaba. Ele foi apontado como o chefe por operações aéreas do Hamas, incluindo ações com drones e de defesa aérea. Segundo Israel, Abu Rakaba planejou o uso de parapentes e drones durante os ataques de 7 de outubro. Não há confirmação por parte do Hamas.

— Essa noite, o chão de Gaza tremeu — disse, em mensagem de vídeo, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant. — Atacamos por cima do chão e debaixo da terra. Atacamos terroristas em todos os níveis, em todos os lugares. As instruções para nossas forças são claras: a operação vai continuar até que uma nova ordem seja dada.

Por terra, os israelenses confirmaram que a operação iniciada na sexta-feira foi mais ampla do que as incursões de quarta e quinta-feira, mas ainda não há sinais de que as tropas tenham assumido o controle de partes do território de Gaza. Segundo um porta-voz das Forças Armadas, a ofensiva usou "infantaria, unidades de engenharia e artilharia" contra posições do Hamas e de grupos locais.

— As forças estão no terreno e continuam a lutar — declarou Daniel Hagari à CNN. Ele não deu detalhes sobre uma operação ainda mais ampla, que vem sendo ventilada por lideranças israelenses desde o começo da semana.

Na primeira entrevista coletiva concedida desde o início do conflito, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que a guerra está entrando em uma segunda etapa, e alertou que esse conflito será "longo e difícil" — em entrevistas passadas, alguns integrantes do governo chegaram a estimar que as hostilidades durariam mais de um ano, mas o premier não quis estabelecer prazos, apenas declarou que o país "está pronto".

— Esta é a segunda fase da guerra, cujos objetivos são claros: destruir as capacidades militares e de governo do Hamas, e trazer os reféns de volta para casa — disse o premier. — Nós declaramos "jamais novamente", e reiteramos: "jamais novamente, agora". Meu coração doeu quando me encontrei com as famílias dos reféns. Garanti a eles que vamos explorar todos os caminhos para trazer seus entes queridos para casa. Os sequestros são um crime contra a humanidade.

Ao ser questionado sobre uma proposta do Hamas para trocar os reféns por prisioneiros palestinos, Netanyahu preferiu não responder, dizendo que não pode dar detalhes sobre esse tipo de conversa. No sábado, o ex-chefe do Mossad, Yossi Cohen, declarou ao Canal 11 que "está trabalhando profundamente no Oriente Médio para achar uma solução que atenda a aspectos estratégicos, incluindo a questão dos reféns", e afirmou que "o quadro está chegando perto de um entendimento".

Netanyahu também fez críticas aos que acusam Israel de cometer crimes de guerra na ofensiva em Gaza. Neste sábado, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse em um protesto pró-Palestina que "vai apresentar Israel ao mundo como um [país] criminoso de guerra". Em resposta, Israel retirou seus diplomatas da Turquia.

— Aqueles que acusam as Forças de Defesa de Israel de crimes de guerra são hipócritas. Eu peço aos civis de Gaza para que sigam rumo ao Sul da Faixa de Gaza. O inimigo, de forma cínica, usa hospitais como abrigos. Israel está lutando uma batalha pela humanidade contra bárbaros — disse Netanyahu. — Essa é nossa segunda guerra de independência. Essa é a missão de minha vida.

Noite 'mais difícil' da guerra
Em Gaza, que desde sexta-feira está praticamente sem acesso a comunicação com o mundo exterior, os poucos relatos que surgem mostram a escala da violência dos bombardeios israelenses. Hani Mahmoud, correspondente da rede Al Jazeera, disse que essa foi a noite "mais difícil e sangrenta desde o início do conflito". Mahmoud, que está em Khan Younis, disse que muitas bombas caíram nos arredores do hospital al-Shifa, na Cidade de Gaza — o governo israelense vem acusando o Hamas de usar o local como uma base de operações, algo que o grupo terrorista nega.

— Estamos ouvindo relatos de que centenas de pessoas foram mortas nessas áreas, e os serviços de emergência não estão conseguindo chegar até eles a tempo — disse Mahmoud em uma participação ao vivo, direto de Khan Younis. Ao fundo, era possível ouvir o som dos drones israelenses.

Philippe Lazzarini, chefe da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA, em inglês), disse que não recebeu notícias de vários de seus colaboradores desde o corte nas comunicações em Gaza. Na sexta-feira, ele alertou que muitos civis em Gaza morrerão não só por causa da guerra, mas também pela falta de alimentos, água, remédios e doenças causadas pelas condições insalubres.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 7,7 mil pessoas morreram no território desde o início dos bombardeios, e quase 20 mil ficaram feridas. Os ataques do Hamas contra Israel, no dia 7 de outubro, deixaram 1,4 mil mortos e 5,4 mil feridos. Segundo estimativas, 226 pessoas estão sendo mantidas reféns em Gaza, sendo que não há informações sobre 100 delas — um representante do braço militar do Hamas afirma que 50 reféns morreram por causa dos bombardeios, mas a informação não pode ser confirmada de maneira independente.

Neste sábado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse ter ficado "surpreso" com a expansão da ofensiva israelense, e apontou que isso afeta diretamente o envio de ajuda humanitária às mais de 2 milhões de pessoas que estão em Gaza.

"Fui encorajado, nos últimos dias, pelo que parecia ser um consenso crescente na comunidade internacional, incluindo entre os países que apoiam Israel, sobre a necessidade de uma pausa humanitária nos combates para facilitar a libertação de reféns em Gaza, a retirada de cidadãos de outros países e o incremento da entrega de ajuda à população em Gaza", disse Guterres, em comunicado. "Infelizmente, ao invés de uma pausa, fui surpreendido pela escalada sem precedentes dos bombardeios e seus impactos devastadores, minando os referidos objetivos humanitários."

Na sexta-feira, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução, apresentada pela Jordânia, que pedia uma "trégua humanitária imediata, durável e sustentável" em Gaza. O texto recebeu o apoio de 120 países, incluindo o Brasil, e foi rejeitado por 14, incluindo Israel e os EUA. Logo depois da aprovação, a embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que a ausência de uma menção ao Hamas no texto era "ultrajante". O chanceler israelense, Eli Cohen, chamou o texto de "desprezível", e reiterou as críticas feitas por seu governo ao papel da ONU na guerra. Apesar da aprovação, a resolução não é vinculante.


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Emirados Árabes pedem reunião de emergência do Conselho de Segurança após avanço do genocídio em Gaza

Sábado foi marcado por novas agressões israelenses contra o povo palestino

Bombardeio das Forças de Defesa de Israel em Gaza (Foto: Reprodução)

Os Emirados Árabes Unidos pediram neste sábado ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que se reunisse "o mais rápido possível", após a expansão das operações terrestres de Israel em Gaza e a desconexão das redes de telecomunicações, disseram diplomatas.

O conselho de 15 membros poderia se reunir já no domingo, disseram diplomatas, e os Emirados Árabes Unidos pediram que o chefe de ajuda da ONU, Martin Griffiths, e Philippe Lazzarini, chefe da agência da ONU que fornece ajuda aos palestinos (UNRWA), informassem sobre a situação - (Reuters).


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Revolta global contra o genocídio promovido por Israel em Gaza mobiliza centenas de milhares de pessoas ao redor do mundo

Sábado foi marcado por manifestações gigantescas em grandes metrópoles

Manifestação pró-Palestina na Malásia (Foto: Reuters)


Centenas de milhares de manifestantes se reuniram em cidades da Europa, Oriente Médio e Ásia neste sábado para mostrar apoio aos palestinos enquanto os militares de Israel ampliavam sua ofensiva aérea e terrestre na Faixa de Gaza.

Numa das maiores marchas, em Londres, imagens aéreas mostraram grandes multidões a marchar pelo centro da capital para exigir ao governo do primeiro-ministro Rishi Sunak um cessar-fogo.

"As superpotências em jogo não estão a fazer o suficiente neste momento. É por isso que estamos aqui: apelamos a um cessar-fogo, apelamos aos direitos dos palestinos, ao direito de existir, de viver, aos direitos humanos, a todos os nossos direitos." disse a manifestante Camille Revuelta.

“Não se trata do Hamas. Trata-se de proteger as vidas palestinas”, acrescentou ela.

Fazendo eco da posição de Washington, o governo de Sunak não chegou a pedir um cessar-fogo e, em vez disso, defendeu pausas humanitárias para permitir que a ajuda chegasse às pessoas em Gaza.

A Grã-Bretanha apoiou o direito de Israel de se defender após o ataque de 7 de outubro do grupo militante Hamas, que Israel disse ter matado 1.400 pessoas, a maioria civis.

O número de mortos em Gaza subiu para 7.650 mortos, também a maioria civis, desde que o bombardeio de Israel começou há três semanas, de acordo com um relatório diário divulgado no sábado pelo Ministério da Saúde palestino.

Tem havido um forte apoio e simpatia por Israel por parte dos governos ocidentais e de muitos cidadãos devido aos ataques do Hamas, mas a resposta israelita também suscitou raiva, especialmente em países árabes e muçulmanos.

Na Malásia, uma grande multidão de manifestantes entoava slogans em frente à embaixada dos EUA em Kuala Lumpur.

Dirigindo-se a centenas de milhares de apoiantes num grande comício em Istambul, o presidente turco, Tayyip Erdogan, disse que Israel era um ocupante e repetiu a sua posição sobre o Hamas não ser uma organização terrorista.

Erdogan recebeu uma forte repreensão de Israel esta semana por chamar o grupo militante de “combatentes pela liberdade”.

Os iraquianos participaram de um comício em Bagdá e na Cisjordânia ocupada por Israel. Os manifestantes palestinos em Hebron pediram no sábado um boicote global aos produtos israelenses.

“Não contribuam para o assassinato das crianças da Palestina”, gritavam.

Noutras partes da Europa, as pessoas saíram às ruas de Copenhaga, Roma e Estocolmo.

Algumas cidades em França proibiram comícios desde o início da guerra, temendo que pudessem alimentar tensões sociais, mas apesar da proibição em Paris, teve lugar um pequeno comício no sábado. Várias centenas de pessoas também marcharam na cidade de Marselha, no sul do país.

Na capital da Nova Zelândia, Wellington, milhares de pessoas segurando bandeiras palestinas e cartazes com os dizeres “Palestina Livre” marcharam até o Parlamento.

Em Londres, existiam restrições especiais que restringiam os protestos em torno da Embaixada de Israel.

A marcha de sábado foi maioritariamente pacífica, mas a polícia disse ter feito nove detenções: duas por agressões a agentes e sete por ofensas à ordem pública – algumas das quais foram tratadas como crimes de ódio.

A polícia estimou a participação entre 50.000 e 70.000 pessoas.

A polícia de Londres tem enfrentado críticas nos últimos dias por não ter sido mais dura com os slogans gritados por alguns manifestantes durante outra marcha pró-Palestina na capital na semana passada, que atraiu cerca de 100 mil pessoas. - LONDRES (Reuters).


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Em meio a bombas e falta d’água, brasileiros recebem recursos em Gaza

 

Dinheiro foi transferido pela representação do Brasil em Hamala

IBRAHEEM ABU MUSTAFA

Os 32 brasileiros que estão presos na Faixa de Gaza esperando autorização para deixar a região do conflito receberam recursos financeiros na quarta (25) e na quinta-feira (26) para comprar alimentos, água e materiais de primeira necessidade. O dinheiro foi transferido pelo governo brasileiro por meio do Escritório da Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia.  

Enquanto fazia compras na manhã desta quinta-feira (26), o brasileiro Hasan Rabee, de 30 anos, presenciou uma bomba caindo próxima ao mercado da cidade Khan Yunis, ao sul da Faixa de Gaza.  

“Não dá para sair de casa. Tem que parar isso, pelo amor de Deus. É arriscado pra caramba sair. Estou aqui na feira comprando coisas e a bomba cai do lado da feira. Absurdo”, lamentou.

 

Hasan vive em São Paulo e foi a Gaza com as duas filhas e a esposa para visitar a família, poucos dias antes do início do conflito.  

O palestino naturalizado brasileiro contou à Agência Brasil que não encontra água mineral ou gás de cozinha.  

“Água mineral a gente não tem, porque você não acha. Antigamente, 500 litros (de água potável) eram 10 shekels, hoje 500 litros são 100 shekels, mas você não acha nunca. Não tem energia para filtrar essa água. Fruta é muito difícil achar na feira. A única coisa que a gente acha bastante é o pepino, o resto você não acha fácil não”, relatou.  

A família de Hasan Rabee também está há três dias sem gás de cozinha. “Esses recursos não valem nada se você não está achando para comprar. Comida, estamos fazendo enlatados e conservados, lata de atum, de carne e mortadela enlatada. Mesmo assim, farinha de trigo e pão a gente não encontra”, disse.  

Hasan disse que estão bebendo água encanada, que só chega no térreo do prédio, sendo que a família fica no terceiro andar. “Você tem que descer com galão de 20 litros, enche e sobe depois e descarrega. É sofrimento pra caramba”, lamentou.  

Brasileiros em Rafah  

A brasileira Shahed al-Banna, de 18 anos, que está com outro grupo de 16 brasileiros na cidade de Rafah, informou que fizeram compras nessa quinta-feira. “Compramos farinha, óleo, azeite, tem verduras, queijos e shampoo”, afirmou a brasileira-palestina, em vídeo encaminhado nesta manhã.  

 

Segundo informou à Agência Brasil o embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas, “todas as famílias receberam recursos e estão comprando nos mercados locais. Como não há energia para a geladeira, produtos perecíveis não podem ser estocados”.  

Entidades de ajuda humanitária que trabalham na Faixa de Gaza têm alertado que a quantidade de mantimentos que entram no enclave palestino não é suficiente para atender a população.  

Segundo o Escritório para Assuntos Humanitários da ONU (Ocha), os cerca de 20 caminhões com ajuda humanitária que estão entrando em Gaza diariamente representam “cerca de 4% do volume médio diários de mercadorias que entravam em Gaza antes das hostilidades”. - (Por Lucas Pordeus León  - Agência Brasil - Brasília).

Edição: Maria Claudia



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quinta-feira, 26 de outubro de 2023

TSE tem 2 votos para condenar Bolsonaro; sessão será retomada na terça

 

Um dos ministros foi contra punir ex-presidente

TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contabilizou nesta quinta-feira (26) placar de 2 votos a 1 pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por abuso de poder político e econômico pelo uso eleitoreiro das comemorações de 7 de setembro de 2022.

Apesar do placar, a sessão foi suspensa por volta das 13h e será retomada na próxima terça-feira (31), quando mais quatro ministros devem votar.

Na sessão de hoje, o ministro Benedito Gonçalves, relator do caso, votou pela condenação de Bolsonaro. Para o ministro, o ex-presidente usou a estrutura do evento cívico para promover sua candidatura à reeleição.

Se o entendimento for seguido pela maioria dos ministros, Bolsonaro pode ser condenado à inelegibilidade por oito anos pela segunda vez. Contudo, o prazo de oito anos continua valendo em função da primeira condenação e não será contado duas vezes.

Em junho deste ano, o ex-presidente foi condenado pela corte eleitoral à inelegibilidade por oito anos por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao usar uma reunião com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação. Pela condenação, Bolsonaro está impedido de participar das eleições até 2030.

O julgamento pelo TSE é motivado por três ações protocoladas pelo PDT e a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que defenderam a inelegibilidade de Bolsonaro, além da aplicação de multa, pela acusação de utilização das comemorações oficiais do Bicentenário da Independência, em Brasília e no Rio de Janeiro, para promoção candidatura à reeleição nas eleições de outubro do ano passado.

Votos

Os outros dois votos foram proferidos pelos ministros Raul Araújo e Floriano de Azevedo Marques. Araújo divergiu do relator e entendeu que a legislação eleitoral não impede a realização de comícios após atos oficiais.

“Qualquer candidato pode, após um ato oficial, realizar, nas proximidades territorial e temporal, um ato de campanha”, afirmou.

Em seguida, Marques votou pela condenação de Bolsonaro e do general Braga Netto, vice na chapa do ex-presidente, à inelegibilidade. Nos demais votos, o general foi absolvido.

Defesa

Na primeira sessão do julgamento, realizada na terça-feira (24), a defesa de Bolsonaro disse que o ex-presidente não usou a comemoração do 7 de setembro para sua candidatura.

De acordo com a defesa, Bolsonaro deixou o palanque oficial e foi até outra parte da Esplanada dos Ministérios, onde um carro de som estava preparado pela campanha, sem vinculação com o evento cívico. - (Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Juliana Andrade



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terça-feira, 24 de outubro de 2023

Lula: ação do Hamas não justifica que Israel mate inocentes

 

Ele falou no programa semanal Conversa com o Presidente

Canal Gov


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta terça-feira (24) a reação de Israel após o ataque do grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza. “Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel que esse país tem que matar milhões de inocentes”, disse, no programa semanal Conversa com o Presidente, transmitido pelo Canal Gov

Lula disse que já conversou com líderes de diversos países – incluindo Israel, Autoridade Palestina, Egito, Irã, Turquia, França, Rússia e Emirados Árabes – com o objetivo de mediar uma solução para o conflito. Segundo ele, ainda estão previstas conversar com líderes da China, da África do Sul e do Catar. 

“Estou falando com todo mundo pra que a gente consiga três coisas. Primeiro, garantir o corredor humanitário para que as pessoas possam receber água, comida, remédio. Garantir que não falte energia elétrica nos hospitais para que as pessoas possam ser tratadas. E garantir que não se mate mais crianças. Não tem exemplo na humanidade de guerra em que quem morre mais é criança, que não está na guerra. E crianças dos dois lados, quando não queremos que morra ninguém.” 

“Se você não falar em paz todo dia, todo dia, todo dia, as pessoas esquecem que é possível construir a paz. Quando vejo autoridades falarem em guerra, fulano tem que matar cicrano, tem que derrotar, não é assim que a gente resolve o problema. Numa mesa de negociação, não morre ninguém. Custa mais barato e a gente pode encontrar solução. É preciso que a gente consiga que lá, no Oriente Médio, Israel fique com o território que é seu e que está demarcado pela ONU [Organização das Nações Unidas] e que os palestinos tenham o direito de ter a sua terra. É simples assim e não precisa ninguém ficar invadindo a terra de ninguém.” 

Brasileiros 

Lula afirmou que há brasileiros na Faixa de Gaza – incluindo mulheres e crianças – que aguardam numa região próxima à fronteira com o Egito para a repatriação. “Já falei com o presidente do Egito, o meu ministro já falou com o ministro das Relações Exteriores, o avião presidencial menor já está no Cairo à espera dessa gente. Assim que abrir a fronteira, vamos buscar os brasileiros e trazer pra cá. Porque é aqui o lugar deles, um país seguro, que não tem guerra. E a gente pretende dar a eles a cidadania que não conseguiram conquistar morando na Faixa de Gaza, com a truculência e com os bombardeios.” 

Críticas à ONU 

“Todo dia, a gente vê Israel invadir a terra dos palestinos e a ONU não faz nada porque está enfraquecida. Esse é o meu papel, de tentar criar as condições para que a gente possa voltar a sentar à mesa de negociação. Ainda ontem falei com o [presidente da Rússia, Vladimir] Putin sobre a guerra da Ucrânia e sobre a guerra do Oriente Médio. É preciso que as pessoas parem”, disse o presidente.  (Por Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil - Brasília).

Edição: Graça Adjuto


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ESTADOS UNIDOS - Piloto que tentou desligar motores em pleno voo disse que ingeriu cogumelos alucinógenos

 

Joseph D. Emerson, de 44 anos, estava de folga no momento, mas viajava dentro da cabine da aeronave, que levava 84 pessoas


                            Por Agência O Globo
Joseph D. Emerson, de 44 anos, responde por 83 acusações de tentativa de homicídio, 83 acusações de perigo imprudente e uma acusação de colocar uma aeronave em perigo. - Foto: Pixabay

Um piloto da Alaska Airlines que tentou desligar os motores durante um voo no domingo (22) disse aos investigadores que pensou que estava tendo um colapso nervoso no momento e havia consumido cogumelos psicodélicos, segundo documentos judiciais. Ele estava de folga no momento do episódio.

Em entrevista à polícia após ser levado sob custódia, o piloto Joseph D. Emerson, de 44 anos, disse que não dormia há 40 horas e estava deprimido há cerca de seis meses. O policial e o piloto “conversaram sobre o uso de cogumelos psicodélicos, e Emerson disse que era a primeira vez que tomava cogumelos”, afirma a denúncia criminal.

"Puxei as duas alavancas de desligamento de emergência porque pensei que estava sonhando e só queria acordar", disse Emerson à polícia, de acordo com a denúncia criminal.

O Gabinete do Procurador dos EUA para o Distrito de Oregon disse na terça-feira que o Sr. Emerson foi acusado em um tribunal federal de uma acusação de interferência com tripulantes e comissários de bordo.

Emerson também foi acusado no Tribunal do Condado de Multnomah em Portland, Oregon, de 83 acusações de tentativa de homicídio, 83 acusações de perigo imprudente e uma acusação de colocar uma aeronave em perigo.

Emerson, de Pleasant Hill, Califórnia, foi primeiro oficial e depois capitão por mais de duas décadas. Ao longo de sua carreira, ele completou as certificações médicas exigidas pela Administração Federal de Aviação, e suas certificações nunca foram negadas, suspensas ou revogadas, disse a Alaska Airlines. Os registros do tribunal do condado de Multnomah indicam que ele não tem antecedentes criminais.

Entenda o que aconteceu
No domingo, Emerson estava sentado em uma poltrona na cabine de um jato da Alaska Airlines, um Embraer 175, operado pela Horizon Air. A aeronave saiu de Everett, Washington, por volta das 17h23, com destino a São Francisco, com quatro tripulantes e 80 passageiros a bordo. Pilotos profissionais afirmam ser comum que eles viajem no assento da cabine enquanto vão e voltam do trabalho.

Quando o avião estava a meio caminho entre Astoria, Oregon, e Portland, Emerson disse: “Não estou bem” e tentou agarrar duas alças vermelhas que cortavam o combustível dos motores, afirma a denúncia criminal.

Após uma breve luta física com os pilotos, Emerson deixou a cabine. Se ele tivesse puxado com sucesso as alavancas de desligamento do motor até o fim, “teria desligado o sistema hidráulico e o combustível dos motores, transformando a aeronave em um planador em segundos”, afirma a denúncia.

Segundo as instruções da Administração Federal de Aviação, a tripulação desviou o avião para o Aeroporto Internacional de Portland, onde pousou em segurança por volta das 18h30.


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sábado, 21 de outubro de 2023

LOGÍSTICA: Transnordestina tem mais um avanço no CE, com liberação de R$ 811 mi

 

Equipamento mais importante da logística no NE, ferrovia recebe recursos da Sudene


Logística: conclusão da Transnordestina no Ceará (foto) é prevista para 2026, já em Pernambuco obras seguem paralisadas - Foto: Imagem: TLSA (Divulgação)

Equipamento estratégico para a logística na economia do Nordeste, a Ferrovia Transnordestina teve liberados, nesta sexta-feira (20), R$ 811 milhões pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Os recursos serão destinados ao trecho entre Eliseu Martins (PI) e o Porto do Pecém e representam mais um avanço do projeto no Ceará. Já em Pernambuco, apesar da previsão de recursos federais, não há certeza sequer sobre o futuro operador do trecho Salgueiro-Suape.

Essa última parcela de recursos da Sudene no contrato em vigor da ferrovia será paga à Transnordestina Logística (TLSA), que integra o Grupo CSN, SA controlada pela família de Benjamin Steinbruch. O megaempresário tem feito valer suas credenciais de poder econômico e político a favor dos seus negócios, no que se refere a este empreendimento.

No Governo Bolsonaro, a TLSA devolveu – sem qualquer contestação formal - o trecho da Transnordestina em Pernambuco, decidindo construir e operar apenas o ramal até São Gonçalo do Amarante (CE), o que favorece as operações do Grupo CSN no mercado cearense, onde atua na tecelagem e pretende investir R$ 2,35 bilhões em quatro terminais (minérios, grãos, fertilizantes e contêineres) no Porto do Pecém. O projeto portuário será tocado por uma subsidiária do grupo, a Nordeste Logística.

Steinbruch usou sua influência também para pressionar politicamente os governos federal e cearense – diretamente e por meio dos veículos de comunicação nacionais e locais – a fim de que a União agilizasse os recursos necessários para o avanço do trecho cearense.

É nesse contexto que acontece a aprovação da parcela final da Sudene, comemorada pelo governador Elmano de Freitas. Com o avanço da Transnordestina, o chefe do executivo do Ceará vê oportunidade de sinergia entre a ferrovia e o ecossistema de hidrogênio verde que os cearenses estão empenhados em criar em Pecém, com investimentos de US$ 8 bilhões.

A ideia é usar o H2V para produzir amônia verde destinada a polos do agronegócio nordestino, como a região de Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), responsável pela colheita de 10% de toda a soja e milho produzidos no Brasil.

Logística: o que diz o MIDR sobre os recursos para a Transnordestina no Ceará?

No Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Waldez Góes afirma que essa parcela de recursos “cumpre o compromisso do presidente Lula de promover desenvolvimento sustentável e reduzir desigualdades, graças a um esforço interministerial”.  “Representa também o cumprimento às orientações do Tribunal de Contas da União”, acrescenta o ministro.

Já a Sudene defende que, o trecho cearense da Transnordestina tem previsão de começar a operar em 2026 e que os R$ 811 milhões integram um esforço para que esse prazo seja cumprido, “de forma a evitar o desperdício de recursos públicos já empregados e dar efetividade à política pública de transporte ferroviário e desenvolvimento regional.”

A superintendência, pelo contrato atual, financia a Transnordestina, por meio do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), com uma participação R$ 3,8 bilhões, que se encerraria com esta última liberação.

No entanto, CSN e TLSA querem um aporte adicional de R$ 3,5 bilhões do FNDE, via Sudene, mais R$ 600 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Sudene afirma que um novo funding, por meio de aditivo, está sendo estruturado, com apoio da Secretaria de Fundos e Instrumentos Financeiros do MIDR. Segundo a superintendência, essa nova engenharia financeira “envolverá esforços com outras soluções, como o Fundo de Investimentos do Nordeste, o Finor”.

Logística: Sudene liberou última parcela de R$ 3,8 bi, mas CSN querem mais R$ 3,5 bilhões da superintendência e R$ 600 milhões do BNDES

Logística: Sudene liberou última parcela de R$ 3,8 bi, mas CSN quer mais R$ 3,5 bilhões da superintendência e R$ 600 milhões do BNDES/Foto: Sudene (Divulgação)

Logística: Transnordestina foi incluída no PAC, mas segue como imbróglio em Pernambuco

O trecho pernambucano da ferrovia, que demanda investimentos de R$ 4 bilhões, foi incluído, este ano, no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3).

De acordo com o Ministério dos Transportes, o projeto será concluído “com recursos do Orçamento Geral da União”, informação bastante genérica considerando que estão orçados, de fato, no PAC 3, apenas os R$ 450 milhões necessários para a retomada das obras, programada para 2024. A implantação foi iniciada em 2006 e paralisada em 2016.

De acordo com a Sudene, “será realizado um estudo” para definir de onde virá o restante do aporte, com a alternativa de “concessão à iniciativa privada”.

Esse investidor parecia garantido com a assinatura, em setembro de 2022, de um contrato entre o Governo de Pernambuco e a Brasil Exploração Mineral S.A. (Bemisa), holding controlada pelo empresário baiano Daniel Dantas. O acordo previa investimentos de R$ 5 bilhões da Bemisa no trecho Salgueiro-Suape da Transnordestina e na construção de um terminal de minério de ferro no Porto de Suape.

O interesse, no entanto, parece ter esfriado. Desde o início deste ano, o grupo se mantém em silêncio sobre o empreendimento, em meio às idas e vindas nas tratativas políticas para viabilizar a ferrovia.

Esse esforço incluiu, de janeiro até o momento, uma série de audiências na Assembleia Legislativa de Pernambuco, Câmara dos Deputados e Senado, além de diversas reuniões da governadora Raquel Lyra, em Recife e Brasília, com ministros cujas pastas têm interface com a Transnordestina.

Nos bastidores, comenta-se que a Bemisa teme impactos negativos nas suas ações ao ter sua marca associada a um projeto que demanda tanta energia política e desgaste e segue sem rumo.

Em Pernambuco, Transnordestina é vital para logística, mas está paralisada desde 2016, com previsão de ser retomada em 2024, embora não haja cronograma até o momento

Em Pernambuco, Transnordestina é vital para logística, mas está paralisada desde 2016, com previsão de ser retomada em 2024, embora não haja cronograma até o momento/Foto: TLSA (Divulgação)

Logística: o que é a ferrovia Transnordestina?

A Ferrovia Transnordestina é uma das maiores, mais antigas e mais caras obras inacabadas do Brasil. Foi idealizada sob Dom Pedro II, no Segundo Império, ganhou forma de projeto nos anos 1980.

Os estudos avançaram nos anos 1990. Na segunda metade dos anos 2000, o governo federal finalmente iniciou a construção do empreendimento, que já consumiu R$ 7,1 bilhões e tem status de execução inferior a 48%, um case de desperdício de dinheiro público.

O projeto, como definido no início dos anos 2000, integra os estados do Piauí, Pernambuco e Ceará, criando um corredor entre os portos de Pecém e Suape, além de interligar o Nordeste ao restante da malha ferroviária do país.

São previstos 1.200 quilômetros de linhas férreas cortando 53 municípios e que, se tiradas do papel, vão representar um dos maiores empreendimentos logísticos do Brasil e a implementação de uma política pública de desenvolvimento regional que vai gerar um salto para o Nordeste.

O equipamento tem potencial para otimizar e baratear a logística de centros econômicos vitais para a economia nordestina, como as regiões de extração de minérios, os polos de agronegócio com perfil exportador e o cluster de gesso na região do Araripe (Pernambuco, Piauí e Ceará). As principais cargas previstas são grãos, fertilizantes, cimento, combustíveis e minério.


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