"Se perdendo eleição eles fizeram tudo isso, imagina o que fariam se tivessem sido eleitos", disse o vice-presidente
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta quarta-feira (13), em entrevista a Míriam Leitão, na GloboNews, não ter dúvida que "estava em marcha um golpe de Estado", ao falar sobre o governo de Jair Bolsonaro (PL) pós-eleições em 2022, movimento que culminou nos atentados terroristas de 8 de janeiro.
Sobre os ataques do ex-mandatário às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral, Alckmin destacou: "[Bolsonaro] foi eleito pela urna eleitoral, o filho foi eleito senador, o outro filho foi eleito deputado, o outro filho foi eleito vereador e a urna é falsa?".
"É muito triste o que o Brasil passou. E muitas pessoas entraram nisso meio desavisadas", disse o vice-presidente, segundo relata a Folha de S. Paulo. Ele também se limitou a dizer que a eventual prisão de Bolsonaro é uma decisão da Justiça.
Sobre o julgamento pelo STF dos primeiros réus pelo 8 de janeiro e participação de militares nos atos golpistas, Alckmin disparou: "para golpista é cadeia, não tem desculpa. A lei vale para todos, ninguém está acima da lei”,
"Todos devem ser julgados. O que a gente sempre deve querer para todo mundo é que haja amplo direito de defesa e se faça justiça. Seja quem for. E eu vou dizer mais: quanto mais alta a responsabilidade, a autoridade do cargo, maior tem que ser o compromisso com o cumprimento da lei. Todos nós devemos estar sob o manto da Constituição, essa é a lógica da República. É muito triste o que aconteceu no Brasil. Se perdendo eleição eles fizeram tudo isso, imagina o que fariam se tivessem sido eleitos”, afirmou ainda.
Governo Lula - Alckmin foi questionado sobre a entrada do PP e Republicanos no governo, com André Fufuca e Silvio Costa Filho nos ministérios do Esporte e de Portos e Aeroportos, respectivamente. "Eu defendi a entrada no governo tanto do Republicano quanto do Progressistas, porque é importante a governabilidade".
Para o vice-presidente, uma reforma política é necessária para resolver a fragmentação e o enfraquecimento dos partidos, mas "enquanto isso não ocorre, precisa ter governabilidade". - (247).
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