segunda-feira, 12 de junho de 2023

Para se juntar ao PT, Raquel Lyra precisaria "fazer o L" várias vezes

                          Por Betânia Santana
Governadora Raquel Lyra (PSDB) assinou empréstimo junto ao Banco do Brasil, durante evento no Compaz, ao lado do presidente Lula - Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco



A presença da governadora Raquel Lyra (PSDB) em toda a agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nos dois dias em que esteve em Pernambuco esta semana, ultrapassou sua condição de chefe do Executivo estadual.

Poderia ter cumprido a formalidade de recebê-lo na Base Aérea do Recife e repassado a programação para a vice-governadora Priscila Krause (Cidadania), o secretário de Governo, Tulio Vilaça, ou qualquer outro nome com gabarito para representá-la.

No máximo, assinaria o empréstimo de R$ 900 milhões junto ao Banco do Brasil. Mas fez questão de participar de tudo. E para tudo foi convidada. A disponibilidade levou líderes dos dois lados a acreditarem em alguma perspectiva de aproximação com vistas a uma eventual aliança. Para 2026.

Como em política nenhuma probabilidade pode ser descartada - especialmente quando o propósito conjunto é evitar que o prefeito do Recife, João Campos, chegue ao Palácio do Campo das Princesas, no próximo pleito - os petistas no Estado fizeram logo questão de desanuviar.

Para chegar junto, a governadora vai precisar "fazer o L" várias vezes. Ela - que até agora não anunciou em quem votou para presidente nas últimas eleições nem se rendeu ao apelo da plateia que na manhã da quarta-feira gritava para ela "fazer o L" - teria de afastar-se completamente de nomes ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em seu Governo, Raquel Lyra já abriu espaço para indicações do ex-prefeito de Jaboatão Anderson Ferreira e do deputado federal Coronel Meira, doisaliados de Bolsonaro. O PT de Pernambuco mira o fortalecimento da legenda.

E, embora a governadora mantenha boa relação com os líderes petistas em Pernambuco, a sigla não abre mão de ter candidatura própria ao Governo estadual. E hoje não há outro nome que não seja o do senador Humberto Costa. Não está em pauta ser "vice de" ou ser "candidato ao Senado na chapa de".

Não se discute hoje, nem na cúpula nem na base, ficar a reboque de quem quer que seja.

Sobra candidata a prefeita em Serra
A presidente do PT em Serra Talhada, Cleonice Maria dos Santos, colocou seu nome à disposição do partido para disputar a prefeitura da cidade no próximo ano, mesmo sabendo que a prefeita Márcia Conrado (PT) é candidata à reeleição em 2024. Alega que as bases estão insatisfeitas. O diretório estadual, comandado pelo deputado Doriel Barros, ameaça intervir ou expulsar a dirigente, como já aconteceu com líderes que contrariam a orientação da legenda. 

BATENDO PERNA  A deputada Débora Almeida (PSDB), que tem divulgado mensalmente suas ações em boletim online, prepara um balanço do semestre em material impresso. Vai distribuir nas feiras livres dos 42 municípios onde teve maior votação. Começa em agosto.

DE OLHO O prefeito de Jaboatão, Mano Medeiros (PL), tem sido o principal fiscal das ações do Executivo municipal. Circula sem roteiro definido e para de surpresa em escolas, postos de saúde e outras unidades para verificar se os serviços estão funcionando.

AMBIENTAL O deputado federal Pedro Campos (PSB) encaminhou projetos de lei com propostas de inclusão da educação climática nas escolas; instituição do Desmatamento Zero; e autorização para suportes de bicicletas nos ônibus.


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