Presidente destacou que a política 'não é uma ciência exata' e ressaltou ser normal a negociação entre poderes na democracia: "somos um governo que respeita o Congresso Nacional"
O presidente Lula (PT) se manifestou sobre a aprovação da Câmara, nesta quarta-feira (31), à Medida Provisória que reestrutura os ministérios do governo federal, ressaltando o respeito de sua gestão ao Congresso Nacional e questionando a versão da imprensa de que sua administração estava enfraquecida perante às lideranças do Legislativo.
A votação da MP vinha sendo alvo de debates e análises na imprensa nacional por supostamente demonstrar que o governo Lula (PT) estava "refém" de Arthur Lira e do centrão da Câmara dos Deputados. Vale lembrar que a MP dos Ministérios precisava ser votada até a noite de hoje, quinta-feira (1), para não perder a validade, e a aceleração do processo dependia da ação do presidente da Câmara, que passou a dialogar com Lula e expor suas insatisfações.
Após negociações entre o governo federal e lideranças da Câmara, Lula liberou R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares na terça-feira (30) - valor considerado recorde, sendo a maior quantia liberada em um único dia. Lira, então, mudou de postura e passou a sinalizar a ministros do governo que a MP seria aprovada, o que de fato acabou acontecendo na noite de ontem.
Com a aprovação da MP e as notícias dando conta de que foi uma 'vitória do governo', Lula falou sobre o caso via Twitter: "Fiquei surpreso com a forma como trataram a votação de ontem. Muita gente na imprensa passou a ideia que o governo estava destruído".
O chefe do Executivo brasileiro destacou que a política 'não é uma ciência exata' e ressaltou ser normal a negociação e o respeito entre os poderes dentro da democracia: "quando passou a votação, falaram sobre a vitória do governo. A política não é uma ciência exata. Muda de acordo com o comportamento dos partidos. E foi isso que aconteceu ontem, e acontecerá em outras votações, porque somos um governo que respeita o Congresso Nacional". 247.