Na região da cabeça e pescoço, a doença é responsável por 25% desses cânceres
Cirurgiã de cabeça e pescoço, Priscila Florêncio, do Hospital Jayme da
Fonte - Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco
A laringe é o órgão que abriga as cordas vocais e é responsável, entre outras coisas, pela fonação. Ela pode ser dividida em: subglote, glote e supraglote. O câncer de laringe se forma nesta região e, muitas vezes, causa rouquidão ou alterações na voz. Isso, inclusive, pode levar a um diagnóstico em estágio inicial.
“A laringe é um órgão que fica exatamente no centro do nosso pescoço. Ela é popularmente falada como a garganta. E o câncer surge quando o nosso corpo é submetido a certos fatores de risco e se dá o desenvolvimento do câncer”, explica a cirurgiã de cabeça e pescoço Priscila Florêncio, do Hospital Jayme da Fonte.
O câncer de laringe é um dos cânceres mais comuns da região da cabeça e pescoço e é predominante em homens acima de 40 anos. “O câncer de laringe é responsável por 1,2% de todos os tipos de cânceres que podem ser causados no nosso corpo. Porém, na região da cabeça e pescoço, ele é responsável por 25% desses cânceres. Em relação a homem e mulher, é mais prevalente em homens, geralmente acima de 40 anos, justamente pelo grau de tabagismo desse tipo de população”, continua a cirurgiã.
O diagnóstico do câncer de laringe considera os sintomas, o histórico do paciente, se é ou foi fumante e usuário habitual de álcool. Exames de imagem como a laringoscopia direta e indireta para visualizar a região afetada são importantes para o diagnóstico.
“O diagnóstico do câncer de laringe é feito por laringoscopia, que é um exame físico e pode ser feito ambulatorialmente. É uma câmera que vai observar a garganta ou pela cavidade nasal para ver a tumoração. O diagnóstico é confirmado por uma biópsia. A partir daí, outros exames podem ser feitos, como tomografia, para ver os outros estágios da doença”, diz a cirurgiã.
“O câncer de laringe pode ser tratado de várias maneiras: radioterapia, radioterapia com quimioterapia, cirurgia ou cirurgia combinado com os outros tipos de tratamento. Vai depender do estágio da doença”, completa Priscila Florêncio.
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